Hogwarts Revelium
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15 de Outubro
sexta-feira
a temperatura agradável permite que os habitantes de Hogwarts andem com roupas leves. Durante o dia o céu é claro e bonito, fazendo com que os jardins fiquem lotados por alunos em busca de um banho de sol. A noite o céu é estrelado e há um grande movimento de alunos em direção a Hogsmeade por causa de uma festa que o diretor permitiu a presença destes.
AÇÕES:
- aula de aritmancia para o 7° ano
- aula de poções para o 6° ano
- festa no Pub MixysBars, em Hogsmeade




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03/09 | Lago Negro - tarde

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Mensagem por Summer Reyes Qua Dez 08, 2010 8:48 pm

* We gon' light it up,
Like it's dynamite *

Sempre me disseram que eu parecia uma dessas modelos que de capa de revista. Hoje não seria diferente, eu parecia uma, logo depois de ser
atropelada por um caminhão. Vestia uma blusa branca meio soltinha e jogada pro lado. Nela havia uma estampa escrito: "LET´S PARTY". Ela até pareceria elegante, se não estivesse manchada por um líquido não indentificado, mas que cheirava a álcool, completamente amarrotada e com um rasgo perto da gola, que parecia que alguém tentara me segurar enquanto eu lutava loucamente para fugir. Eu sabia que esse não era o caso, no meio da noite anterior alguém deve ter acidentalmente me rasgado enquanto eu dançava loucamente, ou pior, eu mesma me rasguei... Não lembrava. Usava um mini shorts desfiado na bainha e que agora apresentava um rasgo severo na parte de trás. O que deixava aparecer o bíquini que eu usava por baixo, que era de um vermelho berrante, a parte de cima era da mesma cor. Eu usava também um cinto, que estava mais torto do que o que seria considerado estilo, e minhas botas estavam tão sujas que se eu não soubesse não diria que sua cor inicial era o marrom. Para completar o quadro, meu óculos de sol tinha perdido uma das lentes, mas eu estava com tanta dor de cabeça que não percebia. Meu cabelo tinha tantos nós que eu não ousava nem tocá-lo e minha maquiagem estava mais pra curinga, do que qualquer outra coisa. Devia estar no mínimo estranha. E tudo isso era culpa de uma só pessoa: Evelyn Salt!
Peguei a garrafa de whisky de fogo que estava em minha mão, tomei um belo gole e joguei para a garota. Por que eu a tinha ouvido quando sugeriu aquela rave? E o pior, quando depois tivemos que voltar a pé até Hogwarts? Sorte a dela, que sua aparência estava tão ruim quanto a minha, senão eu arranjaria um forma de prejudicá-la. Ela usava um vestido extremamente curto. Já era curto antes da festa, mas agora estava quase indecente. Ela carregava o sapato de salto prata na mão com uma expressão cansada. Ela tinha uma coroa de princesa na cabeça, não uma de verdade, essas comuns, de lantejoula. Olhei-a com curiosidade, uma infinidade de grampos a mantinham presa nos cabelos da minha amiga. Grampos demais. Como ela tinha feito aquilo? E com que objetivo? Eu não me lembrava, não lembrava quase nada da noite anterior. Lembrava de ter acordado num sofá com um cara gordinho e que roncava pra caramba segurando meu pé enquanto dormia no chão. Lembrava de ter encontrado Evelyn e termos voltado a pé pra Hogwarts, porque misteriosamente todo o nosso dinheiro tinha sumido na noite anterior. E olha que tínhamos dividido! Pois achamos mais seguro... Aparentemente, nós duas tínhamos gastado tudo. Evelyn pelo menos tinha conseguido a garrafa de whisky fogo.
Agora estavamos no lago negro, com uma ressaca imensa e eu tinha a impressão de ter dormido apenas 10 minutos. Virei-me pra Evelyn:
- Tudo isso é culpa sua, princesinha! - adotei um tom irônico na última palavra, eu não estva nem a fim de assumir a minha parte na bagunça também. Comecei a imitar a voz dela - Vamos voltar a pé pra Hogwarts! Vai ser divertido! Estilo cigana de viver! - fiz um gesto que me fez parecer uma rapper - Eu também sou cigana e posso te dizer que andar a ponto de não sentir mais os meus pés não é meu estilo de vida!
Eu não era cigana, mas isso é uma outra história. Tirei minhas botas e atirei-as para o lado. Deixei meus dendinhos se deliciarem na terra fresca:
- Você é completamente maluca Evi! E você tah cheia de grampos na cabeça... - Comecei a rir, a quantidade de grampos que tinha ali seria suficiente pra prender a torre Eiffel na cabeça da garota - E eu to com uma baita dor de cabeça! Sabe o que meu pai diz que é bom pra quebrar a ressaca? - meus olhos cintilaram na direção do Lago Negro - Banho gelado!
Tirei prontamente a minha blusa, em seguida, joguei meu cinto pro lado, ficando só de shorts e a parte de cima do biquini. Me espriguecei de costas para a Evi enquanto encarava o Lago que se estendia em minha frente. Flashs da noite anterior começaram a passar pela minha mente. Eu subira na mesa, Evi estava do meu lado. Não contente em ficar dançando lá em cima eu tinha me pendurado no lustre, foi nele que minha blusa se enganchou e por isso estava rasgada. Eu me lembrava de ter dito algo para Evi como: "Olha Evi! Eu sou Tarzan!" E ficar me balançando no lustre de ponta cabeça, até um bonitão me tirar gentilmente lá de cima, e... O que acontecia depois? O rosto do bonitão era apenas um borrão e a parte do Tarzan... Bom, eu esperava que fosse uma alucinação, efeito do whisky de fogo. Mas sinceramente, eu sabia que não era, só esperava que Evi não se lembrasse disso. Voltei a encarar o lago. Tomara que a Lula gigante estivesse de ressaca e com pouco apetite, porque só o que me faltava agora era ter um membro devorado por um monstro do lago.
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Mensagem por Evelyn Salt Qua Dez 08, 2010 9:50 pm

* This world keeps spinning
And with each new day
I can feel a change in everything... *


Não há como negar: eu estava praticamente irreconhecível. Carregava um par de sapatos de salto prata nas mãos e, em meu rosto, havia apenas uma expressão cansada, como se eu tivesse participado de uma guerra ou algo do gênero. No lugar do habitual uniforme vermelho e dourado, havia um vestido preto brilhoso, extremamente curto, daqueles que parecem ser feitos todos de lantejoulas. De lantejoula mesmo, eu possuía uma coroa de princesa no topo da cabeça.
Pois é! Eu estava acabada e poderia até sentir vergonha disso. Mas convenhamos... Summer Reyes estava ao meu lado e a garota possuía um rasgo na região das nádegas. Quero dizer, se for para comparar, eu até que estava bem apresentável.

Sorte de Sunny ter colocado um biquini por baixo da roupa. Não que pretendessemos tomar um banho de mar ou algo do gênero, na verdade, fomos para uma rave. Mas nunca se sabe o que pode acontecer e uma mulher prevenida vale por duas. Eu também havia feito o mesmo e, pensando bem, era uma imensa sorte continuar com meu biquini intacto. Se bem que eu tinha que certeza que antes da rave ele era um pretinho básico e não verde-limão com várias ovelhinhas sorridentes, como era agora. Mas apenas Merlin saberia dizer como aquilo tudo acontecera, porque da noite passada, tudo o que eu possuía era uma vaga lembrança. Ah sim, também havia uma poderosa ressaca, aquela dor nos pés, as prováveis bolhas provocadas pela longa caminhada e um anel.

Essa era a parte que mais me preocupava. Era um anel improvisado e eu nem sabia dizer de que material era feito. O fato é que quando acordei, ele encontrava-se na minha mão esquerda e dentro dele havia a gravação: "recém-casados". Como se já não me bastasse um anel para me lembrar das minhas origens ciganas, agora eu também precisava de outro para lembrar que eu era casada?! "Fabuloso", pensei comigo mesma, exausta demais até para ter um chilique.

- Tudo isso é culpa sua, princesinha!
Encarei minha sardenta predileta com as sobrancelhas erguidas, mas não consegui deixar de sorrir com o novo apelido. Minha culpa? Arranquei a garrafa de whisky das mãos dela e dei um imenso gole. pelo jeito, eu precisaria de muito alcool para aguentar o que estava por vir:
- Vamos voltar a pé pra Hogwarts! Vai ser divertido! Estilo cigana de viver! - ela gesticulava loucamente e tentava imitar minha voz, com certo sucesso, admito: - Eu também sou cigana e posso te dizer que andar a ponto de não sentir mais os meus pés não é meu estilo de vida!
Dei uma risada frouxa, por conta da dor de cabeça e disse em tom irônico e brincalhão:
- Ah, claro! Quase esqueci... Seu estilo de vida é sair por aí se pendurando em lustres. Sim, disso eu me recordo! - revirei os olhos e acrescentei, esnobando:- Tarzan.
Mostrei a língua pra ela e devolvi a garrafa de whisky de fogo para a garota. Era impressionante conseguir lembrar de uma coisa estúpida daquelas e esquecer algo como... meu casamento.

Ela interrompeu minha linha de raciocínio:
- Você é completamente maluca Evi! E você tah cheia de grampos na cabeça...
Summer ria e eu tive que concordar:
- Pois é! O pior é que nem sei se minha cabeça está explodindo por causa da ressaca ou por causa dessas porcarias. - apontei pra algum lugar na minha cabeça, onde provavelmente haveria uma infinidade de grampos e suspirei: - Mas a preguiça me obriga a deixá-los aí, por enquanto.
Já podia imaginar as horas que eu passaria em frente ao espelho, tentando dar um jeito naquela confusão.

- E eu to com uma baita dor de cabeça! Sabe o que meu pai diz que é bom pra quebrar a ressaca?
- Outra bebedeira?
Já estava com a mão estendida novamente para a garrafa quando ela disse:
- Banho gelado!
Olhei para o lago, refletindo. Não é que me faltasse vontade, mas eu estava realmente cansada. Ou porque Summer pensava que eu continuava de pé? Eu tinha preguiça até de me sentar, quanto mais de nadar... Olhei mais uma vez para Summer, me decidindo, quando vi algo que me chocou! Sim, eu estava com uma coroa na cabeça, com um biquini que nem devia ser o meu, com um anel de noiva e Summer estava com um rasgo no shorts e uma garrafa de whisky de fogo na mão, mas tudo isso era fichinha comparado ao que eu acabara de ver:
- Pelas cuecas de Merlin! Você nem imagina o que você fez, Summer!

Nas costas da garota, mais precisamente na lombar, em cima da parte de baixo de seu biquini, em letras garrafais, havia uma tatuagem. Não uma comum. Eu comecei a gargalhar:
- Como é que é, Sunny? Quer dizer que "whisky de fogo + 24 horas sem dormir + caras gatos = VIDA" ? - sim, eram essas as palavras que estavam estampadas nas costas da garota - Isso sim é uma história interessante para contar aos netos...
De repente meu anel de recém-casada não parecia algo tão grave assim e eu me sentia disposta novamente. Arranquei meu vestido e o joguei para o lado, deixando as ovelhinhas felizes a mostra. Estava pronta para um mergulho.
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Mensagem por Summer Reyes Sex Dez 10, 2010 12:19 am

* But you know I'll go crazy if I don't go crazy tonight *

A bebedeira da noite anterior tinha sido fenomenal. Não que eu me lembrasse de muita coisa, mas apesar da imensa dor de cabeça, e da infinidade de rasgos pela minha roupa, eu sentia que tinha enlouquecido na noite passada. E me sentia feliz por isso. Nada melhor do que extravasar de vez em quando! Mas bom, Evelyn estava ali pra me lembrar que extravasar as vezes incluia coisas muito constrangedoras:
- Ah, claro! Quase esqueci... Seu estilo de vida é sair por aí se pendurando em lustres. Sim, disso eu me recordo! Tarzan.
Me engasguei com o gole de whisky de fogo. Meu Merlin ela lembrava! Fiz cara de desentida:
- Não faço a menor idéia do que vc esteja falando Evy - dei de ombros - e seja lá o que for não é pior do que esse anel que vc tem em seu dedo - apontei com a cabeça o objeto - Mais parece que amassaram a tampa de uma latinha e fizeram um anel! - Comecei a rir e resolvi inventar uma história pra ver se ela esquecia o negócio do Tarzan. Fiz cara de quem lembrava de alguma coisa e depois assumi um tom dramático - Oh Evy! O que vc fez!? Estou começando a me lembrar... Quem te deu esse anel não foi aquele velhinho sem dentes da porta? Sua safada! Golpe do baú!!! - Pulo em cima dela, como se fosse atacá-la, mas o ato só consistiu em pular mesmo. Voltei rapidamente pro meu lugar depois.
Ela volta a falar dos grampos:
- Pois é! O pior é que nem sei se minha cabeça está explodindo por causa da ressaca ou por causa dessas porcarias. Mas a preguiça me obriga a deixá-los aí, por enquanto.
Decido que iria tomar um banho no Lago Negro. Jogo a garrafa de whisky do meu lado. Definitivamente estava na hora de parar de beber. Tiro a blusa ficando só de biquini e shorts e passo a olhar o lago, tentando calcular a quantos graus negativos estaria aquela água:
- Pelas cuecas de Merlin! Você nem imagina o que você fez, Summer!
Virei a cabeça para encará-la. Por um momento achei que estivesse brincando, mas sua expressão de surpresa parecia sincera:
- Como é que é, Sunny? Quer dizer que "whisky de fogo + 24 horas sem dormir + caras gatos = VIDA" ? Isso sim é uma história interessante para contar aos netos...
Fiz uma cara de interrogação. Sobre o que ela estava falando? Resolvo entrar na brincadeira:
- Pois é! Essa é minha filosofia de vida - abro um grande sorriso e digo num tom malandro - Devia até fazer uma tatuag...
É então que reparo os olhos de Evy fixos em um ponto logo acima do meu shorts. Até onde eu sabia, Evy gostava tanto de homen quanto eu, porque estava olhando pra minha lombar? Olho para o mesmo ponto que Evy e ao ver a imensa tatuagem com os dizeres que eu considerava minha "filosofia" dou um pulo pra frente completamente desnorteada:
- Tatuagem!!! - grito apontando para o local, como se a frase em grandes letras pretas fosse um inseto prestes a me picar - Eu tenho a droga de uma equação matemática tatuada nas minhas costas!!! - comecei a me desesperar.
Peguei minha varinha que eu tinha guardado na bota. Apontei para as minha costas e pronunciei com a voz um pouco alterada:
- Finite incantatem
Nada aconteceu. Os dizeres continuavam super legíveis em minha pele. Não adiantava tentar duas vezes. Eu era ótima em feitiços. Talvez a tatuagem não saísse nunca mais:
- O que eu vou fazer? - Levei as mãos a cabeça - Eu tenho mãe! Eu tenho família! - Choraminguei - Oh! O que meus netos vão pensar disso? É meu fim Evy...
Olhei para o whisky de fogo, eu tinha decidido parar com a bebedeira. Mas pra quem tem uma tatuagem dizendo que whisky de fogo era igual a vida, só me restava beber. Dei um gole generoso e sentei ao lado de Evi, esquecendo completamente do banho no Lago.
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Mensagem por Evelyn Salt Sex Dez 10, 2010 10:07 pm

* It's not always easy
and sometimes life can be deceiving
I'll tell you one thing,
it's always better when we're together... *


Hogwarts nunca me pareceu tão hospitaleira como estava mostrando-se agora. Não havia como negar: eu estava desabando de cansaço. O silêncio do Lago Negro seria o suficiente para me reconfortar, o que só não acontecia porque dentro de minha cabeça a impressão era de que continuavam a tocar um rock pesado, ou melhor, uma tentativa de rock pesado, porque tudo resumia-se à uma batucada ensurdecedora. Mas seria bobagem dizer que esse fato me surpreendia. Depois da noite passada, seria difícil me admirar com algo e, além do mais, é isso o que acontece com quem toma mais whisky de fogo do que deveria. beber, entretanto, não foi a única coisa "errada" que fizemos e agora parecia-me uma boa ideia provocar Summer, relembrando que ela dançara no lustre e que se intitulara de Tarzan. A baixinha fez-se de desentendida:

- Não faço a menor idéia do que vc esteja falando Evy.
Minhas mãos massageavam minhas têmporas quando eu comecei a dizer, entrando na brincadeira:
- Você pode não lembrar agora, mas ainda existe uma alma selvagem de Tarzan que vai esperar o momento certo para aparecer novamente. Bem aí, em algum lugar! - cutuquei-a com o dedo indicador, para dar mais ênfase as palavras.
Ela preferiu ignorar meu acesso infantil, o que foi quase uma atitude sábia:
- E seja lá o que for não é pior do que esse anel que vc tem em seu dedo. Mais parece que amassaram a tampa de uma latinha e fizeram um anel!
Ela começou a rir, eu fiz biquinho, em pose de garota ofendida. Mais por força do hábito que por ressentimento ou outra coisa:
- Isso, vai rindo, Sunny. Aproveite enquanto pode.
Sim, era uma espécie de ameaça. Eu ainda faria questão de lembrar de algo que a incriminasse, como se um furo no bumbum já não fosse o suficiente. Enfim...

Ela prosseguiu, sem se importar, com um tom de voz dramático:
- Oh Evy! O que vc fez!? Estou começando a me lembrar... Quem te deu esse anel não foi aquele velhinho sem dentes da porta? Sua safada! Golpe do baú!!!
Fiquei parada, com a testa franzida. Metade de mim sentia repulsa, a outra ainda mantinha-se perplexa demais para qualquer tipo de reação. Eu lembrava daquele velhinho! Fora dele que eu roubara os galeões que acabaram tornando-se a garrafa de whisky de fogo que carregavamos agora. Roubá-lo, tudo bem, atitude aceitável. Mas me casar com ele? Não, não e não, não era verdade, simplesmente não podia ser. Ele era tão velho que poderia ter presenciado a inauguração de Hogwarts. Tão feio que até um trasgo sentiria pena. Ele... Ele... Ele nem tinha dentes!!!! Balbuciei, chocada:
- Você está... Você está brincando, não está, Sunny? - cocei a nuca, refletindo e então concluí, revoltada: - Mesmo que ele fosse bilionário, mesmo que eu estivesse caindo de bêbada, eu jamais encararia um banguelo!
Mas eu ainda fitava a sardenta com uma expressão de: tenho razão, né? Só voltei a respirar quando a garota fez menção de pular em cima de mim. Sim, era apenas um pegadinha de Summer. Dei um tapa na cabeça dela, quem sabe assim os miolos dela começassem a funcionar de forma normal.

Não, o tapa fora inútil, ela continuava com seus pensamentos mirabolantes. Agora resolvera nadar no Lago Negro e eu sabia que nem Merlin implorando faria Summer mudar de ideia. Suspirei e já estava quase decidida a aceitar a proposta quando vi a imensa tatuagem nas costas da garota, fruto de uma noite de loucuras. Comecei a rir, afinal só uma pessoa no mundo inteiro tatuaria aqueles dizeres em sua própria pele. Só mesmo minha melhor amiga! Li em voz alta as palavras e Summer entrou na brincadeira, pelo jeito ela não lembrava de nada:
- Pois é! Essa é minha filosofia de vida. Devia até fazer uma tatuag...
Mordi meu lábio inferior, contendo outra gargalhada e balancei a cabeça afirmativamente. Eu podia ver o rosto da garota sendo inundado pela compreensão, pela memória. Já havia tirado meu vestido, mas preferi me sentar em uma pedra. Aquilo não ia prestar:
- Tatuagem!!! Eu tenho a droga de uma equação matemática tatuada nas minhas costas!!!
Precisei de muita força de vontade para manter uma expressão séria. Era hilário ver Sunny tão preocupada, até porque era bobagem. Um simples feitiço e toda a dor de cabeça desapareceria, pelo menos no sentido metafórico da coisa:
- Finite incantatem.
Ela apontara para as próprias costas e eu já esperava as letras desaparecerem quando comecei a perceber que algo estava errado. Muito errado:
- Sunny, você tem certeza que...- "...fez o feitiço certo?" Estava prestes a completar a frase, mas hesitei, ela nunca errava, era um talento nato. Logo entendi que não havia saída, ela ficaria com aquilo nas costas por um bom tempo. Tentei fazer piada da situação: - Podia ser pior. Pensa bem, pelo menos essa frase não ofende ninguém! Imagina só se você tivesse escolhido uns palavrões?

Summer estava desesperada e sem clima para brincadeiras e, infelizmente, ela tinha motivos para isso:
- O que eu vou fazer? Eu tenho mãe! Eu tenho família! Oh! O que meus netos vão pensar disso? É meu fim Evy...
Ela agarrou novamente a garrafa de whisky e se sentou ao meu lado. Pelo jeito, o mergulho ficaria para outro dia, mas eu não estava chateada, sabia que ela precisava de mim. Suspirei novamente, era praticamente minha obrigação amenizar o problema:
- Nós vamos dar um jeito, sardenta. Assim que a minha ressaca passar, a primeira coisa que vou fazer é procurar um jeito de tirar essa... essa... - Como não rir? Respirei fundo e continuei: - ...essa frase das suas costas. E se por um imenso azar não existir como sumir com isso daí, aseus pais não precisam ficar sabendo e a gente pode continuar indo em raves todos os dias.
Lancei meu melhor sorriso para ela, deixando claro que era uma brincadeira. Não havia chances disso acontecer, éramos bruxas afinal e nada é irreversível. Nós acharíamos uma solução. Mas ao olhar pra Summer, com aquela maquiagem toda borrada e as roupas rasgadas e sabendo que eu não deveria estar nada melhor, admiti, rindo um pouco:
- Só não sei por quanto tempo sobreviveríamos...
Passei meu braço ao redor do ombro dela e a puxei para um abraço. Tudo o que eu sabia é que estavamos juntas naquela confusão.
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03/09 | Lago Negro - tarde Empty Re: 03/09 | Lago Negro - tarde

Mensagem por Summer Reyes Seg Dez 13, 2010 6:54 pm

* Won't stop shaking up what I can *
Tarzan, pelo jeito Evelyn instituíra esse como meu novo apelido. Entrava na lista de coisas constrangedoras da qual Evy me chamava. Podia pelo menos ser Jane, neh? Mas era bom a menina não esquecer que eu também sabia coisas sobre ela que com certeza deixariam suas bochechas púrpuras. A única coisa ruim é que por causa da resssaca, não me lebrava de nenhuma delas. Eu podia deixar ela ficar me chamando de Tarzan ou inventar que ela tinha casado com um velho banguela. A segunda opção era imcomparavelmente melhor:
- Você está... Você está brincando, não está, Sunny?
Dei risada e disse num tom enigmático:
- Você nunca saberá!
- Mesmo que ele fosse bilionário, mesmo que eu estivesse caindo de bêbada, eu jamais encararia um banguelo!
Dei de ombros:
- Não sei não Evy, uma garrafa de whisky de fogo pode mudar seus conceitos...
Mais flashes da noite anterior. Eu estava de novo nos braços do bonitão e ele sorria todo contente pra mim. Nossos rostos foram se aproximando quase que por instinto, até que eu fui puxada repentinamente para direita. Uma Evy com as bochechas vermelhas me dizia que eu não sabia quem também estava na festa. Não sabia nem queria saber! Queria era encontrar meu bonitão de novo! Me lembro de ter conseguido me esquivar da menina e no segundo seguinte ter visto uma cascata de ponche. Oh! Eu podia ouvir uma música de desejo realizado atrás de mim. Lembro de me lançar loucamente em direção a cascata distribuindo cotoveladas em quem ousasse se por no meu caminho e de ter esquecido completamente do bonitão. Na verdade ter esquecido de tudo que veio depois daquela cascata. Agora me vinha a curiosidade, quem Evy teria encontrado? Antes que eu pudesse fazer essa pergunta a minha amiga, descobri que tinha uma tatuagem imensa nas minhas costas e todo o resto do mundo pareceu embaçar:
- Sunny, você tem certeza que...-
Eu tinha feito um feitiço tentando tirar a tatuagem. Fuzilei a Evy com o olhar. Já bastava aquela tatuagem nas minhas costas, se ela ousasse duvidar do meu feitiço, eu teria que partir pra guerra. Acho que ela percebeu minha fúria, parou a frase no meio e resolveu amenizar as coisas:
- Podia ser pior. Pensa bem, pelo menos essa frase não ofende ninguém! Imagina só se você tivesse escolhido uns palavrões?
Olhei pra ela, o desespero sumia aos poucos e a raiva me tomava:
- Palavrões, pelo menos, combinariam mais com o meu humor nesse instante...
Eu estava emburrada, zangada e extremamente descontente com aqueles rabiscos nas minhas costas. Evy, parecia a todo momento segurar uma risada e também tentava me acalmar:
- Nós vamos dar um jeito, sardenta. - Ou não - Assim que a minha ressaca passar, a primeira coisa que vou fazer é procurar um jeito de tirar essa... essa... - Ela segurou a risada, pela primeira vez também esbocei um sorriso. Vai, até eu tinha que admitir que a situação era cômica - ...essa frase das suas costas. E se por um imenso azar não existir como sumir com isso daí, seus pais não precisam ficar sabendo e a gente pode continuar indo em raves todos os dias.
Minha amiga estava ali e eu sabia que estava pronta pra me ajudar. Tive certeza que daríamos um jeito, então me acalmei e meu bom humor habitual começou a voltar aos poucos:
- Ah claro! podemos continuar indo em raves todos os dias, até todos os pedacinhos da minha pele estarem rabiscados com frases estranhas - dei risada
Evelyn pareceu concordar com meu pensamento:
- Só não sei por quanto tempo sobreviveríamos...
Assenti com a cabeça. Eu não tinha levado a sério a plaquinha na porta da festa da noite anterior de " perigo mortal". Achei que era estilo. Era sério. Levantei de um pulo e olhei pras minhas costas:
- Ah, você tem razão, ela não é tão ruim assim... - Eu sabia que ela era muito ruim, mas eu mesma estava tentando amenizar - Eu poderia ter tatuado um elefante cor de rosa, um dementador bailarino, um elfo só de ceroulas... - Parei um instante - Eu pelo menos tatuei algo que tem um significado pra mim - Sorri para Evy
Continuei a olhar minha amiga por alguns instantes:
- Que tal o banho no Lago agora?
Tirei rapidamente meu shorts e fui correndo em direção a água gelada sem pensar duas vezes pra não desistir. Tentei dar um mortal, mas por causa da bebida ainda não tinha recuperado totalmente meu equeilibrio e caí de costas fazendo um baita estardalhaço. Minha costas começaram a arder, mas eu não voltei a superfície. Gostava de ficar lá embaixo, esperando Evelyn se preocupar comigo. Eu sempre fazia isso. Quero dizer, toda vez mesmo. Mas depois de eu ficar embaixo d´água por mais de 1 minuto ela sempre passava a acreditar que algo horrível havia acontecido comigo. Fiquei esperando ansiosamete até o tempo suficiente ter passado.
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03/09 | Lago Negro - tarde Empty Re: 03/09 | Lago Negro - tarde

