Grifinória x Corvinal !

Primeiramente peço aos jogadores que estejam cientes do funcionamento da partida:
link: https://hogwartsrevelium.forumeiros.com/t1-quadribol

GRIFINÓRIA X CORVINAL

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CAPITÃO ADAM NORTON PODE COMEÇAR A PARTIDA,
EM SEGUIDA CLAIRE WINCHESTER !

"É isso aí... chegou a hora" Pensou Nathan.
* Após Adam, Capitão da Grifinória, fazer o tradicional discurso para incentivar o time e, logo após, apertar a mão de Claire, Capitã da Corvinal, soou-se o apito. Os balaços já estavam soltos e o Pomo de Ouro voando para longe. A Goles foi arremessada e... Consegui pegá-la. Voei em direção ao gol da Corvinal, conforme conselhos da Summer e da Evelyn. Quando estava próximo, arremesei contra os arcos, esperando para ver se maracva o primeiro gol da Grifinória.

* Lookin' for adventure

In whatever comes our way

Born to be wild *

Nervosa? Tensa? Animada? Eu provavelmente estava todas essas coisas juntas. E bastava ouvir da salinha de concentração o grito animado dos grifinórios lá fora pra eu sentir meu coração bater acelerado. Eu nunca quis ser jogadora profissional de quadribol, mas não se podia negar que com um bastão na mão e um balaço assassino vindo em minha direção eu tinha talento.
Eu nunca imaginara ser outra coisa além de batedora. Aquilo era o verdadeiro quadribol! Apanhadora? Obrigada, mas pretendo não ficar cega antes dos 30 por correr atrás de uma bolinha minúscula e dourada. Artilheira? Pelo amor de Merlin! A goles é uma bola pesada vermelha e sem graça. Goleira? Com o campo inteiro para voar até parece que eu ia ficar feliz parada na frente de um dos aros. Ser batedora estava no meu sangue, acabar com jogadas, derrubar jogadores de vassouras e proteger os companheiros de time. Eu que normalmente era a protegida por causa de minhas insanidades, no quadribol, obrigava meus parceiros a confiarem em mim. Era o contrapeso perfeito pra minha vida.
E lá estava eu a espera do primeiro jogo da temporada. Olhei em volta e sorri para cada um de meus companheiros de time. Ninguém se transformava em uma barreira para defender o gol como Norton, ou tinha mãos ágeis como Evy, ou era rápido e inteligente como Nathan Paollo e Nicolle, ou rebatia balaços como eu e Scott. Éramos bons e estavamos unidos. O capitão disse belas palavras antes do jogo começar, palavras que me fizeram perceber o que eu defendia, meus companheiros de Grifinória, a minha casa e pode acreditar, eu daria meu sangue por eles se fosse preciso, mas por enquanto, apenas alguns balaços bem colocados já seriam suficientes.
Antes de levantarmos voo virei pro Lucas que estava do meu lado e disse em um tom brincalhão:
- Vamos quebrar alguns ossos - abri um sorriso de orelha a orelha
É claro que eu estava brincando. A última coisa que eu queria era machucar alguém seriamente. Eu até achava errado essa fama de agressividade que se dá aos batedores. Mas essa frase ajudava a quebrar o clima de tensão. Eu a achava divertida.
Quando levantamos voo e os capitães se posicionaram no meio do campo o grito das torcidas era ensurdecedor. Quando o árbito apitou a goles finalmente entrou em jogo, o pomo de ouro bateu suas asinhas pela primeira vez e os balaços começaram sua busca por uma vítima atraente. Dei uma guinada rápida para esquerda passando por Evy e gritando:
- Vamos mostrar pra essas corujinhas que o bicho que realmente voa é o leão!
Dei um sorriso contente e a partir daí me concentrei no jogo. Os balaços zuniam de um lado para o outro e eu os rebatia para não acertarem os membros de minha equipe. Enquanto isso uma partida bem menos interessante rolava lá embaixo. Nathan tentou fazer um gol, mas Alexia da Corvinal foi mais rápida do que ele e agora estava com a goles. Não, aquilo não estava certo. E quem tinha que consertar as coisas? A batedora. Como eu disse, os batedores jogam o verdadeiro quadribol. Um balaço vinha vindo a toda velocidade na minha direita, se eu aplicasse a energia certa podia redirecioná-lo na direção de Alexia. Com toda força que nem eu acredito que existe nos meus músculos magros bati no balaço e no segungo seguinte Alex estava desequilibrada na vassoura e a goles estava em queda livre. Se Alex tivesse demorado mais alguns segundos teria levado um balaço bem no meio da testa. Um dos artilheiros da Grifinória pegou a goles o que me fez sorrir e pensar: " agora é gol." Eu dava sorte pras jogadas. Só uma coisa podia atrapalhar, Jullianne Caine estava perto do grifinório com a goles e ela podia fazer a besteira de impedir o nosso gol.

