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15 de Outubro
sexta-feira
a temperatura agradável permite que os habitantes de Hogwarts andem com roupas leves. Durante o dia o céu é claro e bonito, fazendo com que os jardins fiquem lotados por alunos em busca de um banho de sol. A noite o céu é estrelado e há um grande movimento de alunos em direção a Hogsmeade por causa de uma festa que o diretor permitiu a presença destes.
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Mensagem por Lorelai Bouvié Tissou Sáb Fev 26, 2011 4:47 am

off: quem for lendo se não for pedir muito poste sua opinião e a cada instante que for sendo escrito novas partes vou postando aqui... obrigadinha! beijinhos!
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- Não importa o que você diga ou faça você sempre será uma parte de mim. - Foram as ultimas palavras antes mesmo dele em silencio se virar, ficando de costas para Kristin e começar caminhar por uma das ruas pouco iluminadas da cidade. Ela queria que ele se virasse, falasse algo como se aquilo fosse uma brincadeira de mau gosto, mas a cada passo que ele dava e se distanciava ela sabia que não era. Gritar a verdade, o que escondia, era o que mais queria só que era tarde demais, pois ao entrar na escuridão não o distinguia mais, mas teve certeza dele não estar mais ali, pois ouvira um som que doera em sua alma, o som de alguém aparatando.

Ao abrir os olhos rapidamente após todo aquele 'pesadelo', como se nada houvesse mudado, alem dele partindo ela não encarava nada mais nada menos que a escuridão da madrugada em seu quarto. Seu relógio de cabeceira marcava uma da madrugada, hora que pela terceira vez naquela semana ela cismava em acordar por conta do único pesadelo que lhe 'importunava'. Levando uma das mãos ao rosto, passo-a lentamente antes de parar sobre alguns fios de seu cabelo enquanto pensava no sonho. Silencio, a única respiração que ouvia era a dela, até a mesma reparar que não estava sozinha no quarto. Outra pessoa por ali se encontrava, com a respiração calma e próxima. Em um pulo, Kristin rapidamente rolou para o outro lado da cama com a varinha já em mãos, apontada para o invasor, mas logo reparou que não havia ninguém no quarto, apenas a sua imaginação. Acalmou-se e voltou a deitar na cama, refez alguns feitiços de proteção, só por precaução, mas sabia que não iria precisar, talvez. Adormeceu rapidamente, um sono tranquilo e sem sonhos.

Kristin começou a acordar preguiçosamente até ver a porta de o seu quarto abrir abruptamente e ver uma linda garota de não mais de 19 anos adentrar por ela, toda arrumada e agitada:

- Mãe rápido, precisamos sair, o Ministro está chamando todos os aurores agora..

O que antes para Kristin era acordar tranquilamente tinha mudado em questões de segundos, ela sabia e era bem obvio que quando tinha um chamado assim só significava uma coisa: Comensais. Sem tempo para um banho, coisa que matinal-mente ela fazia, retirou seu pijama e trajou uma calça jeans escura e uma camisa pólo branca, na qual era a de mais fácil alcance. O tempo era super curto quando um chamado desses acontecia, o que deixava qualquer pessoa pouco atrapalhada, ou melhor, deixava Kristin atrapalhada. Assim que a garota calçou seus sapatos, correu ao banheiro apenas para fazer sua higiene pessoal e pentear e prender seus cabelos longos e escuros. Em meros segundos Kristin encontrava-se pronta, ou quase pronta já que uma única coisa lhe faltava: a varinha. A garota sabia que não precisaria voltar ao quarto para apanhá-la, já que sua filha com certeza já a tinha em mãos e apenas a esperava ao lado da lareira, junto com o pó de flu para irem ao Ministério.

Dito e feito, Luiza Kreuki a moça de aparentemente ter 19 anos, de estatura mediana, cabelos longos e escuros como a mãe e olhos verde esmeralda profundo, na qual trajava roupas escuras encontrava-se parada ao lado da lareira brincando com a varinha de sua mãe entre os dedos de uma das mãos e na outra segurava um pouco de pó de flu na qual se podia encontrar mais pouco acima da lareira, em um saquinho.

- Lu, você ta sabendo de algo? – Perguntava Kristin enquanto Luiza lhe passava a varinha e ia para dentro da lareira.

- Não mãe... Até daqui a pouco. Ministério da Magia - Dito aquilo, chamas esverdeadas cobriram Luiza e em menos de segundos ela havia sumido. Kristin não se demorou a fazer o mesmo, pegando um pouco de pó de flu e indo para dentro da lareira, apenas antes mesmo dela partir guardou a varinha em um dos bolsos da calça e cobriu a parte que ficava para fora com a barra da camisa.

- Ministério da Magia. – Foram as únicas palavras que ela pronunciou antes de chamas esverdeadas cobrirem seu corpo e ela desaparecer.

O Átrio estava apinhado de pessoas correndo enlouquecidamente. Vários chefes de setor, chefes de gabinete, aurores, cuidadores, especialistas e toda aquela gente que trabalhava ali todos os dias feitos loucos. Kristin correu para os elevadores junto de sua filha, recém formada na Academia de Aurores da Inglaterra, considerada por muitos a melhor do mundo. Pegaram o elevador exclusivo para os aurores, sim, tempos extremos, medidas extremas, e em segundos já estavam na sala do chefe dos aurores que via dezenas de pontos vermelho brilhando no painel na parede, o painel com o mapa de toda Inglaterra. Rapidamente os aurores chegavam e saiam como suas missões dadas e esclarecidas e alguns outros aguardavam num canto, que foi para onde o Sheklebolt mandou Kristin e Luiza, que totalizaram 15 no canto aguardando.

Rapidamente Shek se virou para eles e indicou para eles irem para o metro de Londres, já havia alguns aurores no local, mas estava muito ruim, pois parecia que os melhores Comensais da Morte, a elite do mal, estavam atacando por lá e os outros pontos era apenas uma distração. Um auror romeno ficou na liderança da missão, alto, loiro, olhos azuis e uma cicatriz em forma de garra de dragão no rosto. Olhar firme e frio, um guerreiro experiente, cedido pelo Ministério da Romênia para lutar naquela guerra sem fim.

Rapidamente se dividiram em trios e cada um deles iria aparatar num ponto diferente do metro para fazerem um cerco aos Comensais e tentar neutralizar o máximo deles que conseguissem. Kristin ficou junto da filha Luiza e mais um auror do Canadá, que parecia bem jovem, mas com uma animação sobrenatural. O trio deles iria aparatar dentro da plataforma 9 ¾ e dali de dentro pegar os Comensais pelas costas instantes após o ataque dos outros aurores começar. Todos os aurores se reuniram no beco que era à entrada do Ministério e com muitos 'cracs' eles sumiram e foram encarar um destino incerto.

Assim que o trio aparatou diretamente na plataforma 9 ¾ se depararam com dois Comensais, na qual conversavam distraidamente como se nada estivesse acontecendo. Ambos, ao verem o trio de aurores primeiramente levaram um susto, pois pelo que parecia não esperavam ter que combater com alguém naquele exato momento. Antes mesmo que eles pudessem pensar em pegar as varinhas, Luiza e o garoto que as acompanhava não precisaram fazer esforço algum, apenas apontaram a varinha a dupla e ao mesmo tempo falaram:

- Estupefaça. – Ambos os Comensais sem terem tempo para agir, ao receberem o feitiço diretamente no peito foram jogados contra uma coluna da plataforma, que depois do baque caíram desacordados sobre o chão do lugar. Antes que fossem atrás de outros comensais, Kristin com a varinha apontada aos dois murmurou algo na qual Luiza de imediato não entendeu, mas ao ver os dois Comensais ainda desacordados sentados de costas um ao outros amarrados, compreendeu o que sua mãe havia feito.

Deixando aqueles de lado, o trio rapidamente saiu correndo pela plataforma a procura de outros para prender. Colunas destruídas, corpos inertes no chão, pessoas que ainda corriam a procura de um lugar para se proteger, choro de alguma criança perdida e muitos Comensais e aurores duelando arduamente. A plataforma estava um caos, bem como os Comensais sempre deixavam os lugares na qual atacavam. Apesar do barulho que as pessoas faziam em meio a toda a agitação, o choro da criança ainda era alto, alto o bastante para chamar a atenção de Kristin.