Mensagem por Dominic Harvey Qui Dez 16, 2010 8:06 pm


03/09 | Lago Negro - tarde 4x01---Chuckles---18.03/09 | Lago Negro - tarde 4x01---Chuckles---16.03/09 | Lago Negro - tarde 4x01---Chuckles---17
Drunk girls can be just as insane
03 de setembro, tarde | Post #01 |Lago Negro

Eu ainda descobriria o porquê Merlin fez as pessoas taradas por nadar no Lago Negro. Digo, ontem era Alexandra e Stella, agora ao longe, eu via mais duas garotas da grifinória rondando ele, como se fossem pular na água a qualquer momento. Elas pareciam conversar entre si, mas eu não escutava nada devido a distância, apenas observava, distraído, com a guitarra na mão. Tinha parado de tocar quando percebi a presença das duas, e ao notar que elas aparentavam estar meio doidonas, passei a prestar atenção. Uma delas tirou o shorts, estava de biquíni, o que a fazia esperta, mas mal parecia conseguir ficar em pé. Depois eu era o desequilibrado... sorri, achando graça, elas deveriam estar no mínimo, bêbadas. A morena-sem-ser-a-de-vestido carregava uma garrafa nas mãos antes de se levantar, então, ou estava muito bêbada ou era uma drogada. Ou era os dois, ou parecia ser os dois. Independente do que ambas eram ou não, o fato é que essas garotas de Hogwarts precisavam parar de se despir na minha frente. Ontem, aqui nesse mesmo lugar, eu tive meu quase assassinato porque duas meninas estavam nadando no lado semi-nuas e, de algum modo, puseram culpa em mim por estar olhando. Eu não sei da onde garotas tiraram essa idéia de que se um cara olha para elas, ele é um pervertido tarado. Elas arrancam a roupa em lugar publico, achando que ninguém vai ver? É muita palhaçada pro meu gosto. Ok,admito que o problema maior que ocorreu entre eu e as meninas ontem, não foi o fato de elas estarem nadando de lingerie, mas sim o fato de eu ter tentado roubar suas roupas. Contudo, deixando detalhes a parte, meu dia tinha começado péssimo ontem e eu achei que pegar as roupas delas ia ser divertido, e eu ia devolver depois...de alguns dias. E teria dado certo, se Jack e Daniel não tivessem aparecido e estragado tudo e se a coberta não atrapalhasse minha visão e se ela não tivesse caído e me deixado a vista. Que sabe se, eu não tivesse sido expulso do quarto na manhã daquele dia, isso tudo não teria acontecido.

Enfim, eu estava de volta ao lago, sentado, tocando minha guitarra, quieto no meu canto, emburrado por não ter conseguido achar Sam e estressado por causa da aula em que tive que fazer par com William-Idiota-Kane. Respirei fundo, abraçado ao meu instrumento musical, naquele calor dos infernos, olhando as duas garotas se divertindo feito duas pessoas sem preocupações na vida. Encostei a cabeça na árvore e olhei para cima. Entre as folhas, a luz do sol forte ainda era de doer os olhos, mas não dava para ver o sol em si. Um barulho de alguém pulando na água me fez voltar a atenção para o lago e demorei a entender o que tinha acontecido, estava meio tonto por causa do calor. A morena um pouco mais alta que a outra tinha sumido, minha inteligência de mestre em artimanhas logo deixou claro que ela tinha pulado na água. Fiquei olhando a água, sempre calma, agora em movimento por causa do salto da garota. Cerca de algum tempinho, a outra garota começou a ficar levemente preocupada e não era para menos, já que a grifinória que a acompanhava ainda estava em baixo da água. Desencostei da árvore, levantei e acomodei a guitarra no chão com cuidado, depois corri até a margem do lado. – Então, acho que sua amiga deve estar com algum probleminha ai embaixo... – disse, assim que parei ao lado da de vestido preto. – Ah, Oi Evy! – cumprimentei-a, reconhecendo-a. – Você está meio... Irreconhecível. – para não dizer que aparentava uma puta bêbada. – O que foi que aconteceu? – perguntei, olhando para o lado, esperando a outra guria voltar. – Não responde, você deve estar com um bafo do cão. – sorri de ponta a ponta, fazendo a minha básica cara de anjinho. Não estava sendo insensível, apenas preferia evitar certos odores fortes. Ok, eu era o rei dos odores, mas estava geralmente os causando, não os sentindo, e isso fazia uma grande diferença. – Hãaan... é melhor eu pular ai e trazer ela de volta? – indiquei com a cabeça o lago, um pouco preocupado com Summer, se é que era ela. Devia ser, as duas eram como chicletes mascados grudados em cabelos, só saiam a base da tesoura. – Ela pode ter levado um choque térmico ou ter sido pega pela Lula Gigante.


OFF: então, meio podrinho ... HUEHUHEUEU’ desculpa por qualquer coisa que ele disse, mas já sabem, é o Doom.
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Mensagem por Evelyn Salt Dom Dez 19, 2010 5:13 pm

* You drive me crazy *



Sunny ganhara uma tatuagem como lembrança da noite passada e eu, um casamento. Certo, estávamos as duas com grandes problemas, mas naquele momento eu só buscava uma maneira de consolá-la. Após sugerir que fossemos para raves todos os dias, a garota intervém em tom brincalhão:
- Ah claro! podemos continuar indo em raves todos os dias, até todos os pedacinhos da minha pele estarem rabiscados com frases estranhas.
Ela riu e eu concordei, sendo quase sensata pela primeira vez:
- É verdade, não poderíamos correr esse risco. Eu também não quero arranjar um casamento por noite. Posso ser presa por bigamia.
Dei risada e mais um gole no whisky. Estavamos encrencadas.

Não encontramos uma solução para aquela bagunça que havíamos criado, mas pelo menos, reencontrei o otimismo e a animação nas palavras de Summer:
- Ah, você tem razão, ela não é tão ruim assim... -Olhei novamente para a tatuagem, mas preferi me abster de comentários. Ela não queria a verdade naquele momento: - Eu poderia ter tatuado um elefante cor de rosa, um dementador bailarino, um elfo só de ceroulas... Eu pelo menos tatuei algo que tem um significado pra mim.
Foi impossível controlar a risada, Sunny tinha cada ideia... Concordando com minha linha de racíocinio, ela sugeriu:
- Que tal o banho no Lago agora?
Olhei para as águas turvas no Lago e concluí, sorrindo e fazendo um gesto amplo com a mão direita:
- Você primeiro, Sunny.

Encostei-me em uma árvore enquanto via a garota jogar seu corpo de forma descoordenada contra a água. Assim que ela aparecesse na superfície, eu pularia também, provavelmente da mesma maneira tosca de Sunny. Entretanto, a garota não voltou a aparecer. Revirei os olhos, inconformada. Por quê, meu Merlin, ela sempre fazia isso? A garota gostava de me deixar preocupada e o pior é que todas as vezes, todas mesmo, ela conseguia. Nos primeiros segundos, eu continuei observando as águas estáticas do Lago e disse para mim mesma, em voz alta:
- Eu nem ligo. É só uma brincadeira idiota. Eu nem ligo mesmo.
AH MERLIN! Quem eu queria enganar? Eu estava desesperada! Já havia passado mais de um minuto e aquela garota não aparecia para respirar! Subi em uma pedra, a mais alta de todas e fiquei andando de um lado para o outro, buscando Sunny, mas nada dela aparecer. Ao invés disso, uma voz atrás de mim fez com que eu me sobressaltasse:
– Então, acho que sua amiga deve estar com algum probleminha ai embaixo...
A voz não era estranha e se eu estivesse em meu estado normal, teria reconhecido-a na mesma hora. Mas o nervosismo deixava-me desatenta. Respondi sem olhar para o visitante, com uma sobrancelha erguida, em sinal de dúvida:
- Não sei, talvez ela esteja só brincando. Uma brincadeira bem ridícula, diga-se de passagem, mas...
Ele me interrompeu:
– Ah, Oi Evy!

Pela primeira vez, girei nos calcanhares para olhar o garoto que chegara. Um sorriso despontou em meu rosto e eu me peguei gritando:
- DOOOOOOOOM! - Me joguei nos braços do loirinho antes que ele pudesse hesitar: - Quanto tempo!
Não era bem verdade, eu o vira ontem no banquete de boas vindas, mas não tivemos tempo para conversar por causa da guerra de comida, então era como se não tivessemos nos visto ainda. Ele admitiu:
– Você está meio... Irreconhecível.
Olhei para mim mesma, eu já havia tirado o vestido preto e estava apenas com um biquini de ovelhinhas felizes. Realmente, não estava em meu estado normal. Balancei a cabeça, concordando com o que ele dissera enquanto ele já perguntava:
– O que foi que aconteceu? –abri a boca para responder, mas ele já atropelava minhas palavras: – Não responde, você deve estar com um bafo do cão.
Ele me lançou seu melhor sorriso, mas nem isso me impediu de dar-lhe uns tapinhas:
- Olha como fala com uma dama, hein? - levantei a mão esquerda, onde meu anel de latão brilhava e concluí: - E ainda por cima, uma dama casada!
Ele devia estar tão confuso quanto eu fiquei quando acordei pela manhã e descobri essa novidade. Dei de ombros e disse em tom despreocupado:
- Nem me pergunte, longa história... Mas uns goles disso aqui e tá tudo resolvido! - estendi a garrafa de whisky de fogo para o garoto.

A voz dele mudou o rumo de meus pensamentos:
– Hãaan... é melhor eu pular ai e trazer ela de volta? ele indicava o Lago com a cabeça: – Ela pode ter levado um choque térmico ou ter sido pega pela Lula Gigante.
Só então minha ficha caiu e novamente, eu estava aos berros:
- ELA AINDA TÁ LÁ EMBAIXO? COMO VOCÊ PODE FICAR AQUI ME DISTRAINDO QUANDO A SUMMER ESTÁ CORRENDO UM SÉRIO RISCO DE VIDA? SE VOCÊ NÃO TROUXER MINHA AMIGA DE VOLTA AGORA, EU TE MATO, DOMINIC HARVEY!
Sem um aviso prévio, o empurrei na direção das águas turvas do Lago Negro. O que eu não esperava é que meu equilíbrio estivesse tão ruim, que eu acabasse caindo também; Minha pele já ardia por causa do impacto e quando eu voltei para a superfície, comecei a tossir. Era bom que Dom desse um jeito de salvar Summer, senão seria um aluno a menos para aprontar em Hogwarts.