* Então o que eu fiz foi voar pra direita e direcionar um balaço que antes zanzava sem propósito claro para Jullianne Caine impedindo-a assim de roubar a goles do artilheiro do meu time.

Havia chegado a hora do primeiro grande desafio. Não, não tratava-se do jogo entre Corvinal e Grifinória, a partida inaugural da temporada de quadribol. Aquilo acontecia todos os anos. O grande desafio era aquele que Seph estava prestes a enfrentar, enquanto procurava por um lugar nas arquibancadas do campo.

O garoto soltou um grunhido meio raivoso e meio desesperado enquanto caminhava até o lugar que havia escolhido, emendando em voz baixa. - Não acredito que vou fazer isso!. Se alguém pudesse ouvi-lo, ficaria curioso e confuso sobre o "isso" a que ele se referia. Mas quando Stephan sentou-se, e abriu uma das mãos espalmadas, o gesto revelou o que lhe atormentava. Uma pequena explosão eclodiu da palma da mão do rapaz, e um espetáculo de fogos de artifício em miniatura iniciou-se, com faíscas vermelhas e douradas que atingiam cerca de meio metro de altura. De tempos em tempos, do meio dos pequenos fogos emergia a forma luminosa de um leão.

- Não acredito que vou torcer pra droga da Grifinória! - Seph voltou a dizer, dessa vez em tom um pouco mais alto, até em razão dos fogos que explodiam diante dele. E então fechou a mão, cerrando o punho e encerrando o espetáculo luminoso. Sua vida realmente havia atingido um ponto inacreditável. Ele costumava assistir jogos daquela casa apenas para torcer que seus jogadores caíssem das vassouras, nada além disso.

Obviamente, agora tudo seria diferente, e o motivo já estava lá, diante de todos. Evy estava voando mais alto do que todos, preparando-se para sua função de apanhadora. Quando a viu, ele sorriu, mesmo em meio a sua frustração, e abriu novamente a sua mão, que dessa vez levantou mais alto, como se mostrasse para sua esposa o "brinquedo" que havia comprado de um lufano que traficava logros. Fazia isso mesmo sem saber se ela poderia ver.

Seph voltou para seus pensamento quanto fechou a mão mais uma vez. Algum tempo antes, naquela mesma partida, além de torcer pela queda dos Grifinórios ele também estaria apoiando a Corvinal, com Nicolle ao seu lado. Isso, obviamente, antes dele agir como um completo idiota e arruinar a vida da menina. O garoto não poderia deixar de pensar que estava tendo uma segunda chance. E dessa vez não iria seguir o mesmo caminho, ainda que isso significasse enfrentar todos os problemas que viriam, e que estavam começando bem ali.

Porque naquele exato momento, ele visualizou um garotinho sonserino do terceiro ano olhando em sua direção e rindo uma risada macabra, que lembrava uma hiena, num misto de diversão e desprezo. - Vaza, pirralho! Ou vai encontrar seu gato ridículo morto e virado ao avesso de tanto tentar vomitar veneno! - ameaçou, arqueando seu corpo na direção da criança ao lembrar-se do animalzinho de estimação do menino. O garoto mais novo olhou para Seph com uma expressão de frieza e ódio, mas rendeu-se diante da ameaça, e afastou-se.

Não seria sempre tão fácil. E Seph já sabia muito bem disso. Do outro lado dele, encontrou mais sonserinos. Um grupo de cinco, e todos com idade próxima da sua. Trocavam sorrisos e dois deles faziam gestos debochados abrindo as mãos, como Seph fazia com seus fogos vermelhos. Ameaças não funcionariam ali. Ele não poderia enfrentar todos eles, e sonserinos não compravam nem mesmo a sua postura de "assassino que havia escapado da lei".

Ao invés disso, Seph fez algo diferente. Ficou de pé, abriu os braços estufando o peitoral. E, sem um olhar ameaçador, mas apenas firme, levantou o punho que ostentava sua aliança, como se exibisse o anel que brilhava com o sol, explicando suas razões. Era a melhor forma que havia encontrado de afirmar que não estava comprando uma guerra com a Sonserina, mas tinha um dever do qual não poderia se afastar.

Não foi perfeito, mas os sorrisos se tornaram mais discretos e o deboche cessou, pelo menos temporariamente. Stephan olhou novamente para o campo, e observava Evy mas sem muita atenção para o jogo que começava. Estava pensando em como havia agido. Aquele gesto era diferente do seu habitual, não era agressivo, sarcástico, malicioso e nem arrogante. Mas era digno, e um tanto corajoso. Seph balbuciou um palavrão. Esperava não estar se tornando grifinório demais...