- Vocês dois, ajudem as pessoas a saírem logo daqui. Só se envolvam em uma batalha se for muito necessário. Eu preciso encontrar essa criança que tanto chora e a tirar daqui, ela não merece isso. – Kristin logo se explicava, pois sabendo como sua filha era teria lhe feito perguntas desnecessárias. – Luiza, se cuide e novamente não se envolva em nenhuma batalha desnecessária.

Luiza queria debater com a mãe, dizer coisas, tipo, como que já era grande o suficiente para batalhar, mas não tinha tempo para aquilo. Kristin internamente não queria ter de se distanciar da filha, como mãe tinha medo que algo lhe acontecesse e ela sabia que aquela batalha era a primeira oficialmente na qual a filha se arriscava.

Kristin correu agilmente na direção do choro, enquanto Luiza e Adam, o auror canadense tratava de evacuar o local, enquanto novos aurores adentravam ali. Adam já havia neutralizado mais dois Comensais e estava animado, haviam formado uma dupla e tanto, lutando juntos lado a lado. Logo outras dezenas de aurores apareceram no local e fizeram um corredor seguro para os muggles saírem em segurança. Luiza olhou para o lado e viu Adam batalhando com outro Comensal e aproveitou para ajudá-lo e logo o outro Comensal estava no chão, amarrado. Ela olhou sorrindo para Adam e seus olhos se encontraram por alguns segundos e um sorriso brotou no rosto de cada um deles. Quando estavam voltando para continuar ajudando os muggles um vulto negro postou-se no centro da formação que os aurores fizeram para os muggles saírem em segurança, Luiza apontou a varinha para ele, mas esse não parecia ser como os outros, rapidamente ele se abaixou e sua varinha tocou o chão. Luiza não soube explicar o que aconteceu, mas foi rápido, muito rápido e forte.

- отблеск солнечного света. (Explosão de Luz Solar)

Luiza não entendeu nenhuma palavra do que aquele bruxo disse, mas sentiu o feitiço. Um grande clarão e uma lufada de ar muito quente se chocaram com todos num raio de, pelo menos, 10 metros de diâmetro e todos, todos foram arremessados longe e se chocaram com o que veio pela frente. Adam ao perceber o que aconteceria aparou Luiza e se chocaram numa pilastra, com ele ficando desacordado e ela pouco desorientada. O Comensal da Morte olhou a volta e Luiza percebeu que a mascara dele era diferente, era de osso, diferente dos demais, que pareciam ser de metal e ela já tinha estudado sobre aquilo, ele era um dos mais antigos.

Luiza não quis perder a chance, tinha que mostrar a todos o seu valor. Debilmente apontou a varinha para o Comensal e tentou desacordá-lo, mas errou por muito e pior, chamou a atenção dele. Com um sutil gesto de varinha ele arrancou a varinha da mão dela que foi parar não se sabe onde. Com varinha apontada para o peito dela o Comensal foi andando calmamente na direção de Luiza, que estava totalmente desamparada e desprotegida. Olhou para os lados freneticamente a procura de alguma coisa a fazer até vê-lo levantar a varinha e começar a brandir algumas palavras, mas ele simplesmente parou e olhou para baixo. Reparou que alguém segurou o tornozelo dele e com um braço que parecia quebrado tentava apontar a varinha para azará-lo ou sei lá o que, antes ele tivesse ficado quieto.

O Comensal apontou a varinha para o auror e este começou a flutuar, os olhos do Comensal transpareciam uma fúria intensa e uma aura verde emanava deles, apenas um gesto foi o que Luiza viu, ele passou a varinha de cima abaixo na frente do corpo dele e nada pareceu acontecer até ele se virar e o corpo cair novamente no chão, uma metade para cada lado. O torpor e agonia de Luiza voltaram rapidamente e uma flecha fina de prata saiu da ponta da varinha do Comensal sem ela perceber e cravou-se no ombro direito dela, que gritou freneticamente. A respiração rápida, o sangue escorrendo, a cada segundo a ardência parecia aumentar onde a flecha estava até o Comensal fazer o mesmo gesto que fizeram antes, quando matou o ultimo auror, mas ele se virou muito rápido e dobrou o braço esquerdo na altura do peito, que estava com a varinha em mãos. No mesmo instante que um feitiço explodiu na frente dele, Luiza pode ver a fina proteção que o envolvia tremeluzir, como se fosse feita de água ou coisa parecida e sua mãe vir correndo junto de outros muitos aurores.

O Comensal olhou profundamente nos olhos verdes da menina e pareceu perceber algo familiar, mas não iria averiguar aquilo naquele momento. Sorriu para ela e disse algo que ela não escutou, mas soube na hora o que era: 'Te encontro em breve', e com um 'crac' ele sumiu de lá e reapareceu na plataforma suspensa acima de todo terminal e apontou para o centro de tudo, conjurando a Marca Negra, logo todos os outros Comensais da Morte aparataram no mesmo instante que a marca explodiu no espaço totalmente destruído, praticamente em ruínas de onde fora a estação principal do metro de Londres.

Luiza não sabia dizer se aquilo fora sorte ou não, mas internamente agradecia por sua mãe aparecer a tempo, pois não queria ter o mesmo fim que seu companheiro havia tido. No momento em que o Comensal partiu, Kristin e o grupo de aurores diminuíram um pouco a corrida até se aproximarem. Raiva, frustração, e talvez até cansaço fosse perceptível para Luiza no rosto de sua mãe e isso não significava bom sinal. Olhou para Adam que havia amparado seu choque contra a pilastra e viu que ele respirava, o que a fez respirar um pouco mais tranquila até ver a mãe.

- Mãe... - Luiza queria dizer algo a Kristin, mas ela mesma não sabia quais palavras usar.

- Ponham-na sentada e cubram o corpo do rapaz, logo os repórteres do Profeta
Diários estarão aqui e não será nada agradável que eles publiquem uma foto dele. - A voz de Kristin era fria, cortante naquele momento e isso significava para Luiza mau sinal. Dois dos aurores que haviam acompanhado Kristin faziam o que ela mandava, enquanto os outros se separavam e iam ajudar quem fosse.

- Mãe, me escuta... - Luiza queria pedir desculpas, mas apenas dizer aquilo não bastava.

Kristin não queria saber, não iria dar ouvidos a ela naquele momento. Abaixando-se para ficar na altura de Luiza, Kristin com cautela apontou a varinha para a flecha e murmurando algo que Luiza novamente não entendeu foi retirando-a, sem pouco ligar para os xingamentos e reclamações que a garota fazia diante a dor que sentia. Não demorou quase nada ate a flecha sair por inteira e cair sobre o corpo de Luiza. Mais sangue escorria pelo ferimento da garota.

- Vocês dois. – Kristin voltou a se levantar e falou com os dois aurores que observavam o que ela fazia. - Leve-a ao St. Mungus e não a deixe sozinha em nenhum instante... - Voltando para a garota, Kristin com uma das mãos pegou a flecha com cuidado sem tirar os olhos de Luiza. - Não me desobedeça novamente, eles vão te acompanhar ao hospital e depois volte para casa.

Luiza não rebateu, ao contrario, com a ajuda dos dois aurores apenas lançou um ultimo olhar a mãe, como se pedisse desculpas antes de aparatar. Mais aliviada de que a menina não mais encontrava-se por ali, Kristin pegou para encarar a flecha em suas mãos e por um momento se surpreendeu e não acreditou direito no que via. A flecha prateada não era algo que qualquer comensal usava, na verdade era algo quase peculiar, uma assinatura e só um Comensal da Morte usava aquele feitiço para matar ou torturar, Antonin Dolohov. Kristin quase ficou se ar só de pensar que ele estivera ali minutos atrás, tão perto dela e o pior tentou matar a filha deles, algo que ele não sabia, mas agora ela tinha um motivo para procurá-lo.

Flashes por todos os lados, os repórteres haviam chegado e tentavam focar em cada detalhe do local da batalha. Não apenas um, mas vários entrevistavam muggles e até mesmo tentavam saber de coisas por aurores que negavam dizer algo. Poucas pessoas pareciam ter assistido a cena do Comensal com o garoto e pareciam insistir em dizer aquilo, o que significava que não seria nada bom para os aurores.

- Senhorita, poderia nos dar o parecer do que aconteceu por aqui? – Um rapaz educadamente foi se aproximando de Kristin, junto de seu ajudante com uma maquina fotográfica e seu bloquinho com sua pena para anotar qualquer coisa que ela ousasse falar. – Marco, fotografe tudo o que for possível. – Dizia ele apontando indiretamente com a cabeça para o corpo inerte no chão coberto pelo pano preto.

- Nem pense em mexer ou tirar uma foto dele. – Disse a garota rispidamente enquanto se voltava aos dois e segurando a flecha a escondia atrás das costas.

- Senhorita, qual o seu nome? – Perguntou o jornalista tentando manter a voz calma.

- Kristin Kreuki. Antes de mais perguntas eu já digo que não irei dizer nada referente ao que aconteceu esta manhã. Agora se nos der licença, ainda temos muito trabalho a fazer. – Foram as ultimas palavras de Kristin antes de ser fotografada e educadamente, mas forçada fazê-los sair dali.

Vários aurores ainda aparatavam na plataforma para ajudar a colocar as coisas em ordem. Aurores inexperientes tinham a missão de manterem os repórteres longe, enquanto os mais experientes trabalhavam na retirada e identificação de corpos. Durante horas Kristin trabalhou a flecha que antes ela tinha em mãos logo foi mandada ao QG dos aurores, pois aquilo era uma certeza que um insano assassino estava de volta à Londres e significava que eles precisariam treinar mais os novos aurores, pois os outros com certeza não estariam muito longe dele.

Assim que tudo fora ajeitado na plataforma e Kristin sabendo que não precisariam mais dela, aparatou de volta para sua casa. Ao chegar a casa e ouvir o som alto que vinha do quarto de sua filha, a primeira coisa que fez foi ir ate lá, pois ambas tinham muito que conversar. A porta encontrava-se aberta e Luiza sentada sobre sua cama lendo uma revista muggle para garotas. Sem falar algo, Kristin apontou a varinha para o rádio e o desligou imediatamente, chamando assim a atenção da garota que se notava estar com o ombro melhor, apesar de enfaixado.

- Mãe, não precisava fazer isso... - Dizia Luiza calmamente referindo-se a desligar o radio daquela maneira.

- Onde você estava com a cabeça Luiza? Você me desobedeceu. – Kristin tentava manter sua voz em um tom calmo, enquanto adentrava no quarto. O quarto de Luiza não era diferente de muitas garotas, as paredes eram todas pintadas de rosa com detalhes em azul, a única diferença de um quarto completamente feminino para o de Luiza é que em vez de pôsteres sobre bandas e ursinhos de pelúcias, a garota tinha pôsteres de jogadores de quadribol, alem de outras coisas relacionadas ao esporte. - Desculpa mãe...

- Desculpa nada... Você já pensou se em vez daquele garoto fosse você? O que seria de mim? Você naquele momento não pensou não é? Como sempre age tentando chamar a atenção dos outros para ti... - Kristin não tinha mais a voz calma que tentara manter no começo da conversa, seu tom de voz era sobressaltado e em seu rosto notava-se a raiva que a mulher sentia.

- É SEMPRE A MESMA COISA NÉ MÃE? TODA VEZ QUE A GENTE VAI PARA UMA MISSÃO EU TENHO QUE FICAR AS SUAS SOMBRAS, MAS ISSO VIA MUDAR. PELA PRIMEIRA VEZ QUE EU ENTRO REALMENTE NUMA BATALHA ENTRE AURORES E COMENSAIS EU NÃO IRIA DEIXAR DE TENTAR ALGO, NÃO IA FICAR SÓ AJUDANDO AQUELES MUGGLES IDIOTAS. - Luiza que não era nada calma quando entrava em uma discussão com sua mãe levanta-se da cama e encarava sua mãe.

- LUIZA VOCÊ É IDIOTA OU O QUE? QUANTAS VEZES VOCÊ ENFRENTOU COMENSAIS ANTES? EU NÃO IA DEIXAR QUE VOCÊ OS ENFRENTASSE HOJE, ERA PERIGOSO E SE EU PUDESSE NÃO TERIA DEIXADO VOCÊ IR PARA LÁ.

- ÀS VEZES PENSO QUE SERIA MUITO MELHOR SE EU ME TORNASSE UMA COMENSAL, PELO MENOS EU PODERIA AGIR COMO EU BEM ENTENDESSE.

- ÓTIMO, ASSIM EU PODERIA TRANCAR VOCÊ EM AZKABAN E VOCÊ ESTARIA LONGE DE PERIGOS. - Luiza pensou em responder, mas a mãe foi logo se precipitando. - CALA A SUA BOCA, VOCÊ NÃO VE COMO FOI BURRICE, VOCÊ SABE QUEM ERA AQUELE COMENSAL DA MORTE, ELE PODERIA TER TE MATADO NUM PISCAR DE OLHOS SÓ PORQUE ELE QUER, MAS NÃO, A TODA PODEROSA LUIZA TINHA QUE TENTAR UMA BURRADA, PARA APARECER OU PARA SE MATAR, POR QUE NÃO PULA LOGO POR ALGUMA JANELA E ME POUPA DE UMA VEZ DESSA TORMENTA?! - nessa instante Kristin caiu de joelhos no chão e começou a chorar o que fez Luiza ficar sem ação, logo estavam abraçadas, chorando juntas.

- Vou transferir você para serviços internos no Ministério, não vai mais para missões de campo. - Kristin já estava de pé, recomposta, parada a porta.

- Mãe, isso não é... - Kristin saiu andando e parou a porta de saída da casa.

- Não ouse pisar fora dessa casa hoje, eu volto mais tarde e espero que você já esteja dormindo até lá. Vemo-nos no Ministério amanhã e sem perguntas. - Kristin apontava o dedo indicador para Luiza que já se preparava para falar, brigar, argumentar ou qualquer coisa que já fizesse começar outra discussão e saiu, fechando a porta e lacrando-a com um feitiço.

Kristin saiu apressada pela rua, sabia muito bem que quem procurar e melhor ainda como procurar, mas não tinha certeza se teria essa resposta. A vila estava deserta e o vento frio era de gelar a espinha. Encolheu-se mais dentro do casaco e apertou o cachecol contra o pescoço, tocando de leve a corrente do colar que nunca tirava, chegando rapidamente ao local em que poderia aparatar e num 'crac' sumiu na escuridão.

Aparatou na Travessa do Tranco, não sabia se ele atenderia ao chamado dela, ou se ele iria ignorá-la e muito menos se ele ainda possuía o seu colar, mas não custaria tentar. Parou num ponto bem deserto, ali certamente não era o lugar para um auror sozinho àquela hora da noite, pois com certeza os Comensais estariam por ali comemorando mais um feito destrutivo do dia.

Puxou o colar para fora do agasalho e tocou a varinha nele, recitando algumas palavras que vinham a sua mente todas as vezes que via, tocava ou se quer relava os dedos no pingente ou na corrente. Todo o colar brilhou num tom verde esmeralda e rapidamente se apagou por completo e pronto, estava feito, agora era só esperar.

Gritos exaltados, risadas escandalosas, feitiços sendo lançados no teto e formando figuras de todos os tipos, copos que se enchiam magicamente de todos os tipos de bebida que se podiam imaginar, mulheres andando entre os homens e muita farra, assim era aquele local que muita pouca gente conhecia naquele canto afastado da Travessa do Tranco, o Dedo de Bruxa era uma espelunca luxuosa que só a elite bruxa das trevas frequentava. Era um local amplo, as paredes eram verde esmeralda, as mesas e cadeiras de madeira pintadas de verde musgo, com estofados muito macios de um tom um pouco mais claro. Todas as louças também eram de variados tipos de verde, assim como a luz que emanava de vários pontos da sala, magicamente. Por fora tinha a aparência de um restaurante sujo e acabado, com alguns bêbados e mendigos apenas, mas nos fundos era onde eles se reuniam os Comensais da Morte.

Os mais novatos gritavam e faziam algazarra com as mulheres e com os amigos, mas num canto reservado seis Comensais conversavam sérios. Lucius Malfoy falava dos planos do Lord Negro, que logo seria à hora de ascensão das trevas e da morte do velho mestre de Hogwarts. Dolohov estava sentado na outra ponta, com uma garrafa e um cálice de licor. De um lado Bellatrix e Rodolfus e do outro MacNair e RookWood, todos conversavam sério sobre o futuro.

Dolohov junto dos outros Comensais começaram há mudar um pouco o rumo da conversa, logo estava falando sobre a batalha, de como os aurores eram patéticos e das mais variadas maneiras que eles usaram para matá-los e torturá-los. Dolohov por conta disso e de outra coisa na qual não sabia explicar lembrava-se claramente de Luiza e em como aquela garota tinha algo que lhe intrigava. Enquanto pensava, algo aconteceu sobre sua pele, abaixo de sua camisa, um objeto, ou melhor, um colar que pouco se esquecia de tirar aqueceu-se inesperadamente fazendo seu semblante ficar mais sério possível, pois era algo que ele nunca pensara que iria acontecer novamente, e isso chamou a atenção de Bellatrix.

- Algum problema Dolohov?

- Nada que seja da sua conta, Bella. - Ele não queria e também não achava necessário comentar algo sobre aquele objeto, afinal, para ele não tinha mais importância, mas ficou intrigado a atender ao chamado, aqueles olhos pareciam com o dela, mas aquela com certeza não era ela, mas, será mesmo?! Pensou Dolohov até se levantar para ir conferir, afinal, não iria mais fazer nada de interessante aquela noite mesmo. – Estou indo, nos vemos depois. - Calmo, mas friamente ao falar bebeu todo o licor que tinha no copo silenciosamente, sem mais nenhuma troca de palavras se levantou e deixou-os para trás.

Passou pelos outros Comensais que pareciam estar numa festa, mas uma festa que nunca se iria acontecer num festejo muggle. Parou diante a porta, um bruxo corpulento e mal encarado olhou para ele e abriu rapidamente a porta. - Boa noite senhor! - Dolohov limitou-se a olhar para ele, que fechou logo a porta a costa do Comensal.

Dolohov parou na rua e olhou a volta, deserto. A rua estava escura, o tempo úmido e a noite fria. Retirou o colar de dentro das vestes e uma linha verde que saia dele se perdia pelas ruelas da Travessa do Tranco, pois o colar tinha um encanto localizador e guia, levando sempre um ia até o outro quando ativados. Antonin não sabia o que encontrar, será que ela realmente o chamava, ou será que era uma armadilha, afinal, ela já havia traído a confiança dele uma vez e daquela vez ela parecia ter motivos para ir atrás dele, 'crac'.

Kristin não queria encarar Dolohov diretamente, não sabia o porquê, mas ele iria estar lá, com certeza e, lembrando o ultimo encontro deles, talvez fosse melhor tentar falar com ele desarmado, quem sabe amarrado. Fez um feitiço e o colar ficou flutuando no ar, paradinho, com um fio verde saindo dele e se perdendo nas vielas da Travessa do Tranco. Escondeu-se e colocou uma mascara de porcelana, igual que os Inomináveis usavam em missão e aguardou muito atenta, pois sabia que ele não viria diretamente.

Dolohov aparatou no alto de uma loja próxima ao ponto que havia sido originado o chamado do outro colar. Caminhou um pouco pelo telhado, que parecia que iria desabar a qualquer passo, e logo pode ver o local onde estava o objeto, flutuando no ar, com certeza, uma emboscada. Sabia quem provavelmente estaria ali esperando por ele, sabia também que ela não iria matá-lo, azarar sim, desarmá-lo bem provável, mas matar com certeza não.

O Comensal colocou a mascara de osso, tradicional e sempre usada, diferente dos novatos que usavam de metal. Olhou um pouco ao redor, estava bem escuro e com certeza alguém ali embaixo o aguardava. Decidiu ser rápido e objetivo, essa era a vantagem de saber que era esperado. Aparatou de onde estava reaparecendo exatamente onde estava o colar e o pegou, nesse mesmo instante uma luz verde passou por todo ele e ficou fixada apenas no pingente, a metade de um coração, rapidamente, já com a varinha em mãos, sussurrou algumas palavras.

- Стены Крест. (Parede de Cristal)

Kristin observou tudo atentamente, seu coração quase explodiu no peito quando viu a silhueta negra aparecer do nada, sua mão suava e sua respiração pareceu querer sair toda de uma só vez. Apertou o cabo da varinha com força e já se preparava para atacar, pensou se teria coragem, mas se não fizesse ele faria com certeza. Já estava pronta para sair rapidamente de onde estava até ouvir algo.

- Появляются в настоящее время или я буду охотиться за вами, кто вы! (Apareça agora ou eu vou caçar você, seja quem for!)

O coração de Kristin parou, ela ficou gelada, a boca secou, ela não conseguia nem respirar direito, sim era ele, com certeza, aquela voz, o idioma, ela sabia que era russo, pois conseguiu um feitiço antigo para poder entendê-lo. A voz presunçosa, a maneira fria de falar, a confiança excessiva, sim era ele. Sabia que tinha sido loucura procurá-lo, agora diante da situação não sabia se teria coragem de ir em frente, mas caso não fosse ele com certeza iria até ela, então resolveu arriscar, afinal, era uma auror treinada.

Começou a manter a calma, se concentrar mais, apurou melhor os sentidos e apertou firme o cabo da varinha, era a hora, tomou fôlego e pulou do beco de onde estava o Comensal estava de costa para ela, ela só teria uma oportunidade, com certeza.

- Estupefaça! – Gritou a todo pulmão, mas ele era mais experiente que ela, e disso ela sabia. Desanimada viu o feitiço explodir na frente dele novamente, o mesmo
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Mensagem por Lorelai Bouvié Tissou Sáb Fev 26, 2011 4:53 am

feitiço de proteção que ele sempre usava, parecia ter uma fina camada de água a sua frente, uma defesa impenetrável, quase perfeita, dependendo do poder do bruxo.

Dolohov virou-se rapidamente, sorrindo, não reconheceu a voz, mas agora tinha alguém para duelar. Ele repetiu o feitiço dela e ela o rebateu para longe agilmente.

- A quem devo a honra? – dessa vez falou no idioma nativo daquele país, mas no mesmo tom presunçoso e convencido.

Kristin não ousou responder, não por que não queria, mas por que não encontrava sua voz. Internamente ela não imaginava, mas apenas ter a presença dele ali e ouvi-lo mesmo dizer um feitiço, mexia com suas emoções. Emoções que antes ela imaginava ter controlado. Dolohov por não obter sua resposta balançou a cabeça negativamente, não aprovando aquela situação.

- A quem devo a honra? – Repetiu ele pela primeira e ultima vez, já intolerante.

Kristin não ousou responder, ainda estava sem voz e cada vez menos confiante no que poderia vir acontecer daquele encontro. – Então Inominável o que te trás até esse humilde Comensal e como conseguiu isso? – ele ergueu o colar e a auror voltou a si, ele havia chamado de inominável, ela até tinha esquecido está com aquela mascara, então ainda tinha o efeito surpresa.

- Não te interessa! – falou furiosa antes de começar a atacá-lo freneticamente. O Comensal conseguia se esgueirar, mas não revidava. Já imaginava quem poderia está por trás daquela mascara, mas depois daquelas palavras, atitudes e movimentos começou a ter certeza. Ele se distraiu por um segundo em seus pensamentos e se não fosse pelo escudo mágico ele teria sido nocauteado pela pedra enorme que ela conjurou para atacá-lo, então ele cansou. Começou a revidar a cada brecha dela, até o quadro se reverter, agora era ele quem atacava e ela apenas se defendia. Entraram por um beco sem saída escuro, até ela está encurralada de costa para uma parede, foi ai que ela viu o sorriso sombrio dele.

- Tudo bem, já que não quer dizer quem é eu vou arrancar essa sua mascara com minhas próprias mãos. – sorria ele sombriamente.

- Então tente! – ela avançou furiosamente contra ele, com o feitiço já iluminando a ponta da varinha até sentir o corpo parar e o sangue gelar.

Dolohov havia encostado a mão na parede e esta se perdia dentro das sombras, quando ela começou a correr para atacá-lo ele sussurrou - Клыки тьмы (Presas da Escuridão).

Kristin olhou apavorada ao redor e viu tiras de sombras saindo da parede atrás de si e agarrando seus braços e pernas. Logo sua varinha já havia caído de sua mão e ela estava presa a parede, imobilizada. O Comensal sorriu um sorriso frio e satisfatório, um sorriso vitorioso. Começou a ir à direção da auror que se debatia para tentar se soltar. – É inútil tentar Inominável, nunca conseguira se soltar sem magia e acho que nem com magia, mas tudo bem. – sorria satisfatoriamente o Comensal, até parar a frente de Kristin.

Kristin ficou apavorada, fora encurralada e fizera o jogo dele, e agora estava ali, capturada e indefesa. Viu Dolohov se aproximar sorrindo, vitoriosa, o que a fez sentir mais raiva, que praticamente se esvaiu quando sentiu o perfume dele, que já estava parado a sua frente.

- Sabe, não sei como conseguiu esse colar, mas a pessoa que o possuía para mim já praticamente morreu. – ela sentiu o coração parar. – Mas acho que sei o que está acontecendo, você me traiu uma vez e veio fazer isso novamente. – Kristin parou de respirar, ele já sabia quem era ela. – Será porque quase matei sua pupila Kristin?! – ela gelou, começou a tremer, seu estomago parecia ter uma bola de ferro e sua garganta parecia está trancada.

Dolohov com um toque de varinha sobre a mascara que a garota usava a fez desaparecer. Kristin tinha o rosto pouco molhado das poucas lágrimas de raiva e ao mesmo tempo de tristeza que havia deixado escorrer com as poucas palavras que ele se referiu a ela. Satisfação era o que mais ele sentia naquele momento.

- Por favor, eu não deveria, mas não mate a garota. - Kristin não tinha a mínima vontade de encará-lo, de ver o sorriso vitorioso no rosto dele ainda mais quando se tratava de uma auror pedir algo a um Comensal. Nada era mais humilhante que aquilo.

Dolohov não se conteve e riu de Kristin. – Não acredito que você me chamou até aqui para se humilhar por uma garota qualquer. Você achou mesmo que eu iria perder o meu precioso tempo indo atrás de uma aurorzinha mimada. Esse foi um dia e tanto. - Dizia ele entre as risadas antes de parar, e com a ponta da varinha bem abaixo do queixo da garota a fez levantar a cabeça e olhá-lo. - Continua a mesma tola de sempre, vê, agora para piorar ainda se humilha pelos outros. – sorria ele, enquanto lágrimas desciam pela face dela. – Sabe Kristin, acho que agora só por diversão eu vou atrás dela, quem sabe torturá-la até a loucura, para você ver o fracasso do seu treinamento... – ele se vangloriava e andava de um lado para o outro, sorrindo. – Não ouse tocar num fio de cabelo dela, ou... – mas ela não conseguiu terminar a frase, pois a mão dele fechou-se em seu pescoço, apertando-o com força, até o ar faltar-lhe. – Ou o que Kristin? O que você vai fazer morta? – o medo tomou conta dela, não pelo fato de morrer, mas por acreditar que ele seria capaz mesmo de ir atrás de Luiza, mas foi trazida de volta a realidade quando sentiu uma ardência muito forte em seu colo e viu que Dolohov passava a ponta da varinha e um corte se abria ali. Ela gritou de dor.

A noite passava e o frio aumentava, Dolohov parecia se divertir com aquela situação, afinal todo Comensal era sádico. Kristin por sua vez tentava se soltar, já havia localizado sua varinha perto da parede, a sua direita, mas sabia que seria mesmo difícil sair dali se ele não quisesse, então teve uma idéia, já que conhecia muito bem ele e sabia o quanto gostava de duelar.

- Vai mesmo me matar assim? Sem ao menos deixar eu me defender, sem ao menos um duelo? – falou ela desafiadora e foi o ponto certo. Dolohov olhou para ela animado, sabia que talvez aquilo fosse alguma armadilha, mas não conseguiria resistir a um duelo e naquele caso sabia que não iria durar muito. Sorrindo começou a falar.

- Vai mesmo querer duelar nesse estado deprimente, acha mesmo que consegue se concentrar em algum feitiço? – sorria ele.

- Apenas me solte e confira! – disse a auror com muita determinação na voz e ousadia.

- Você que sabe, mas vai ser divertido! – sorriu e caminhando para a entrada do Beco Dolohov desfez o feitiço e soltou Kristin que rapidamente se ajoelhou e aparatou para a vila que morava.

A vila bruxa que Kristin morava era muito parecida com uma vila muggle. Uma vila circular, com um grande portão de entrada e saída, para os bruxos que usavam carros muggles e um chão de pedra branca no centro da vila, onde os bruxos que aparatavam usavam, pois a maioria das casas tinha proteções diversas e uma das mais comuns era o de restrição de aparatar dentro.

Kristin apareceu ajoelhada no centro da vila, no local exato. Sua respiração estava rápida, ela estava suada e chorava copiosamente, muitas vezes imaginava encontrar com ele, mas nunca pensara ser naquela situação e nunca acontecer o que havia acontecido. Rapidamente ela voltou a si, sabia que ele a seguiria, com certeza ele não deixaria passar em branco, mas talvez ele não fosse não ousado a ponto, talvez.

Dolohov ouviu um ‘crac’ a sua costa e quando se virou Kristin já não estava mais por lá, ele sorriu, meio que já esperava essa atitude, ela nunca teria coragem de encará-lo, mesmo sendo uma auror. Caminhou mais alguns segundos e decidiu não deixar passar em branco. Vestiu novamente sua mascara de osso e aparatou, ela poderia ir para milhões de lugares diferentes, mas uma hora ela teria de voltar para casa e ele estaria lá, esperando por ela. Lembrava-se bem de onde ela morava e como chegar lá, o único ponto capaz de aparatar dentro da vila cheia de proteções.

Kristin levantou-se rapidamente e começou a correr para casa, ao mesmo tempo em que limpava as lagrimas do rosto até ouvir um som a sua costa. Seu sangue gelou e ela não teve coragem de se virar para ver quem havia aparatado ali, talvez um vizinho, ou um conhecido de alguém, até sentir uma dor imensurável pelo corpo e não ter forças para ficar de pé. Viu o Comensal andando para perto dela, a varinha apontada e o raio vermelho saindo da mesma. Já havia sentido algumas vezes a dor daquela maldição, mas nunca de um Comensal poderoso como ele. Conseguiu vislumbrar o rosto dele e viu que sorria animadamente.

- Então Kristin, foi para isso que você me procurou, para essa cena patética, para morrer? – sorria ele alto e copiosamente quando interrompeu o feitiço e olhava para ela pateticamente estirada no chão. Ele se ajoelhou ao lado dela, pegando-a pelos cabelos e olhando fundo no rosto dela. – Foi para isso que você atrás de mim? Para isso que você foi perturbar minha comemoração? Sabe, não vou matar só você e aquela aurorzinha da sua pupila como vou destruir toda essa vila só para compensar minha diversão. – sorria o Comensal enquanto o ódio nos olhos de Kristin parecia só aumentar, mas esta não tinha força para tentar qualquer esboço de reação, até ver uma luz azul passar por cima dela e acertar o Comensal em cheio no peito, arremessando-o para longe dela.

Luiza estava sentada no sofá de casa assistindo filmes muggles, gostava de assistir a programação noturna da TV muggle, era quando passavam as melhores séries e filmes. Ela estava apenas vendo, pois seus pensamentos estavam longe demais dali, até um clarão vermelho iluminar a sala e ela pular do sofá e correr para a janela e ficar aterrorizada com a cena que se passava. O Comensal caminhava na direção de uma mulher que ela logo reconheceu ser sua mãe e nem se quer pensou, vestida como estava saiu correndo com a varinha em punhos e viu o Comensal agachado no chão, segurando sua mãe pelos cabelos, apontou a varinha para ele e brandiu o feitiço a todo pulmão, arremessando ele longe.

Kristin viu o Comensal voando para longe e ficou receosa de olhar quem havia corrido para ajudá-la, até olhar para o lado e ver sua filha de pé ao seu lado.

- Mamãe está tudo bem com você? Vamos mãe, levante-se, nós duas juntas podemos com ele.

- Volte para casa, Luiza. - Mandava Kristin enquanto se levantava com a ajuda da garota, que ainda mantinha-se pronta para atacar o Comensal novamente. - Luiza volte para dentro AGORA! – Esbravejou Kristin enquanto segurava Luiza pelo braço e a empurrava para trás, indo ela na direção do Comensal, pronta pra luta.

- Não sou mais criança, sou adulta, sou uma auror formada e você não vai me impedir de prender esse Comensal e levá-lo para Azkaban, e caso você não queira me ajudar, não me atrapalhe. - Luiza, teimosa como sempre não saia do lugar. Por mais que a mãe lhe mandasse, a garota tinha sede em duelar com aquele comensal, sede na qual ela mesmo não sabia descrever se era boa ou ruim. Kristin ficou pasma com a atitude da garota, afinal, mãe era mãe e aquela não era mais uma bruxinha e sim uma bruxa adulta e formada, então ela resolveu ficar ao lado da filha.

- Ok filha, juntas podemos tudo! – sorriu Kristin para a filha e teve a retribuição do sorriso e juntas apontaram a varinha para o Comensal que já se levantava e sorria.

- Será que devo ficar chocado ou pasmo com uma cena tão patética? Sua própria pupila veio te proteger? Kristin, que decadência. - Dolohov ao se levantar balançou a cabeça negativamente não aprovando aquela situação, mas ao mesmo tempo se divertindo com a cara que Kristin ainda fazia de preocupação e ao mesmo tempo medo, coisa que ele acreditava ela estar sentindo dele. Levantando a mão que segurava firme a varinha, preparava-se novamente para atacar. - Duas conta um? Poxa isso é covardia não? – sorria o Comensal.

Kristin e Luiza estavam apreensivas. Kristin por está colocando a segurança de sua filha em jogo e Luiza por está entrando no seu primeiro duelo oficial contra um Comensal. Luiza era uma excelente auror, ótima em duelos, feitiços e DCAT. Na academia raramente algum oponente ficava de pé frente a ela e na escola não tinha sido tão diferente, o que lhe rendera algumas muitas detenções e quase uma expulsão, quando explodiu um caldeirão de um aluno de Sonserina na aula de poções, mandando o infeliz direto ao St. Mungus.

Antonin por outro lado estava tranqüilo, afinal, era só mais um duelo, só mais um, mas nunca era só mais um, adrenalina, aventura, essas coisas nunca eram como outras sempre tinham um que a mais para tudo. Sorrindo ele fez uma reverencia, afinal, era um Comensal honrado e isso não iria mudar. Olhou para as duas aurores e viu que não fizeram nada, então resolveu provocá-las um pouco mais antes de começar a atacar.

- Essa foi à educação que ensinaram na academia de aurores? – sorria o Comensal, mas as duas estavam totalmente concentradas e focadas num único objetivo, não caindo na conversa dele. – Tudo bem então vamos ao que interessa Kiki. – ao ouvir o apelido Kristin sentiu algo no estomago, algo não muito bom, ele começou a provocá-las e havia conseguido desconcentrá-la um pouco, pois logo imagens do passado dos dois começaram a vir à tona na mente da mulher, que parecia anuviada, distante e com um olhar bobo.

Splash...

Foi o som que fez Kristin voltar à tona a realidade, o som de Luiza protegendo as duas de um feitiço lançado pelo Comensal. Logo uma chuva desses estava a caminho, muitos, distintos e alguns indefinidos, algum chegando a rachar o escudo de magia que a menina havia conjurado para poder defender as duas, já que parecia que a mãe não estava ali presente. – Mãe, o que está aconteceu? – Kristin olhou para ela, com um olhar de desculpas e rapidamente sua varinha se conjurou num chicote prateado e ela brandiu com muita força conta do Comensal, que se esquivou por muito pouco. Luiza ficou encantada com o feitiço da mãe, nunca havia visto a mãe duelar de verdade, só uma vez, mas fora na academia, então ela nem deve ter usado 1/3 do seu poder total, pensou ela, que sorria e começara a contra-atacar o Comensal, que se defendia sem a menor dificuldade até o chicote de Kristin despedaçar seu escudo e Luiza arremessá-lo longe.

- Isso! – comemorava Luiza e já ia correr na direção do Comensal, que estava deitado no chão e parecia desacordado. – Mãe, vamos pegá-lo, ele está apagado. – Kristin fez que não com a cabeça e Luiza parecesse não entender. – Te dei uma chance de duelar junto de mim, então não duvide do meu julgamento.

Kristin brandiu novamente na direção do Comensal e após um brilho verde a capa dele murchou no chão, ele não estava ali. Luiza olhou para a mãe incrédula, ela era muito mais experiente do que a menina imaginava. – Mãe, como você... – mas foi interrompida pela própria mãe, que agora estava totalmente atenta a cada som e movimento do Comensal. No beco ela estava sonhadora, mas ali a vida da sua filha estava em jogo. Sentiu um vulto a sua costa e virou tão rápido que Luiza só percebeu o que tinha acontecido quando aconteceu.

Dolohov conseguiu se transfigurar numa pequena serpente e saiu agilmente de sua capa, deixando um feitiço estufar a roupa, parecendo está ali ainda e arrastou-se rapidamente para trás das duas. Ele sabia o quando Kristin era poderosa e não queria estender muito aquilo, pois tinha assuntos a resolver, mas por outro lado. Esgueirou-se atrás delas e se transfigurou novamente, mas Kristin foi bem ágil e virou-se para ele, encarando-o de frente. Dolohov não tinha mais o sorriso no rosto e sim excitação.

- отблеск солнечного света. (Explosão de Luz Solar)

Luiza se virou, mas se não fosse pela mãe teria sido atingida mais uma vez por aquele feitiço, que pareceu ser muito mais poderoso que o da estação de trem, mas dessa vez ele passou pelos lados dela, não atingindo nem ela e nem a mãe que estava a sua frente com a varinha apontada para o Comensal, mas não para atacar e sim para se defender. Um fio azul saia da ponta da varinha da mãe e envolvia totalmente as duas, sim, elas estavam dentro de um globo azul, ela conhecia o feitiço, era o ‘Globus’ que conjurava um globo fino como uma folha de papel, mas muito mais poderoso que qualquer outro feitiço de defesa que ela conhecia. Luiza estava encantada com a mãe, ela era muito habilidosa, mais do que muitos outros aurores que se gabavam por ai e também estava começando a sentir certa admiração pelo Comensal, afinal, nunca vira um tão ardiloso como aquele.

A carga do feitiço havia passado e elas estavam a menos de 2 metros do Comensal. O coração de Luiza parecia que iria explodia dentro do peito. As mãos de Kristin suavam muito e seu coração também batia incontrolavelmente. Dolohov por sua vez estava extasiado, maravilhado e não via à hora de começar a usar alguns feitiços que havia acabado de descobrir. Apontou a varinha para o peito de Luiza, sorrindo cruelmente.

- Spinosa! – uma luz prateada fantasmagórica chocou-se contra a menina que caiu se contorcendo no chão, gritando.

- Filhaaaaaa. – Kristin ao ver a cena quase teve um infarto. Ver sua filha querida no chão, gritando, se debatendo agonizante era como um pesadelo. Seu coração quase parou, sua respiração ficou cada vez mais difícil, sabia que não teria voz para atacar Dolohov, mas se ela não fizesse nada ele iria matá-la com certeza e fazendo-a sofrer muito mais, então num gesto impensado ergueu a varinha para ele e só conseguiu dizer duas palavras.