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Mensagem por Summer Reyes Seg Dez 20, 2010 6:01 pm

* Cause we are best friends, right? *

72, 73, 74.... Quando eu chegasse no 93, Evelyn provavelmente já estaria chamando o diretor da Escola pra vir me resgatar no Lago Negro. Aí eu surgiria lhe dando um susto e depois faria a mó cara de desentendida sobre o desespero que eu estava causando nas pessoas ao redor do lago. Pessoas que já teriam provavelmente formulado milhões de teorias sobre como Summer Reyes foi tragicamente devorada pelos sereianos. Sorrio só de pensar.
A água do lago era escura, fazia jus ao nome. Eu não conseguia ver mais que alguns centímetros a minha frente. O que era péssimo. Já que eu não sabia se estava nadando na direção da borda do Lago, ou diretamente para um dos tentáculos da Lula Gigante. Eu tinha que me guiar com as mãos no chão. Se fosse subindo, estava chegando perto da borda. Eu já tinha feito aquilo tantas vezes que já nem me preocupava com a textura nojenta das algas, o agudo doído de certas conchinhas e uma série de texturas gosmentas que eu não tinha idéia do que eram e preferia nem saber.
89, 90, 91... Splash! Alguém tinha pulado na água! Splash! Outra pessoa tinha pulado na água? Não, não era possível, apenas Evelyn estava no Lago, então o primeiro splash devia ter sido sua cabeça batendo na água, o segundo o resto de seu corpo. Quando se está bêbada, não se tem muita cooordenação e era fácil daquilo acontecer.
Vou nadando certeiramente na direção dos " splashs" e consigo avistar dois pés batendo. A-HA Evelyn, prepare-se para o maior susto da sua vida. De novo. Me posiciono para ficar de frente pra ela quando aparecesse na superfície. Apóio meus pés no chão gosmento e dou um impulso. Ao mesmo tempo contraio os meus pulmões para soltar o ar que ainda restava de uma vez só. Quando chego a superfície dou um grito:
- PEGUEI V ...

Mas não chego a terminar a frase meus olhos estavam embaçados por causa da água e o que eu via ali era um garoto. Evelyn se transformara num homem! Dou um grito super agudo por causa do susto:
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Me afasto do garoto rapidamente, dando braçadas potentes. Depois vejo que fugir não iria adiantar, minha visão já estava melhorando. Então vi que na verdade, o garoto era o Dom e Evelyn não podia ter se transformado nele, pois estava logo atrás. Digo rindo pro Dom:
- Mas você é feio que dói em garoto? - dei risada - Me deu um baita susto! Se eu tivesse esse seu rostinho, aí é que meus sustos iam ser infaliveis!
Ri novamente. É claro que eu estava zuando, o Dom não era feio, era até bonitinho. Eu só tinha me assustado por causa do inesperado e por ter por alguns segundos a impressão de que ele era Evelyn. Olho pro garoto:
- Você vai ter que me pagar por isso Donzinho!
Afinal ele tinha me assustado. E ninguém que assusta Summer Reyes pode sair impune. Pulo em cima dele. Depois do banho gelado eu pelo jeito tinha retomado meu equilibrio. E dá-lhe caldo no lufano!
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Mensagem por Dominic Harvey Ter Dez 21, 2010 1:48 pm


03/09 | Lago Negro - tarde Dm35.03/09 | Lago Negro - tarde Dm81.03/09 | Lago Negro - tarde Dm24
# PoluiÇÃo sonora
03 de setembro, tarde | Post #02 |Lago Negro

Tinha passado alguns minutos observando duas garotas conversando diante das águas escuras e lisas do lago preto e estranho e, enquanto uma delas pulou dentro dele e ficou submersa por um bom tempo, a outra subiu em uma pedra e passou a andar de um lado para o outro repetidas vezes, sem tirar os olhos do local em que a menina numero 1 tinha mergulhado. Diante do desespero da garota 2, eu resolvi bancar o bom samaritano e fui oferecer minha humilde ajuda, obviamente iria aterrorizá-la um pouquinho antes, até porque era pecado deixar oportunidades assim passarem. Confesso que no meio da monotonia que meu dia estava sendo desde o fim da aula de defesa contra as artes das trevas, largar a guitarra e correr até a margem do lago negro não foi lá grande sacrifício. Numero 2 sobressaltou-se, o que era bem normal já que eu era hábil em chegar sorrateiro, feito um bicho de caça, antes de declarar minha presença. Bom, ela também estava preocupada pra caramba, não ia me perceber nem mesmo se eu chegasse cantando e rolando na grama. Notou-me porque falei, ou falei porque queria ser notado. Enfim, independente das questões pendentes, ela respondeu-me sem sequer olhar para minha cara linda e suada por causa do calor terrível que fazia. - Não sei, talvez ela esteja só brincando. Uma brincadeira bem ridícula, diga-se de passagem, mas...– não achava que a brincadeira fosse ridícula, digo, esperava que fosse uma brincadeira, não um trágico acidente por causa da cabeça oca dos jovens de hoje. Enfim, guardei minha opinião para mim mesmo, até porque em um estalo tinha percebido que a garota 2 era nada mais nada menos do Evy Salt. Cumprimentei-a, interrompendo-a, não permitindo que ela terminasse a frase e, então, a garota girou sobre seus pés e um sorriso surgiu no seu rosto, substituindo a face preocupada. - DOOOOOOOOM!– ela gritou, me fazendo sorrir também por causa da maneira com que ela me dava boas vindas. Digo, a perdoara por não ter reconhecido minha voz, afinal eu também não tinha a reconhecido quando estava distante. Devia estar ficando cego. Uma vez, mamãe me levou no médico dos olhos, mas ele disse que eu não tinha problema nenhum, mas o doutor usava um óculos de lente tão grossa que podia ter errado o meu diagnóstico de alguma maneira. - Quanto tempo! – ela se atirou em minha direção e eu a segurei, girando-a em seguida. Ela tinha razão, havia um bom tempo que não nos víamos, não tivera tempo de conversar com Evy, dedicara todo o meu tempo para com a guerra de comida, junto com Sam.

Tinha que admitir que, depois de Sam, Evy e Summer eram minhas garotas favoritas. Sam vinha primeiro porque, bom, ela era minha versão feminina e eu a considerava como uma irmã que eu sempre quis ter. Sim, eu sei que tenho uma irmã, mas Alex é meio politicamente correta demais pro meu gosto, Sam é Sam. Lexia é legal, vive me tirando as enrascadas e talz, me ajuda nas tarefas, me avisa das coisas que esqueço... é, ela é bem legal, só que não posso inflar o ego dela, sabe como irmãs funcionam. Enfim, não sei por aonde cheguei nisso, mas acho que associei Lex a Evy, Sunny e Sam por serem pessoas que eu gosto. Contei a Evy que não a tinha reconhecido, ainda mais com aquele biquíni de ovelhinhas. Fiquei quieto nesse ponto, afinal eu fui pego com meu pijama do buzz ligth year ontem. Questionei sobre o que tinha acontecido, mas logo a mandei não falar por causa do provável bafo horrível de bebida, lançando um sorriso fofo em seguida que não evitou que eu levasse tapinhas da garota. - Olha como fala com uma dama, hein? – ela repreendeu, levantando a mão e exibindo um anel. - E ainda por cima, uma dama casada! – olhei o objeto de latão que brilhava por causa do sol e fiz uma cara de confuso. Evy casada? Merlin, a garota estava realmente muito bêbada ou estava tentando tirar com a minha cara, o que vamos concordar, todo mundo tenta bancar o espertinho comigo, só que se esquecem que sou o mestre das palhaçadas. - Nem me pergunte, longa história... Mas uns goles disso aqui e tá tudo resolvido! - ela disse antes que eu perguntasse que história era essa. Peguei a garrafa que a morena tinha oferecido e virei uma grande quantidade do liquido de uma vez, chacoalhando a cabeça logo depois, ainda curioso com essa ladainha de casada. Exclamei um pequeno “AH!”, como se a ficha tivesse caído: - Falando sério agora. De quem você roubou isso? – questionei tomando mais um gole do whisky de fogo e desviando da garota, que tentava pegar a garrafa de volta. Minha pequena Salt tinha uma mania incontrolável de pegar as coisas dos outros sem permissão, eu já tinha perdido vários objetos e encontrado depois em posse dela. Ela pegava as coisas, eu por outro lado, as destruía. Cada um com seu jeito mais característico. – Até eu que sou pobre te daria um anel mais bonito. Alex tem vários, se você quiser. – comentei, lembrando que minha irmã era um porta-joias-bijuterias ambulantes.

Depois de trocarmos algumas palavras e de eu receber alguns tapas, perguntei se era melhor eu pular na água para resgatar a garota, que pelo jeito, deveria ser Summer. Fui surpreendido por berros: - ELA AINDA TÁ LÁ EMBAIXO? COMO VOCÊ PODE FICAR AQUI ME DISTRAINDO QUANDO A SUMMER ESTÁ CORRENDO UM SÉRIO RISCO DE VIDA? SE VOCÊ NÃO TROUXER MINHA AMIGA DE VOLTA AGORA, EU TE MATO, DOMINIC HARVEY! - Evy ficou louca, eu não entendi direito se foi porque disse que a Lula Gigante podia ter pegado sua amiga ou porque eu já deveria ter trazido ela de volta. Ainda com uma careta de confusão fiz uma pose de quem ia declarar que sofria injustiças, ATÉ PORQUE EU FUI AMEAÇADO DE MORTE! – Eu te distraindo? Você que... – e ai sim, surpreendido novamente. Evy me empurrou no lago, não tive tempo de evitar a minha queda e, quando voltei a superfície, ela também estava lá, molhada, tossindo e com a expressão de doida. – Você é louca? Não precisava ter me empurrado, era só pedir que eu procurasse Sunny que eu iria com o maior prazer! – comecei minhas explicações, buscando por inocência. Estava sendo sincero, se ela quisesse, eu procuraria pela garota, na verdade, estava quase decidido a entrar no lago de qualquer jeito para ver se a garota 1 estava bem. Eu podia explodir coisas, azarar as pessoas e aprontar mil e umas, mas eu não era um assassino e, se fosse, seria um serial killer. Algo tipo aqueles seriados de televisão trouxa. Nadei até Evy, apenas para verificar se ela estava bem, pois até que ponto garotas chapadas conseguem nadar?

- PEGUEI V ... – alguém gritou ao surgir do nada na minha frente. - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – mais um grito e eu desejei estar com tampões de ouvido. Fiquei estático, paralisado. Pela segunda vez seguida eu estava sendo agredido sonoramente. – Mas o que é que ... esta acontecendo. Conclui mentalmente, enquanto Summer nadava apressadamente, se afastando como se eu fosse contagioso. Desde que eu me aproximara de Evy, estava sentindo-me um pássaro sem asas. Ou um peixe fora da água, como diz o ditado mais popular. Mais perdido que o perdido mais perdido. As coisas aconteciam e eu mal acompanhava, minha vaga ordem era: garota pula na água, desespero de Evy, me aproximo, anel, whisky de fogo, ameaça de morte, eu no lago, eu tomando o maio susto e eu, mais uma vez, confuso. - Mas você é feio que dói em garoto? – Summer disse assim que parou de se afastar e percebeu que eu estava ali. Eu sabia que não era lindo-perfeito-maravilhoso, mas também não era o monstro do lago ness ! - Me deu um baita susto! Se eu tivesse esse seu rostinho, aí é que meus sustos iam ser infaliveis! – um sorriso maroto surgiu no meu rosto. Sunny podia dizer o que quisesse, mas se o meu rosto tinha a utilidade de assustar alguém, eu achava ótimo. – Se eu tivesse essa sua voz estrondosa, na precisaria de um feitiço para explodir as janelas da ala hospitalar. – rebati, rindo junto com ela. Se tinha algo que eu aprendera na minha vida absolutamente cheia de confusões era não tomar as ofensas como algo pessoal. – Você está bêbada e casada que nem a Evy também? – questionei, arrancando os sapatos e atirando-os em direção a terra.

- Você vai ter que me pagar por isso Donzinho! – ela falou, se referindo ao susto sem intenção que eu provocara e segundos depois eu levei um baita de um caldo. Voltei à superfície e com o cabelo molhado, balancei a cabeça, fazendo com que respingasse gotas nelas e olhei-as de maneira divertida. – Sorte suas de estar calor, se não estariam ferradas comigo! – brinquei, tirando a blusa e jogando a também no solo. Infelizmente caiu na parte que era terra, mas tudo bem. – Summer Reyes, se prepare que eu vou te afogar e depois te levar de lanchinho para a lula gigante. – gritei no ouvido dela, depois retribui caldo enquanto uma idéia espetacular surgia na minha cabeça, só que antes eu teria que consultar Sam. Sorri daquele jeito, o jeito exato de quando esta prestes a aprontar algo.



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Mensagem por Evelyn Salt Qua Dez 22, 2010 5:13 pm

* Let`s have some fun *


- Falando sério agora. De quem você roubou isso?
Revirei os olhos enquanto um sorriso enviesado aparecia em meu rosto. Lá vinha o Dom e aquela mania irritante de achar que eu sempre pego as coisas dos outros. Tudo bem que ele tinha razão, mas isso é um mero detalhe... Enquanto ele se esgueirava para não me devolver a garrafa de whisky, respondi fazendo biquinho, em pose de mulher ofendida:
- Eu não roubei de ninguém! - Hesitei e concluí rindo: - Eu acho...
Cocei a nuca, eu não lembrava de nada, mas o loirinho havia me mostrado uma nova possibilidade. Talvez eu nem estivesse mesmo casada. Ele interrompeu minha linha de raciocínio:
– Até eu que sou pobre te daria um anel mais bonito. Alex tem vários, se você quiser.
Era impossível ficar séria perto de Dom e a risada surgiu de forma espontânea. O lufano tinha um talento incrível para arrumar e desfazer-se de confusões e fazer tudo isso virar piada depois. Não é difícil deduzir que eu logo tenha me encantado por ele quando entrei em Hogwarts. Dom é do tipo que se quer ter como amigo. Mas, voltando à história do anel, apenas balancei a cabeça de forma negativa, dando-lhe uns tapinhas afetuosos nas costas:
- Obrigada pela oferta, loirinho. Quando eu me separar desse aqui ... -Indiquei o anel com a cabeça: - ... e quiser outro noivo, eu procuro você e o anel da Lex.
Lancei-lhe uma piscadinha brincalhona e pensei que agora seria uma boa hora para ele se engasgar com o whisky de fogo, porque quem sabe assim me devolvesse a garrafa que eu continuava a, inutilmente, tentar alcançar.

Tudo estava indo muito bem na nossa conversa e eu tinha que admitir que sentira falta dela nas férias. O único problema foi Dom ter me lembrado que Summer continuava sumida nas profundezas do lago negro. Foi instintivo ter uma reação agressiva e culpar o loirinho pelo meu esquecimento. Ele fez pose de injustiçado:
– Eu te distraindo? Você que...
Mas eu não queria ouvir o resto. Queria Sunny de volta sã e salva e ponto final, então não pensei duas vezes antes de empurrar Dom na direção do Lago. Mas quem disse que alguém que está de porre possui equilíbrio? Bom, se alguém disse isso, é um grande mentiroso, porque eu caí com estardalhaço naquelas águas turvas e, anteriormente, calmas:
– Você é louca? Não precisava ter me empurrado, era só pedir que eu procurasse Sunny que eu iria com o maior prazer!
Eu estava em meio a um acesso de tosse e mal pude rebater as palavras de Dom, mas eu sabia que o garoto estava falando a verdade. Diga o que disser, eu sei que há um coração de gelatina por debaixo daquela cabeleira loira rebelde. Então apenas balancei as mãos, como se concordasse com ele. Se bem que era difícil saber se ele havia entendido o gesto ou não, porque eu me debatia loucamente tentando ficar na superfície.

Percebi Dom nadando em minha direção e minha respiração já estava controlada nesse ponto. Até que um susto repentino fez ela voltar ao ritmo descompassado de segundos atrás:
- PEGUEI V ... – Uma Summer descabelada e brincalhona surgia do fundo do Lago, pulando na direção de Dom. Então ela estava bem e tudo não passara, novamente, de uma brincadeira? - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Sunny afastou-se de Dom e ele estava visivelmente confuso. Eu, entretanto, estava entendendo as coisas. A garota esperava me dar um susto e devia ter errado o alvo. Me senti momentaneamente aliviada por ela estar bem e nadei até os dois enquanto eles trocavam algumas ofensas amigáveis. Parece loucura, mas eu já estava acostumada a essas coisas também.

Quando estava frente a frente com eles, Dom perguntou para Sunny:
– Você está bêbada e casada que nem a Evy também?
Sorri e dei um tapinha brincalhão na cabeça do loirinho:
- Ei! Isso é exclusividade minha, ok?
Uma infeliz exclusividade, mas enfim... Summer disse referindo-se ao susto:
- Você vai ter que me pagar por isso Donzinho!
E, antes que eu pudesse perceber, Dom levou um caldo, desaparecendo por exatos 8 segundos. Protegi meu rosto com as mãos enquanto ele balançava o cabelo e jogava água na nossa direção:
– Sorte suas de estar calor, se não estariam ferradas comigo!
Ele atirou sua blusa em direção a margem do Lago e acertou exatamente em uma poça de lama. Fiz uma careta e não pude deixar de comentar, sorrindo:
- Bela mira, loirinho!
Ele virou-se para Summer e gritou, antes de dar-lhe um caldo:
– Summer Reyes, se prepare que eu vou te afogar e depois te levar de lanchinho para a lula gigante.

Aquilo me lembrou outra coisa. Assim que Sunny voltou para a superfície, eu nadei na direção dela:
- Isso é pelo susto que você me deu! - Joguei o peso de meu corpo contra seus ombros e dei-lhe um caldo. Assim que ela voltou a aparecer, continuei: - E já que você gosta tanto dessa brincadeirinha de prender a respiração debaixo d`água, eu vou te ajudar a quebrar um novo recorde!
Novamente, afundei-a no Lago Negro e a segurei por alguns segundos. Enquanto ela estava lá embaixo, provavelmente se divertindo com as algas ou alguma coisa insignificante do gênero, virei-me para o Dom:
- Já viu a tatuagem da Sunny? Quando ela estiver aqui de novo, pede pra ela te mostrar!
Dei risada e larguei Summer, deixando-a subir para respirar novamente. Eu sabia que ela estava bem, Sunny tinha a irritante capacidade de aguentar longos minutos embaixo d`água e eu descobrira isso quase morrendo de susto toda vez que ela desaparecia por todo esse tempo. Fiquei esperando aquela cabeleira morena aparecer.

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Mensagem por Summer Reyes Sex Dez 24, 2010 10:50 pm

* I´m having the time of my life *

Depois do susto que eu tinha tomado e ao mesmo tempo dado no Dom, nós dois tínhamos voltado ao normal e nadavamos lado a lado. Quero dizer, nossos batimentos cardíacos estavam normais de novo, agora quando se trata de Dom, Evi e eu o conceito de normalidade é bem relativo. O garoto me diz, dando risada:
– Se eu tivesse essa sua voz estrondosa, não precisaria de um feitiço para explodir as janelas da ala hospitalar.
Pra que alguém ia querer explodir as janelas da Ala Hospitalar? Era o Dom, era claro que não fazia sentido. Mostrei a língua pra ele:
– Você está bêbada e casada que nem a Evy também?
Eu ia responder que não, que tinha algo bem mais irado que uma aliança feita com um pedaço de latinha de refrigerante. Mas Evelyn respondeu antes de mim, aquela garota tinha a língua mais rápida que uma Firebolt:
- Ei! Isso é exclusividade minha, ok?
Como eu não podia falar, ataquei o Donzinho com um caldo. Mantive ele apenas alguns segundos lá embaixo, afinal, nem todos tinham a minha capacidade pulmonar. Ele voltou querendo vingança. Balançou aquelas madeixas loiras respingando água em mim e na Evelyn. Tirando os pingos que atingiram em cheio os meus olhos, foi um golpe suave perto do caldo que eu lhe dera. Sorri triunfante e ele disse:
– Sorte suas de estar calor, se não estariam ferradas comigo!
Olhei-o desafiadora:
- Palavras Dom, só palavras...
- Summer Reyes, - pelo jeito ele ia sair das palavras agora - se prepare que eu vou te afogar e depois te levar de lanchinho para a lula gigante.
E ele berrou na minha orelha! Nossa! Se minha saúde não fosse de ferro meus tímpanos teriam virado realmente lanchinho da Lula. No segundo seguinte eu já estava com o corpo inteiro debaixo d´água e com as mãos fortes do Dom me mantendo lá. O gelado da água amenizou um pouco o calor no meu ouvido que latejava. Lá embaixo eu estava entediada. Hmm... Quando chegasse a superfície mostraria ao Dom minha tatuagem. Ele fazia o tipo que ia achá-la legal. Segundos depois ele deixou que eu voltasse a tona. Balancei os cabelos seguindo o exemplo do lufano, mas dessa vez os pingos eram bem maiores, devido ao fato do meu cabelo ser longo. Falei:
- Dom eu queria te mostrar...
Evy me interrompeu. Não to falando? Mais rápida que uma Firebolt:
- Isso é pelo susto que você me deu! -
E jogou todo o peso daquele corpo magricela pra cima da minha cabeça. Muito engraçadinha a Senhorita Salt. Ela me manteve lá embaixo por poucos segundos. O Dom que era um batedor musculoso conseguir me manter afundada tudo bem, agora a Evi era uma das pessoas mais rápidas que eu conhecia, mas faltava espinafre praqueles músculos! Quando eu voltei a superfície pela segunda vez dei uma respirada curta antes da Evy falar:
- E já que você gosta tanto dessa brincadeirinha de prender a respiração debaixo d`água, eu vou te ajudar a quebrar um novo recorde!
E novamente fui posta naquele verde entediante do Lago Negro. Sério, se ser afogada não fosse tão chato eu deixaria a Evy me manter mais um tempinho lá. Bati com força meus pés e antes do que Evy tinha programado eu já estava respirando novamente. Assim que eu subi ela falava. Mas ela não calava a boca mesmo!:
- ... tatuagem da Sunny? Quando ela estiver aqui de novo, pede pra ela te mostrar!
Olhei para Evelyn e disse séria:
- Se você tivesse ficado em silêncio por dois minutos e ME deixado falar, o Dom já saberia da minha tatuagem!!!
Eu parecia irritada mas logo em seguida caí na gargalhada. Aquela era Evy e um de seus principais lemas de vida é NUNCA, em hipótese alguma, ficar quieta. E eu a amava mesmo assim. Olhei pro Dom:
- Bom Dom, se não tiver mais nenhuma interrupção ...- Olhei séria, mas ao mesmo tempo brincalhona, pra Evy - Aqui está minha tatuagem!
Virei de costas pro garoto. Eu estava só de biquini. Dava pra ver o que se encontrava escrito na minha lombar: "whisky de fogo + 24 horas sem dormir + caras gatos = VIDA". Dei uma espiada na tatuagem gigantesca:
- Bom, provavelmente não é algo que meus pais aprovariam, mas um garoto descolado que nem você, acha ela irada... - fiz cara de dúvida - não é?
Pelo menos o Dom tinha que achar minha tatuagem legal. Quer dizer, ele era uma das mentes mais insanas de Hogwarts, se ele a considerasse loucura, bom, era porque o negócio estava mal mesmo.
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Mensagem por Nathan Scott Ter Dez 28, 2010 1:30 am

Estava andando por aí, à toa. É realmente incrível observar o Castelo de perto do lago. Bom, vim parar aqui por acidente: estava fugindo de umas garotas que não largavam do meu pé. Ser popular costuma dar dor de cabeça...

Já havia tido minha primeira aula no Castelo e estava extremamente ansioso para o início da temporada de Quadribol: sou o artilheiro da Casa de Grifinória. Mas até lá e até os treinos começarem, costumo ter muito tempo livre. E assim, vago como um indigente pelas redondezas do Castelo, sem rumo ou destino.

O Lago sempre me chamou atenção: um ligar tranquilo, não muito visitado pelos alunos, ou seja: um excelente lugar para se descansar e refletir.Além de poder dormir um pouco durante a tarde.

Tirei meus sapatos e minha blusa e mergulhei no lago. Se isso é proibido, não sei, mas o que os olhos não vêem o coração não sente. Em outras palavras, caso seja proibido, ninguém vendo, nenhuma detenção. Ao mergulhar, me senti renovado: a água realmente é o melhor remédio que se pode ter, cura até meu cansaço.

Após nadar um pouco saí do lago e ouvi alguns murmúrios, parecendo uma conversa. Aproximei-me da origem do barulho e avistei algumas pessoas. Conhecia-as de vista e reconheci duas jogadoras da Grifinória. Sentei-me perto, mas não me escondendo: além das meninas, havia um garoto com elas e todos conseguiriam me ver se assim desejassem. Comecei a ouvir a conversa. Não que eu seja fofoqueiro com um tal de Ryan da Sonserina, mas é sempre bom saber de detalhes que possam, possível e posteriormente, ser usados contra outras pessoas. Deitei-me e comecei a rir. Todavia, a risada foi alta o bastante para que qualquer um que estivesse perto me ouvisse.
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Mensagem por Dominic Harvey Sáb Jan 08, 2011 12:16 am


03/09 | Lago Negro - tarde Th_DominicMona_35.03/09 | Lago Negro - tarde Th_DominicMona_49.03/09 | Lago Negro - tarde Th_DominicMona_11
Cade a garrafa? '-'
03 de setembro, tarde | Post #03 |Lago Negro

Evy casada era mesmo uma noticia chocante. Primeiro, ela não era o tipo de garota que se casaria nessa idade, pois aproveitar a vida e quase que uma prioridade, assim como também não fazia muito sentido ela aparecer casada de um dia para o outro (a não ser que houvesse uma confirmação de gravidez, o que seria bem trágico porque, vamos ser sinceros, coitada dessa criança). Evy, ao meu ponto de vista, adoraria ter um festão cheio de comida e bebidas, gente dançando, câmeras fotográficas e todas essas coisas que garotas acham legal. Ela gastaria a maior grana do marido em um vestido que usaria uma única vez e se fosse elegante, faria outdoors anunciando o fim da sua vida de encalhada. E eu, se não saísse dessa como padrinho de casamento da noiva, sairia ao menos de barriga cheia. Era uma puta falta de consideração com a minha pessoa se casar sem aviso nenhum. Mas é claro que minha mente brilhante logo captou o que a garota queria insinuar, ou seja, se colocava como casada, mas no fundo a verdade era: “roubei uma bijuteria, um latão feio, mas estou orgulhosa de ter conseguido mais esse sucesso.” Ela tentava fazer graça, me deixando levemente confuso. Sorri marotamente e falando como quem acabara de derrubar uma máscara, perguntei de quem ela tinha roubado o anel que exibia. - Eu não roubei de ninguém! – tomei mais um gole de whisky de fogo, desviando sempre das mãos ligeiras que tentavam tomar de volta a garrafa. - Eu acho...– PONTO! Ri baixinho ao ter minha idéia como uma possibilidade quase certeira. Ela coçou a cabeça, passando a ser a confusa da situação. Virei mais uma vez a bebida na boca e senti a garganta arder levemente, depois levantei a mesma na altura dos olhos e a balancei. Já tinha tomado mais da metade do que tinha quando me passaram a garrafa, por sorte eu tinha estômago forte. Ok, ele tinha se tornado resistente com o tempo e com as gafes. – Pode não se lembrar do que aconteceu, Evy. Mas devia lembrar que eu te conheço como se fosse Merlin. Você pode tentar, mas não pode me enganar. – obviamente, ela também tem conhecimento suficiente para sobre mim. Ela, a maior ladra que eu conheço. E eu sou o maior mentiroso da face da terra. Acho que é por isso que nos damos tão bem, aceitamos um ao outro. Contudo, a frase não era certa, uma vez que Evy era capaz de passar a perna até mesmo em mim. Ela era esperta, não tinha como negar isso, tão esperta como Sam. Se não fosse a ruiva a minha dupla perfeita, Evy ou Sunny seriam. A diferença era que a minha cabeça e da Mantha funcionavam em sintonia, como se tivéssemos o poder de ler a mente um do outro.

- Obrigada pela oferta, loirinho. Quando eu me separar desse aqui ... – ela começou, indicando o anel e rindo abertamente quando ofereci as jóias da minha irmã caçula. Não que eu aprovasse roubarem a Lex, afinal, dinheiro dela é dinheiro meu. Enfim, caso Evy levasse a proposta a sério, Alexia iria jogar logo de cara a culpa em mim, o que faria com que eu ficasse sabendo sobre o roubo, que desse um jeito de recuperar as bijuterias e finalmente, pega-las e convertê-las em algo benéfico: dinheiro para bombas de bosta. .. e quiser outro noivo, eu procuro você e o anel da Lex. – Evy lançou uma piscadela brincalhona, antes de inutilmente tentar tomar de volta a garrafa das minhas mãos. Enchi a boca mais uma vez com o liquido e fiz uma referência, como se estivesse lisonjeado pelas palavras dela. E lá no fundo, estava. Dei-me conta de que não tinha perguntado sobre esse noivo fictício e fiquei curioso em saber quem era o tal cara que se metera com a minha pequena-ladra-bêbada, digo, gostaria de saber que tipo de encantamento ela fez para conseguir o anel de latão, mesmo sabendo que a teoria do roubo era a mais relevante. - Procurar a mim? Não sou o tipo de cara que peida e cai moeda, Evy! – esse era o meu jeito de dizer que alguém era podre de rico. Balancei a cabeça, tentando parecer um senhorzinho que se mostrava decepcionado com as atitudes de uma netinha pirralha. – Mas sou um partidão. – sorri e estendi a garrafa a ela, quando a mesma mais uma vez tentou recuperá-la. Eu não era bonito, mas tinha uma qualidade insuperável: lábia. Ou era graça? Bom, engraçado ou não, o importante é que as garotas gostavam de mim. Ou me odiavam. Era bem o estilo oito ou oitenta: ou amam ou odeiam.

Depois disso, tudo aconteceu muito rápido para conseguir acompanhar direito. Por algum motivo, provavelmente por algo que eu disse, ela me empurrou no Lago Negro, isso depois de gritas coisas e coisas, me ameaçou de morte e me culpar por Sunny estar ainda submersa nas águas. Juro que tentei rebater antes, mas no segundo seguinte, estava voltando a superfície e vendo que Evy também caira no lago. Não sabia o porquê tanto escândalo, mas sabia sobre o que se tratava: Summer tinha mergulhado antes mesmo de eu aproximar-me e estava afundada até agora. Todo o mundo bruxo sabe que ela tem pulmões de aço, ou melhor, pulmões de algum tipo de material elástico, que estica e fica gigantesco, permitindo ela guardar mais ar do que o normal. Reclamei que se ela quisesse que eu procurasse a sua companheira de casa, era só pedir que eu me tacava no lago, não precisava me derrubar. Podia reclamar por horas, declamar injustiça e até quem sabe fazer birra porque fui alguma espécie de vitima, mas Evelyn começou a tossir e se debater, fazendo gestos com as mãos e meu imediatamente nadei em direção a ela. Porém, no meio do caminho havia uma pedra. Mais especificamente a pedra-Summer. No caso, feito algumas modificações, uma pessoa. Assustei, é claro. Ela surgiu das profundezas bem na minha frente e gritou, aquela cabeleira preta voando teatralmente, depois se jogou e fugiu para o lado oposto. Notou-me, me chamou de feio e eu disse a primeira coisa que veio na cabeça. Evy emparelhou conosco, pegando a parte em que eu questionava o estado lúcido e civil de Sunny. - Ei! Isso é exclusividade minha, ok? – ela deu um tapinha de leve na minha cabeça ao responder antes da outra morena. Então, devido ao susto que eu ocasionara sem intenção, Summer decidiu se vingar. Ela me confunde com uma garota e se acha na posição de vingança? Acho que eu é quem devia estar achando que tinha esse direito. Afundei, tomando um belo de um caldo e voltando a superfície chacoalhando a cabeça e respingando água nas garotas, dessa vez alegando que tinham sorte por estar calor, caso contrário estariam ferradas. - Palavras Dom, só palavras... – Sun disse. Eu conhecia aquele olhar desafiador, era basicamente uma imploração para que eu fizesse algo e, honestamente, como resistir a uma “guerra” de caldos? Tirei minha blusa e a atirei em direção ao solo, mas infelizmente ela caiu na lama. - Bela mira, loirinho!– ouvi Evy comentar, achando graça no meu infortúnio. Ignorei, minha mira sabia ser excelente nos momentos certos. Depois gritei tão alto no ouvido de Sunny que a garota até se curvou, afastando-se de mim e do meu berro que dizia que iria afogá-la. Joguei meu peso (diminuído pela água) em Summer e no segundo seguinte ela desapareceu. Não podia evitar que ela ficasse lá por longos minutos sem sofrer nadinha, mas podia a manter lá embaixo e deixar com que ela voltasse quando eu quisesse. Summer tinha um fôlego sobrenatural, mas não era mais forte do que eu. Quando a soltei, ela voltou, balançando a cabeça e espirrando água, imitando-me como se estivesse aprendendo com um tutor. - Dom eu queria te mostrar...– ri quando Evy pulou em cima dela,impedindo que a garota terminasse a frase que deveria ser algo como ”queria te mostrar como é que se dá um caldo de verdade!”. Contudo,Sunny ainda era um peixe com pernas e Evy não a manteve submersa por muito tempo. - E já que você gosta tanto dessa brincadeirinha de prender a respiração debaixo d`água, eu vou te ajudar a quebrar um novo recorde! – mais uma vez, ela tentou e, mais uma vez, Sunny estaria de volta em pouco tempo. Era questão se segundos. 1...2...3...4...! e Sunny deveria estar brincando com alguma coisa lá embaixo. - Já viu a tatuagem da Sunny? Quando ela estiver aqui de novo, pede pra ela te mostrar! – inclinei a cabeça, não lembrava que Sun tinha uma tatuagem. Bom, talvez ela sempre a tivera, mas nunca mostrou a ninguém e, por estar de biquíni, Evy reparou. Balancei a cabeça, negando que tinha visto a tal tatuagem enquanto possibilidades vinham na minha cabeça, algo como uma flor ou uma lontra, talvez meu nome e meu rosto estampado nas costas dela. Essa ultima sim seria uma surpresa agradável! - Se você tivesse ficado em silêncio por dois minutos e ME deixado falar, o Dom já saberia da minha tatuagem!!!– ela disse aparentando estar irritada o que, convenhamos, não combinava nada com a personalidade dela. Summer era mais desastrada, uma palhaça quase ao meu nível. Essa braveza era muito estilo Alexia. - Bom Dom, se não tiver mais nenhuma interrupção ...- fiz cara de “mostra logo”. - Aqui está minha tatuagem! – Ela virou de costas, exibindo letras em sua lombar: "whisky de fogo + 24 horas sem dormir + caras gatos = VIDA”. - Bom, provavelmente não é algo que meus pais aprovariam, mas um garoto descolado que nem você, acha ela irada... não é?– meu rosto devia estar denunciando que eu segurava uma risada estrondosa. Se a tatuagem era legal? Eu achava,mas não concordava em partes. Whisky de fogo, ok. 24 horas sem dormir... isso era que nem uma vaca na Índia: S-A-G-R-A-D-O! Dormir era uma das melhores coisas da humanidade, ficar deitado, fazendo nada, na paz com roupas confortáveis. Eu amava dormir. Caras gatos... a não ser que se referisse a mim, não, eu não concordava. Mas, a idéia em si, era de fato, irada. - Tirando a parte dos caras gatos e de ficar sem dormir, ta bem legal. – sorri. – Em mim não ficaria bom, mas em você, ta irada! – fiz um “joinha” com a mão, junto com uma piscadela exagerada. Como se fosse um garoto propaganda, sabe? O som de alguém rindo me fez virar e olhar em direção as margens do lago. Deparei-me com um garoto deitado, não dava para ver o rosto. – Era só o que me faltava, mais um bêbado. – comentei, sem saber se ele tinha mesmo bebido. Podia estar rindo da gente. Dei de ombros, já estava acostumado com isso mesmo. – Hey, cadê a garrafa de whisky de fogo? – perguntei, apertando os olhos para ver a achava pousada em algum lugar na terra.


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Mensagem por Evelyn Salt Ter Jan 11, 2011 2:26 am

All that I`m after is a life full of laughter
As long as I'm laughing with you *


Eu não poderia imaginar uma vida sem Dominic e Summer, mas com certeza ela seria bem mais silenciosa e calma. Consequentemente, menos divertida. Passar o dia com eles era praticamente sinônimo de alegria e não é a toa que se alguém passasse pelo Lago Negro naquele dia presenciaria muitas gargalhadas. Tanto Sunny quanto Dom poderiam ser definidos em uma única palavra: insanos. Ou seja, eu era apaixonada por ambos. Nós nos conheciamos a anos, como a palma de nossas mãos e, naquele exato instante, o loirinho fazia questão de me lembrar disso:
– Pode não se lembrar do que aconteceu, Evy. Mas devia lembrar que eu te conheço como se fosse Merlin. Você pode tentar, mas não pode me enganar.
Fiz um gesto displiscente com a mão, ele que pensasse o que quisesse, afinal eu já havia dado a minha versão da história, ou pelo menos, da parte da qual eu lembrava.