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Espero ter feito tudo certinho, qualquer coisa falem que eu edito ^^

Quadribol! Eu esfregava as mãos de forma ansiosa enquanto esperavamos o momento certo para adentrar o campo. Finalmente havia chegado a primeira partida do ano!
Estiquei o pescoço para fora da sala de concentração algumas vezes. Ouvir o barulho das torcidas fazia com que eu me sentisse novamente em casa. Gostava daquilo, da empolgação, da união do time, da tensão pré-jogo que desapareceria no mesmo instante em que eu montasse minha vassoura. Era sempre assim.

Olhei os rostos ao meu redor, todos pareciam concentrados, talvez repassassem algumas estratégias mentalmente. Pra mim, nada daquilo serviria. Caçar o pomo era questão de agilidade, boa visão e, convenhamos, muita sorte. Eu sorri, satisfeita com meus próprios pensamentos. Gostava de saber que boa parte do jogo dependia de mim. Quero dizer, 150 pontos fazem grande diferença. Em pouco tempo eu poderia ser consagrada pela vitória ou culpada pela derrota, assim como o goleiro. Revirei os olhos, goleiros sempre sofrem... Apesar da responsibilidade que era depositada em meus ombros, ou melhor, em minhas mãos e olhos, eu adorava aquela adrenalina que já tomava conta de todo meu corpo.

Coloquei um par de luvas pretas nas mãos, daquele tipo que deixam todos os dedinhos de fora. Não eram de grande utilidade, mas eu achava-as charmosas. Estava imaginando se Seph realmente viria me assistir, quando o capitão nos chamou. Fiquei ao lado de Summer enquanto ele discursava. Fiz uma careta quando ele admitiu que não poderíamos jogar com uma apanhadora derrubada da vassoura. Credo! Sussurrei baixinho para Sunny e Lucas:
- Por favor, não deixem isso acontecer.
Mas, apesar das palavras, eu sabia que o pedido não era necessário. Confiava neles e mais ainda em seus bastões.

As palavras do capitão foram sensatas e bonitas. Lembrava-nos do mais importante: um depende do outro no quadribol. Eu balancei a cabeça, concordando. Sem alguém que desvia os balaços, sem alguém que marca gols, sem alguém que defende nossas balizas, eu não teria como fazer uma boa partida e vice-versa. Ele encerrou o discurso com um forte soco no ar e incentivos ainda mais poderosos.

Montamos a formação e eu arrumei meus cabelos, que estavam presos, pela última vez antes de entrar no campo. Uma voz ao meu lado chamou minha atenção:
- Boa sorte.
Gostava de Adam, não só como o excelente capitão que ele era, mas como pessoa igualmente boa também. Gesticulei com a cabeça, indicando que desejava o mesmo para ele, mas o que eu disse foi algo diferente:
- Pode deixar, capitão. - Bati continência: - Você nos treinou para ganhar e é isso que pretendemos fazer.
Sorri para ele, entre descontraída e confiante.

Em seguida, empurrei o chão com os pés e impulsionei a vassoura para cima, ganhando uma considerável altitude. Todos estavamos prontos para o jogo e meus olhos estavam fixos na caixa de onde o pomo de ouro sairia dentro de poucos segundos. Assim que o apito soou, indicando o início da partida, senti meu corpo relaxar. Estralei os dedos, não era uma reação muito comum, mas eu realmente ficava mais calma quando o jogo começava, era quase...natural. A bolinha dourada foi a primeira a desaparecer, como sempre, eu não saberia dizer se aquilo era irritante ou apenas desafiador.

Virei minha vassoura para voar para direita e dei de cara com Sunny, que já foi dizendo:
- Vamos mostrar pra essas corujinhas que o bicho que realmente voa é o leão!
Dei risada e ela voou novamente para longe. Viu só? É disso que eu gosto no quadribol. Empolgação total, mesmo sem nenhum copo de bebida por perto! É impressionante...

Inclinei meu corpo e acelerei, emparelhando com Alex, a apanhadora da Corvinal. Sorri, chegava a ser divertido disputar algo com ela, era uma competição saudável. O oposto de jogar com a sonserina. Eu falei com um tom de voz sincero e animado:
- Boa sorte, loirinha! A gente se encontra daqui a pouco...
Virei minha vassoura, voando para o lado contrário. Não fazia muita diferença no começo do jogo, mas nós duas sabíamos que assim que o pomo fosse avistado, voltaríamos a ficar emparelhadas. A intenção seria diferente de uma simples conversa, seríamos finalmente adversárias.

Eu vi os fogos de artifícios que a torcida da grifinória trouxera para incentivar o time, também vi quando Peter fez uma linda jogada que foi finalizada com um gol e quando Adam não conseguiu defender o incrível lance de Jullianne. Tudo que eu ainda não encontrara eram duas coisas: o pomo, minha prioridade no momento e Seph, minha prioridade em qualquer momento.

Spoiler: