Karl in Mary's Room.

Off: E este é um conjunto de recortes, fotos e pensamentos escritos de Karl, sobre diversos assuntos, um espécie de jornal de pensamentos. Uma experiência do pensar.

On: Artigos digitados em um pergaminho, ao inves de serem escritos a próprio punho.

Artigo 1: Do pensamento crítico e atitude dos alunos.

Vocês já notaram, como estamos estagnados em termos criativos mágicos? E como nossa sociedade tem sucumbido à guerra após guerra, com mais combate que até mesmo a lendária Esparta?

Existe uma seqüência de causas para isto, mas aqui eu gostaria de atentar para um pequeno detalhe. Nossa ausência de formação para pensamento crítico. Somos formados como soldados desde os onze anos (pode parecer incrível, mas prática de tiro e guerrilha, não são matérias obrigatórias em muitas escolas trouxas) e sem uma formação crítica como elemento cultural, repetimos padrões, magias e preconceitos sem muitas vezes sequer questionar se está certo, ou se poderia ser feito melhor. Por exemplo, o conceito de pureza de sangue é por motivos que posso explicar depois, ridículo. Assim como o conceito medieval de que a cor da pele era um dos indicativos de superioridade (que infelizmente ainda está arraigado em conceitos culturais atrasados, sim é abominável), ou que se você fosse mulher você nunca seria tão boa quanto um homem na maioria das funções, são ridículos.

Por isto estudos de filosofia, sociologia, artes mágicas, e até mesmo ética mágica para os alunos que não foram criados no mundo mágico são importantes para não dizer, cruciais, elas não estão nos currículos trouxas à toa e poderia ser pelo menos refletida a possibilidades do estudo destas áreas de conhecimento, mesmo que seja em uma abordagem mágica.

Artigo 2: Da barreira da linguagem.

A linguagem é um componente importante para a magia, muitas de nossas magias precisam do foco da fala para se manifestarem e muitas deles usam latim como linguagem base (com algumas exceções, como o aramaico de Avada Kedavra). E tem mais haver que com comodidade, a vibração da linguagem falada ajuda nosso foco.

Então porque não estudamos latim?

Porque tem algumas magias que são faladas em Canis Latinus, e que de Latim não tem nada. Um estudo sistemático da linguagem poderia auxiliar muito na hora de traduzir a idéia de uma magia em palavras e a partir daí reforçar o foco mental, necessário para a sua execução.

E umas aulas de Inglês também não matariam ninguém.

Pois parando com onze anos o estudo da nossa língua materna (seja ela qual for), perdemos no mínimo cinco anos de estudo sistemático, o que deixa nosso Inglês com cara de “Ingrêis”. Ou aulas de Inglês, ou objetos mágicos tradutores universais, para fala e escrita.