Sobre meu suposto casamento, resolvi apavorar um pouco o Domzinho, dizendo que assim que me divorciasse, o procuraria. Ele pareceu ser pego de surpresa. Touché:
- Procurar a mim? Não sou o tipo de cara que peida e cai moeda, Evy! Mas sou um partidão.
Após dar mais um gole na garrafa que ele acabara de me devolver, concordei:
- Sim, esse é você Dom, um partidão e sutil como um elefante.
Acabei -me de rir. Quem mais, em Hogwarts inteira, usaria aquela expressão para se referir a pessoas ricas? Só aquele lufano piradinho mesmo.

Após colocar minhas cordas vocais à prova por causa do sumiço de Summer embaixo d`água, Dom e eu estávamos dentro do lago, tossindo e arfando loucamente. Foi então, depois dessa gritaria toda, que a "Miss Sunshine" revolveu aparecer como se nada tivesse acontecido, dando um susto em Dom e fazendo as típicas trocas de carinhos, que íam desde ofensas até caldos. Ninguém podia negar, era uma amizade adorável. Nem pensei duas vezes antes de dar uns bons e merecidos caldos na garota também. Metade porque eu estava irritada com a brincadeirinha sem graça dela, metade porque eu simplesmente queria fazer parte daquela confusão.

Quando finalmente a deixei subir a superfície para respirar e pedi para ela mostrar sua nova tatuagem, Sun respondeu, com seu pequeno nariz empinado:
- Se você tivesse ficado em silêncio por dois minutos e ME deixado falar, o Dom já saberia da minha tatuagem!!!
Fiz biquinho, ela não precisava exagerar. Ok, talvez realmente estivesse com a razão e eu fosse mesmo uma faladeira, mas não importava muito porque logo em seguida nós três estavamos rindo. Ela prosseguiu:
- Bom Dom, se não tiver mais nenhuma interrupção ...- Ah! Aquele olhar repreensivo fora lançado diretamente para mim. Revirei os olhos e nadei um pouco para trás, para poder admirar a expressão que surgiria no rosto de Dom dali a alguns sgeundos, quando ele finalmente conhecesse aquela "obra prima" que ela possuía na lombar: - Aqui está minha tatuagem!
Assim que ela virou de costas eu voltei a gargalhar. Não era por mal, pelo contrário, eu fazia um extremo esforço para não rir, tapando a boca com as mãos. Esforço tão grande que eu cheguei a esquecer que deveria mexer os braços para me manter na superfície e acabei engolindo parte da água do lago. Enquanto meus olhos estavam marejados por causa do descuido e eu tossia feito uma tuberculosa, Sunny já dizia:
- Bom, provavelmente não é algo que meus pais aprovariam, mas um garoto descolado que nem você, acha ela irada... não é?

Voltei a respirar novamente e agora só conseguia olhar para o rosto de Dom. Ele não mostrava-se chocado, na verdade parecia ter visto a coisa mais engraçada do século nas costas da garota. Sorri sentindo-me compreendida. Ele tinha a mesma visão que eu sobre a tatuagem! Só que, admito, conseguia se controlar um pouco melhor, já que evidentemente, estava guardando as gargalhadas para quando estivesse longe da visão de Summer. Atitude, no mínimo, inteligente. A voz dele fez meus pensamentos voltarem a realidade:

- Tirando a parte dos caras gatos e de ficar sem dormir, ta bem legal. Em mim não ficaria bom, mas em você, ta irada!
Não saberia dizer se estava rindo das palavras dele ou daquela sua pose ao estilo "propaganda trouxa". Mas minha risada durou pouco, já que Dom mudou de assunto, pegando-me desprevinida:
– Era só o que me faltava, mais um bêbado.
Respondi antes mesmo de entender do que ele estava falando:
- O que você quer dizer com "outro"? Eu estou completamente sóbria. - Lembrei do anel em meu dedo, então concluí: - Infelizmente...

Dom continuou, enquanto olhava para algum ponto indefinido na margem do lago:
– Hey, cadê a garrafa de whisky de fogo?
Olhei ao redor, como se esperasse que a garrafa se materializasse ali mesmo, em plena água turva. Então chacoalhei minha própria cabeça e virei o pescoço para ver com quem Dom estava falando. O grito e o sorriso de orelha a orelha foram quase involuntários:
- NATE!
Ele estava um pouco longe e eu tinha uns pingos d`água escorrendo por meu rosto prejudicando a minha visão. Mas era o Nathan, eu tinha certeza. Exclamei pra ele, animada:
- Você não imagina o que está perdendo ficando aí fora, cabeçudo!
O apelido era antigo, invenção de Summer em algum de nossos muitos anos letivos. Nate era nosso amigo e, sendo assim, era quase sua obrigação aceitar esse tipo de coisa, porque não deixariamos de chamá-lo assim de jeito algum. Eu nem conseguia lembrar desde quando o conhecia, era quase natural, levando em conta que ele também era da Grifinória e estava no time de quadribol.

Nadei até a margem próxima a ele e joguei água na direção do garoto:
- Vamos lá! O que você está esperando para tirar logo esse uniforme, dar um salto triplo e cair de cabeça aqui nesse lago?
Dei risada, esperando que ele conseguisse um resultado melhor que eu, Sunny e Dom no quesito "salto". Então acrescentei, em tom mandão:
- E não se esqueça da garrafa de whisky! Ela vai ser essencial para nós te aguentarmos nos próximos minutos!
Sorri travessa, era óbvio que eu estava brincando. Nate as vezes era doido, divertido, sem noção, pirado, insano... Ou seja, completamente adorável como todos nós!

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Mensagem por Summer Reyes Ter Jan 18, 2011 5:01 pm

* Hey over there
Please forgive me
If I'm coming on too strong *

Estava eu no Lago Negro com Dom e Evy. E com um trio como nós um banho tranquilo não era o esperado. Eles pareciam ter entrado em uma competição pra ver quem conseguia me afogar. É claro que nem os dois juntos conseguiriam esse feito, mas poucas vezes eu tinha ficado olhando praquele verde entediante do Lago por tanto tempo. Quando eu fazia minhas pegadinhas, ficava submersa de olhos fechados, porque não tinha nada que eu queria ver mesmo e podia me guiar pelos outros sentidos. Mas quando eles me afundavam tinha que tomar cuidado para um dos pezões daqueles dois não acertar feito um martelo no meu rosto. Bom, quando a brincadeira de: "vamos matar Summer" acabou eu pude mostrar minha tatuagem para Dom. As sobrancelhas do garoto se arregalaram por alguns segundos, mas logo ele começou a dizer, num tom incentivador:
- Tirando a parte dos caras gatos e de ficar sem dormir, ta bem legal.Ele sorriu, eu sorri também, contente por alguém ter gostado da minha tatuagem. Ok, ele não gostara de praticamente dois terços dela, mas eu me concentrava no fato de ele ter gostado de algo – Em mim não ficaria bom, mas em você, ta irada! Ele fez um sinal de positivo com a mão e eu fiquei ainda mais contente.
Nadei até o garoto e passei o braço por seu ombro, num sinal de afeto e agradecimento. Depois falei pra Evy:
- Eu sabia que o Dom ia gostar... Só gente careta que nem você é que não gosta senhorita Salt - Mostrei a língua pra ela. Eu mesma não gostava da minha tatuagem, disse aquilo só pra provocar a Evy. E ela sabia.
– Era só o que me faltava, mais um bêbado.
Virei para onde o Dom estava olhando. Meu pai sempre disse que eu tinha olhos de lince e mesmo a longa distância eu reconheci aquele cabeção as margens do Lago. Abri um sorriso:
- O que você quer dizer com "outro"? Eu estou completamente sóbria. Infelizmente...
Eles começavam uma discussão sobre quem estava bêbado. E quando Evy e Dom começavam uma discussão esqueciam o mundo ao redor e ficavam extremamente focados em provar seu ponto de vista mesmo que o assunto fosse algo como: " O diretor de Hogwarts teve ou não espinhas quando era jovem". Enfim, estavam discutindo e não iam dar por minha falta. Mergulhei sorrateiramente na direção do cabeçudo, ou do Nate, se preferir chamá-lo assim. Ouvi Evy, gritar (Bom, duvido que alguém em Hogwarts não tenha ouvido) :
- NATE!
O garoto virou-se para olhá-la. Perfeito. Porque agora eu me encontrava logo atrás dele. Fora do seu campo de visão:
- Você não imagina o que está perdendo ficando aí fora, cabeçudo!
Sorri ao ouvir a última palavra. O apelido pegara mesmo. Evy se aproximava do garoto pela margem, ficando na frente dele. Eu escalava uma pedra enorme que estava atrás do Nathan. Me preparando como uma gata para meu gran finale:
- Vamos lá! O que você está esperando para tirar logo esse uniforme, dar um salto triplo e cair de cabeça aqui nesse lago?
Olhei para Evy e quase não consegui conter a risada, na posição que ela estava provavelmente se assustaria também:
- E não se esqueça da garrafa de whisky! Ela vai ser essencial para nós te aguentarmos nos próximos minutos!
Ela parecia ter terminado de falar. Minha vez de agir. Contraí minhas pernas para poder dar um grande impulso e olhei para o Nathan que estava deitado logo abaixo de mim. Seja o que Merlin quiser. No segundo seguinte eu estava pulando feito uma perereca voadora e gritando:
- CABEÇUDOOOOOOO!
Caí em cima dele com estrondo. E começei a rir da cara dele e de Evy. Apalpei meu corpo por alguns segundos. Nada quebrado. Olhei para esquerda. A garrafa de whisky de fogo também estava intacta. Sorri vendo que meu plano tinha sido executado com perfeição. Continuei confortavelmente em cima dele. Afastei um pouco do cabelo do garoto que tinha caído sobre os olhos com o impacto:
- Senti sua falta. Você some! Não sei como você consegue com uma cabeça tão avantajada, mas você é mestre nisso!
Eu sorria. Adorava o Nate. E sabia que ele odiava ser chamado de cabeçudo, cabeção, cabecinha, ou qualquer variação que girasse em torno de cabeça. O que tornava as coisas ainda mais divertidas. Ah! E no fundo eu nem achava que ele tinha uma cabeça tão grande assim. Só pra ficar registrado.
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03/09 | Lago Negro - tarde Empty Re: 03/09 | Lago Negro - tarde

Mensagem por Nathan Scott Ter Jan 18, 2011 9:22 pm

Ficar em paz em Hogwarts não é algo muito simples, ainda mais quando se tem diversos alunos loucos e bêbados. E, realmente, minha tranquilidade perto do Lago durou pouco...

- NATE!

Gritou Evilyn.

- Você não imagina o que está perdendo ficando aí fora, cabeçudo! - Vamos lá! O que você está esperando para tirar logo esse uniforme, dar um salto triplo e cair de cabeça aqui nesse lago?

Evilyn era uma grande amiga. Totalmente louca, diga-se de passagem, mas dona de um coração de ouro e de um grande senso de humor. Como já estava sem camisa, me joguei no Lago. A água realmente era revigorante.

- Acho que meu salto foi melhor que o seu, hein Ev!

Logo depois, a pirada da Summer veio mergulhou e veio nadando:

- Senti sua falta. Você some! Não sei como você consegue com uma cabeça tão avantajada, mas você é mestre nisso!

Virei-me para ela:

- Cabeçudo é o senhor seu pai.

Dei um caldo nela e depiis perguntei:

- E aí, cade a garrafa de whisky? Hora de animar a festa...

Sorri.


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03/09 | Lago Negro - tarde Empty Re: 03/09 | Lago Negro - tarde

Mensagem por Dominic Harvey Ter Jan 25, 2011 6:30 pm


03/09 | Lago Negro - tarde Domie19.03/09 | Lago Negro - tarde Dom-dominic-monaghan-17226290-100-100.03/09 | Lago Negro - tarde Dom-dominic-monaghan-17226278-100-100
(( I got my toes in the water,
ass in the sand !