- Avada Kedavra!

Antonin ao escutar a palavra que ela disse parou com o feitiço imediatamente, filha, filha, será que ele havia ouvido direito, filha? Afinal, não era improvável, a menina deveria ter uns dezoito ou dezenove anos e, será mesmo? Voltou a si quando viu Kristin já com a varinha apontada para o peito dele e terminando o feitiço. Conseguiu ler os lábios dela, mas só a ultima letra, ‘a’. Agilmente levou a varinha a altura do peito.

- Стены Крест. (Parede de Cristal) – uma maldição da morte tida com todo ódio do mundo não era algo que se podia defender e nesse caso não iria ser diferente. O escudo serviu para amenizar o efeito total da maldição e fez Dolohov ser arremessado longe e chocar-se contra uma arvore que estava no caminho e sentiu a sua coluna toda estalar e uma dor incrivelmente forte por todo o corpo. Sentiu também a respiração falhar por uns momentos e muito sangue sair a jorros durante a tosse. Procurou por alguns dos frascos de poção que carregava dentro da roupa, mas quase todos estavam quebrados e os que estavam inteiros não iriam servir para nada.

Kristin nem quis saber do resultado do feitiço, só correr para a filha que ainda estava deitada no chão, chorosa e doida. Ajoelhou-se ao lado dela e passou a mão em seu rosto, secando as lágrimas de sua face.

- Filha.

- Eu estou bem mãe. – Luiza se fez de forte e se levantou mesmo a conta gosto da mãe.

- Luiza saia daqui, chame por ajuda! – insistiu Kristin que se preparava para voltar a lutar contra Dolohov, que também já estava de pé.

- Não mãe, isso não vai ficar assim! – Luiza era muito orgulhosa e não iria deixar daquela maneira, afinal, ela já era uma auror formada com louvor na academia.

Dolohov já estava de pé e sentia muita dor. Conseguiu controlar seus sangramentos internos com um feitiço sedativo, mas teria que tomar algumas muitas poções e ficar um bom tempo de repouso. Voltou à atenção para os seus alvos e viu que a semelhança das duas era imensa e não só com ela, será que seria sua filha também, será? Não quis pensar naquilo, tinha que sair dali, pois estava muito ferido e os feitiços logo iriam chamar a atenção de outras pessoas.

- Kristin, o que está acontecendo ai? – era Brooke Haver, um auror aposentado que era vizinho de Kristin. Ele era um homem baixinho, meio careca, mas muito sábio e simpático. Adorava ajudar as meninas e a filar um cafezinho sempre que dava na casa de Kristin. Ele meio que se considerava o xerife da vila e isso até era bom, pois sempre tinha alguém que colocava ordem nas coisas e ficava de vigília. Antes ele pensou que eram alguns garotos fazendo pequenos feitiços e não deu importância, pois estava comendo sua tão adorada sobremesa, mas ao ver o clarão verde florescente pegou a varinha e saiu correndo, pois podia ser algo mais sério. Ao ver a cena que se passava Brooke não pensou duas vezes e mandou um sinal luminoso para o alto do pátio central da vila, onde moravam vários outros aurores também.

Dolohov ao ver a cena sabia que teria problemas se não saísse logo dali, mesmo estando de máscara sabia que logo muitos contra só um teria apenas dois resultados e ele não estava pronto para nenhum daqueles no momento, pois tinha muito a fazer longe de Azkaban e vivo.

Kristin ao ver Brooke chegou a ficar preocupada, mas também aliviada, pois sabia da experiência do homem e de sua força, mesmo estando bem velhinho. O sinal pareceu dar resultado, pois cerca de cinco bruxos foram até o pátio central dar uma olhada no que poderia está acontecendo, claro, todos eram aurores e estavam muito atentos depois do ocorrido do metro.

- Renda-se Comensal maldito, é o seu fim e você só conseguira sair daqui para Azkaban ou morto. – Luiza dizia isso com a varinha apontada para ele e correndo para ficar entre ele e o local que ele poderia aparatar. Logo outros cinco aurores se juntaram a ela, com certeza não seria fácil sair dali.

- Aurores idiotas, acham mesmo que podem me deter aqui? – Antonin foi caminhando na direção dos cinco aurores e retirou a mascara. Os aurores meio que pareceram incrédulos, o que um Comensal antigo daquele estaria fazendo ali? Mas afinal, o que será que um Comensal da Morte estaria fazendo ali? Uns olharam para Kristin e outros estavam focados em capturar ele. Ele caminhava na direção dos aurores que estavam totalmente preparados e liderados por Luiza, que parecia muito confiante.

Dolohov parou e encarou um por um, todos eram filhos de aurores que ele conhecia de longa data e com certeza estariam no metro ou em assuntos burocráticos no Ministério naquela noite. Antonin juntou as duas mãos como se estivesse rezando, mas a varinha estava entre as tuas mãos de pé. Abaixou a cabeça e começou a falar algo que não dava para ver nem escutar.

- Чары потерянных душ. (Encantamento de almas perdidas) – ele repetiu o encantamento apenas três vezes e a noite pareceu ficar ainda mais escura. Um vento muito frio começou a soprar em muitas direções. A cada segundo o vento era mais frio e a noite ficava mais escura até que algo aconteceu. Num instante todo vendo parou e ao longe se ouviu um uivo distante, não um uivo animal, mas um uivo de agouro, um agouro do além. Logo outro e mais outro, até estarem cada vez mais perto, mais perto e mais perto.

- Se ficarmos juntos poderemos vencê-lo. Vamos usar a tática diamante. – Luiza estava na frente e outros dois iriam ficar de cada lado e um cobrindo toda a retaguarda, mudando as posições sempre que necessário durante a batalha.

- Luiza o que é isso? – falou o que estava bem à esquerda dela, Oscar Silverstone. – Nunca vi um encantamentos como esse Luiza vamos atacá-lo logo, antes que piore. – Luiza nunca tinha liderado uma equipe, ainda mais uma naquelas circunstâncias, mas Oscar tinha razão, quanto mais esperavam parecia que o Comensal se fortalecia.

Dolohov por sua vez continuava imóvel e o agouro cada vez mais perto, até um vulto fantasmagórico meio prateado passar voando por trás dele. Logo outro e outro, logo uns vinte espíritos ficaram circulando ao redor do Comensal que olhava fixamente para a formação dos aurores na sua passagem. Começou a caminha para o local de onde poderia aparatar.

- Antonin Dolohov, você é um Comensal procurado vivo ou morto, se não se entregar agora vai ser morto. – Luiza falou confiante e naquele momento parecia uma mulher forte e experiente e não uma menina nova que até tempos atrás era indefesa.

Dolohov por sua vez não deu ouvido a eles e continuou a caminhar na direção do local que ele podia aparatar dali. Rapidamente os feitiços começaram a ir à direção do Comensal, mas nada acontecia, os espíritos pareciam engolir os feitiços e desaparecer no ar, reaparecendo instantes depois.

Luiza ficou desesperada, nunca tinha visto um algo parecido e muito menos lido sobre aquilo antes e a cada segundo o Comensal da Morte chegava mais e mais perto deles. Começou a disparar feitiços incansavelmente e com muito vigor. Ela era muito poderosa e estava mostrando toda sua sabedoria, mas tudo era em vão. Cansou e deu lugar a outro auror que continuava os feitiços e assim foi se seguindo até Dolohov parar novamente.

- Como vocês são patéticos! – gabava-se e sorria incontrolavelmente o Comensal que via claramente o pânico no rosto dos jovens aurores e o cansaço também, já que os feitiços não eram tão numerosos quanto no começo da batalha.

- Покойся с миром. (Descanse em paz) – um grande clarão veio das costas de Dolohov e tudo pareceu voltar ao normal. A noite não estava tão fria e os espíritos haviam desaparecido. Antonin olhou para trás e viu Kristin um pouco mais próxima e com a varinha apontada para o céu. Ela sabia o contra encantamento e havia usado. Sem perder tempo ele girou nos calcanhares, voltando a encarar os seis aurores a sua frente.

- Que tal esquentar as coisas? Суерлинг пламя пурпура. (Turbilhão de chamas púrpura).