03 de setembro, tarde | Post #04 |Lago Negro

Evelyn balançou a mão de maneira displicente, mostrando que dispensava meu comentário, quando a lembrei de que a conhecia extremamente bem, limitei-me a apenas sorrir e dar de ombros, porque até onde eu sabia ela retrucaria se não fosse verdade. Nossa conversa girava em torno do fato da cigana dizer que estava casada, eu jurava que fora um plano maluco para roubar um anel, ela por sua vez não parecia lembrar de muita coisa, o que não me surpreendia devido ao hálito da mesma estar puro álcool e seu equilíbrio tão podre quanto. Depois de Salt se oferecer na maior cara de pau, disse-lhe que não era o tipo de partido que fazia o seu gosto, usando uma expressão um tanto diferente. Entreguei-lhe a garrafa de whisky de fogo e ela voltou a beber: - Sim, esse é você Dom, um partidão e sutil como um elefante. – pela maneira como ela riu depois, isso foi definitivamente uma ironia. Fiz uma careta e revirei os olhos, o comentário sobre não peidar e sair moeda não era mesmo categorizado como sutil, mas elefante também não era uma característica que me descrevia. Eu era mais como um leopardo: rápido, ágil, forte, esperto, bonito quando bebê, aparentemente dócil. Acho que é por isso que meu patrono tinha essa forma, era um tipo de reflexo da alma. O patrono de Evy era o que? Uma gaivota? O que gaivotas tinham a ver com ela? A grifinória estava mais para um cachorro: fofo, brincalhão, come, bebe e dorme o dia inteiro e pega as nossas coisas escondido e leva pra casinha. Isso sim seria o reflexo dela.

Fui jogado na água sem aviso prévio, Summer deu as caras e uma verdadeira troca de caldos começou entre eu e as garotas, cada um por si. Ambas falavam ao mesmo tempo, uma interrompendo a outra e eu tentando entender o que elas queriam dizer, até que Sunny, após dar um “chega pra lá” na sua colega de casa, finalmente consegui mostrar a tal tatuagem que elas tanto falavam. Honestamente, a idéia era bem legal, mas eu não concordava muito com o que estava escrito, afinal “dormir” era essencial e “caras gatos” totalmente dispensável. Demonstrei minha meia aprovação fazendo um “joinha” com a mão e Evy voltou a rir de mim e meu estilo garoto propaganda de creme dental. Summer pareceu contente com o que eu disse e veio nadando em minha direção, passando o braço em meu ombro em forma de agradecimento por ter gostado da tatuagem que qualquer um diria que era absolutamente esquisita. - Eu sabia que o Dom ia gostar... Só gente careta que nem você é que não gosta senhorita Salt – balancei a cabeça positivamente, Sun estava próxima o suficiente para puxar minha orelha caso discordasse. Foi então que eu notei, lá na margem do lago, outro garoto, rindo sozinho (mais provavelmente rindo da gente). Comentei que era mais um bêbado, Evy logo deixou claro que não tinha me entendido: - O que você quer dizer com "outro"? Eu estou completamente sóbria. Infelizmente...- Sem tirar os olhos do garoto, arqueei as sobrancelhas, ela poderia estar plenamente consciente do que fazia, mas dizer que estava completamente sóbria era forçar a barra. Balancei as mãos em frente ao rosto dela, exatamente como a mesma tinha feito comigo antes de me empurrar nas águas do Lago Negro, dizendo que não era ela a bêbada. Enquanto eu dava falta da garrafa de firewhiksy, a morena parou para tentar compreender sobre o que eu me referia. - NATE! – ela gritou tão alto que, se minhas orelhas não estivessem tão adaptadas ao barulho, eu teria assustado. - Você não imagina o que está perdendo ficando aí fora, cabeçudo! – ela começou a argumentar com Nathan e eu mantive meus olhos focados na busca da garrafa. - Vamos lá! O que você está esperando para tirar logo esse uniforme, dar um salto triplo e cair de cabeça aqui nesse lago? – e atrás de Scott uma cena bizarra se formava. Summer, em algum momento em que eu me distrai procurando pela bebida, escalou uma pedra e se preparava para saltar. Pela expressão dela era possível ver que mal conseguia segurar a risada. Falta de profissionalismo. - E não se esqueça da garrafa de whisky! Ela vai ser essencial para nós te aguentarmos nos próximos minutos!garrafa, garrafa, garrafa. Onde está você? Passei os olhos mais uma vez pela margem. E ela estava ali, alguns metros depois da minha camiseta atirada na lama, perto do garoto grifinório, a um segundo de Sunny esmaga-la! - CABEÇUDOOOOOOO! – arregalei os olhos quando ela caiu em cima de Nate, fazendo um estrondo monstruoso. – SUMMER, SUA FIL** DA PU**, QUASE DESTRUIU A GARRAFA DE WHISKY! – gritei, no meu jeito mais educado, começando a nadar ferozmente em direção a todos eles. Sunny tinha ficado a alguns centímetros de não ter quebrado a garrafa, que a essa altura, tinha sido quase consumida por inteira por mim e Evy.

- Acho que meu salto foi melhor que o seu, hein Ev! - Nathan disse após se jogar na água. Qualquer salto seria melhor do que o dela, mas nenhum ganharia do de Sunny pulando da pedra como uma gata. Eu nadava espirrando água para todos os lados, enquanto Summer voltava a entrar na água. - Senti sua falta. Você some! Não sei como você consegue com uma cabeça tão avantajada, mas você é mestre nisso! – e lá começaria a troca de carinhos. Ambas tinham uma mania de chamar Nate de cabeçudo e ele nem tinha uma cabeça digna desse nome. - Cabeçudo é o senhor seu pai. – a cabeça, a pensante ao menos, parecia bem normal pra mim. Apoiei minhas mãos na terra e com um impulso sai do lado, andando até a garrafa e a pegando. Meus pés ficaram todos sujos de terra e a barra da calça igualmente e, quando sentei na margem do lago, colocando os pés de volta na água, a calça também deveria estar no mesmo estado de sujeira, assim como a minha camiseta. - E aí, cade a garrafa de whisky? Hora de animar a festa... – isso aqui tinha muita gente pra uma garrafa só, isso sim. Digo, Evy bebia feito homem, Sunny devia ter um estomago de ferro, pra mim whisky era como água e Nathan estava querendo a garrafa. E a garrafa já tinha passado da metade. – Está aqui, bro. – disse, levantando a garrafa a altura dos olhos e analisando a quantidade. – Só que não dá pra nada. – reclamei. – Acho que vou tentar conjurar mais... será que funciona? Tipo, ao invés de conjurar água, conjurar whisky. – olhei para eles, podia dar certo, não? Inclinei a cabeça, incerto se deveria tentar, pois todo mundo sabe que por mais alta que seja a probabilidade de funcionar, comigo ela é reduzida pela metade.
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03/09 | Lago Negro - tarde Empty Re: 03/09 | Lago Negro - tarde

Mensagem por Evelyn Salt Qui Fev 03, 2011 7:37 pm

* We will never be, never be
anything but loud... *



- Eu sabia que o Dom ia gostar... Só gente careta que nem você é que não gosta senhorita Salt.
Eu cruzei os braços em pose incrédula. Cada dia mais eu tinha certeza que Sunny era uma recordista. Seus talentos em apnéia, insanidade, confusões e situações de quase morte eu já conhecia, mas agora acabava de descobrir mais um: ela era a pessoa que dizia mais mentiras em uma única fala. Pra começar, Sun estava preocupada com a reação de Dom então não podia saber que ele gostaria. Em segundo lugar, eu não era uma pessoa careta, a menos que o sentido dessa palavra tenha sido modificado e passou a ser sinônimo de pessoas que fazem tatuagens bizarras nas costas. Só assim e apenas assim eu seria enquadrada nessa categoria, porque sair por aí pintando o meu corpo com dizeres insanos que ficarão registrados em mim para sempre não faz muito o meu estilo. E terceiro, após sentir um arrepio só de pensar nessa possibilidade, se eu fosse mesmo uma mulher casada, meu sobrenome não era mais Salt. Acho que foi a descoberta dessa última "mentira" de Sunny que fez com que eu perdesse a vontade de retrucar as afirmações da garota e apenas demonstrar minha insatisfação mostrando a língua para ela.

Após muita conversa que poderia ser chamada apenas de troca de insultos, brincadeiras aquáticas que eram na verdade caldos e tentativas de afogamentos e tudo o que acontece quando melhores amigos resolvem se divertir, Nate apareceu nas margens do Lago Negro. Ele estava rindo, achando graça do que dizíamos ou simplesmente das nossas aparências exaustas ou de uma mistura dos dois... O fato é que eu achei por bem chamá-lo, afinal todos que já passaram por Hogwarts sabem que o Lago Negro é como coração de mãe, sempre cabe mais um. E é claro que justamente por existirem rumores sobre a Lula Gigante habitar essas águas turvas e nadar nelas ser algo extremamente proíbido, essa é a coisa mais comum do mundo para todos os alunos.

Nate sorriu e eu sabia que ele aceitaria a proposta no mesmo instante. Estava parada próxima a margem do lago e já estava me preparando para voltar a nadar quando uma aparição relâmpago acompanhada de um grito ensurdecedor fizeram com que eu congelasse:

- CABEÇUDOOOOOOO!
Levei a mão ao peito, assutada. O que, ou melhor, quem seria doido e abobado o suficiente para subir por entre as pedras apenas para pregar um susto? Em poucos segundos eu já tinha a resposta formulada: Summer Reyes. Admito que Dominic Harvey também foi um nome que passou por minha cabeça, mas Dom possuía um outro estilo. Se ele pulasse seria algo parecido com um grilinho feliz e saltitante ou como um daqueles ataques feitos por aviões kamikazes. Dom era assim, um cara que encaixava-se nos extremos. Segundos atrás, entretanto, a pessoa saltara como um canguru manco. Então, com certeza absoluta, era apenas a descoordenada da Sunny mesmo.

Mal tinha tido tempo para me acalmar com essa constatação e meus tímpanos já estavam prestes a estourar novamente, dessa vez era o grilinho, quero dizer, o loirinho:

– SUMMER, SUA FIL** DA PU**, QUASE DESTRUIU A GARRAFA DE WHISKY!
Olhei ao redor, após o susto eu esquecera completamente da garrafa, mas ela estava intacta então tudo continuava harmoniosamente bem. Virei e disse em tom de represália para o Dom:
- Mas não é possível! Onde estão os modos que eu te dei, moleque? Com certeza isso é a má influência da Summer, essa grande boca suja!
Dei um tapinha na cabeça de Sun, rindo. O tapa fora mais pelo susto que pelo resto. Ela podia ser tudo, mas não ficava lançando palavrões ao léu. Aliás, eu só lembrava dela falando algo desse tipo quando dava topadas na sua própria cama no dormitório da Grifinória, o que acontecia simplesmente toda manhã, mas o uso de xingamentos nesse caso é algo compreensível.

Pouco tempo depois Summer já estava saltando, acompanhada em seguida por Nate, que não tardou a contar vantagem:
- Acho que meu salto foi melhor que o seu, hein Ev!
Dei de ombros, dizendo com confiança:
- Isso é porque eu já bebi dois quartos da garrafa de whisky. Você sabe que em uma situação normal eu acabaria com você, cabeçudinho.
Sorri, não era bem verdade, seria uma competição acirrada. Pouco importava agora, já que Summer e Nate estavam tendo uma relevante discussão sobre o apelido do garoto. Eu subi nas costas de Nate, montando cavalhinho, alheia aquela conversa e só voltei a prestar atenção quando citaram a garrafa.

Dom analisava a garrafa e acabava de ter uma ideia:
– Acho que vou tentar conjurar mais... será que funciona? Tipo, ao invés de conjurar água, conjurar whisky.
Ele olhava para nós com desconfiança, mas não mais do que eu sentia no momento. Dom com uma varinha na mão é sinônimo de perigo iminente. Não que ele fosse ruim em feitiços, era apenas desligado demais para fazer um deles dar certo sem nenhuma encrenca. Ergui as mãos pra cima, chamando a atenção deles para mim. Eu acabara de entender o que devia fazer:
- Para a felicidade geral, eu abro mão da minha parte de whisky!
Abrir mão? Eu já tinha bebido muito mais do que a minha parte. Mas eram apenas detalhes irrelevantes naquele momento:
- Tenho que sair do lago mesmo, agora que o Nate entrou não tem mais graça. - Dei risada, brincalhona e mordi a orelha do garoto: - Brincadeira, mas eu realmente necessito tirar esses grampos da minha cabeça. Minha fase princesa já passou...
Sorri, apontando pra coroa que ainda estava presa em meus cabelos. Eu saí do lago, meio cambaleando por causa da falta de equilíbrio. Peguei minhas roupas da margem e disse, dando um tapinha nas costas do Dom:
- Tente não matar ninguém com essa varinha, ok? - Assim que voltei a me vestir, perguntei pra Sunny: - Você vem, sardenta?

Spoiler:
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