O Comensal foi o ponto de inicio do incêndio, rapidamente voltas e voltas de fogo espiralavam ao redor dele se expandindo rápida e assustadoramente, um fogo que não era comum, era um fogo venenoso, um fogo púrpuro, mais rápido e eficiente que o comum. Dolohov começou a controlar o fogo para atacar os outros e destruir tudo o que tocava pela frente.

- Separar. Ataquem sempre que tiverem uma brecha. – berrou Luiza ao recuar dezenas de passos para n ão ser atingidos pelo fogo que avançava sobre ela. Eles tentavam, mas Dolohov parecia enxergar todos e sempre que tentava algo ele desviava as chamas na direção de quem estava prestes a atacá-lo.

Sem que os outros o percebessem começou a caminhar novamente na direção do centro da vila, precisava sair dali e logo, pois estava ficando cansado e sem energias por causa dos ferimentos que Kristin lhe fizera.

Kristin estava ao lado de Brooke, que apesar da idade tinha muito vigor em ação. Os dois combatiam as chamas arduamente, parecia que elas estavam os atacando sem descanso e sem que Dolohov as controlasse, simplesmente como se quisesse consumi-los.
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Mensagem por Lorelai Bouvié Tissou Sáb Fev 26, 2011 4:54 am

Antonin já estava quase conseguindo tirar os aurores do caminho para o local onde poderia aparatar e parecia está se divertindo com a ação. Ele manipulava com agilidade as chamas, atacando todos os aurores sempre que tinham uma pequena brecha para atacá-lo. Continuava a caminhar vagarosamente, dois aurores tinham corrido para o lado da saída e não queriam sair da frente de maneira alguma. Tentou de todas as maneiras contornar o fogo para tirá-los da frente, mas decidiu parar de ser bonzinho.

Kristin e Brooke escapavam incansavelmente das chamas, mas ao mesmo tempo ela não tirava os olhos da filha. Luiza tentava atacar Antonin com tudo, mas o fogo nunca a deixava ter uma brecha e ela começou a perceber que o Comensal estava se movimentando para a saída e que por sorte dois aurores estavam posicionados a frente dele. Tinha que fazer algo, mas não sabia o que, realmente, agora tudo o que sua mãe havia dito era verdade, ela era muito inexperiente e jurou treinar incansavelmente caso sobrevivesse aquilo tudo.

- Brooke não podemos deixá-lo fugir. – ele concordou com um aceno de cabeça. – Sabe o que fazer?! – novamente ele concordou apenas com a cabeça. Brooke já estava ficando exausto, era muito experiente, mas não tinha mais a juventude e vigor de anos atrás. – Ao meu sinal Brooke, eu faço a defesa para nós dois e você acaba com ele. – dessa vez ele nem precisou responder, pois Kristin percebeu que ele começou a se aproximar dela, ficando um pouco a sua frente, só mais alguns centímetros e eles estariam perto o suficiente para ele poder proteger os dois e atacar Antonin.

Antonin tinha conseguido completar mais da metade do caminho, estava a poucos metros do local para aparatar, mas ainda tinham dois aurores a sua frente e eles pareciam bem determinados em não deixá-lo chegar onde queria. Tinha que sair dali logo, o feitiço selador que havia feito para segurar seus ferimentos não iria agüentar por muito mais tempo, precisava urgente de poções e tratamento especializado.

- фиолетовый змея (Serpente púrpura). Rapidamente o fogo tomou a forma de uma gigantesca serpente púrpura de olhos esmeralda, ela sibilava uma língua bifurcada também verde e dessa pingava parecia pingar um liquido verde, veneno.

Tudo aconteceu muito rápido. Com a cauda a serpente circulou os dois aurores que estavam à frente do Comensal e ao mesmo tempo lançou uma imensa nuvem de veneno em cima dos outros quatro aurores.

Kristin já se preparava para fazer a defesa, assim Brooke poderia usar um contra feitiço e acabar com a farra de Dolohov, mas do nada o fogo sumiu e uma grande serpenta surgiu. Ela já havia sacado qual era a dele e onde ele estava indo, ele queria escapar dali, pois ela sabia que ele estava muito ferido e se eles conseguissem mantê-lo ali por mais algum tempo com certeza eles conseguiriam capturá-lo com vida para julgamento. Rapidamente ela correu para junto de sua filha e dos aurores que estavam com ela.

- Quando eu fizer a defesa lancem um feitiço de proteção nele. – e logo ela lançou o feitiço ‘Globus’ que foi reforçado pelos outros quatro aurores. – Acabe com ele Brooke, rápido. – gritou ela para o velho auror aposentado que começou a fazer um encantamento de chuva, mas uma chuva encantada, pois logo gotas brancas começaram a descer do céu, simplesmente, sem nenhuma nuvem, já que a noite estava clara, porém fria, muito fria.

Antonin viu a chuva começar a ficar mais forte e correu para a saída o mais rápido que pode. Os dois aurores o viram correr e tentaram impedi-lo, mas ele se lembrava bem deles e com um movimento amplo com a varinha as chamas formaram um globo em torno dos aurores que explodiu sem dar chance para eles se defenderem.

O veneno passou em volta de Kristin e dos aurores que estavam dentro do globo de proteção conjurado pela auror. O efeito não foi eficaz, mas o cheiro ácido e podre pode ser sentido muito forte.

A chuva de Brooke tornou-se logo uma tempestade e a cobra evaporou no ar rapidamente, mas o Comensal já estava na saída olhando a cena toda acabando. Os dois aurores mortos no chão, Kristin, a filha e os outros aurores que ela salvara e o velho auror terminando o feitiço e a chuva ficando rala e parando. Antonin apontou a varinha para o céu e conjurou a Marca Negra, a caveira com uma cobra saindo pela boca em forma de fumaça negra que emitia um som de agouro. Após isso aparatou para sua casa, sem nem mesmo ver os vários feitiços lançados sobre ele, pois tinha muitos tratamentos para passar.

Kristin caiu de joelhos no chão. Mesmo Brooke tendo conjurado aquela chuva toda ela não estava molhada, pois ela servia apenas para a quebra de encantamentos. Brooke se aproximou dela, colocando a mão em seu ombro e olhando dentro de seus olhos, ela sabia o que aquilo queria dizer, mas não queria falar sobre aquilo naquela hora, pois tinha acabado de ver os corpos dos dois aurores mortos com as queimaduras roxas por todo o corpo.

- Todos bem? – perguntou o velho auror para os outros aurores que assentiram com a cabeça. – Willians vá para o Ministério agora e notifique o que aconteceu. Vocês dois cuidem dos corpos dos seus amigos e levem-nos para o St. Mungus urgente. – eles também assentiram com a cabeça. – E vocês duas para casa, agora. – ele falou vagarosamente o que deu a entender que não iria ser questionado.

Kristin se levantou com a ajuda de Brooke, que deu a entender que iria acompanhá-las, Luiza caminhava na frente, enquanto a mãe ia amparada pelo velho auror. Os três entraram na casa da auror e foram diretamente para a sala. Kristin se jogou no sofá e Luiza ficou olhando para ela.

- O que foi isso mãe? Como aquele Comensal da Morte te seguiu como ele sabia chegar aqui? – Luiza tinha essas e dezenas de outras perguntas com certeza, mas Kristin não queria falar sobre aquilo naquele momento, fez sinal para ela se calar e Brooke foi para a cozinha.

Os minutos se passavam e Luiza ficava andando de um lado para o outro e vez ou outra espionava pela janela. Willians voltou do Ministério com pelo menos uns cinco especialistas e Luiza já estava indo para a porta para ir encontrar com eles, mas ouviu a voz de Brooke a suas costas.

- Onde pensa que vai mocinha? – ela tentou argumentar, mas ele era um sujeito muito persuasivo e fez sinal para ela se sentar, entregando a ela uma xícara com um liquido que espiralava uma fumaça amarela. – Vocês duas fiquem aqui, não quero ver nenhuma das duas lá fora até amanhã. Vou ao Ministério com vocês relatar o que aconteceu aqui. – Kristin limitou-se a olhar para o chão, Luiza concordou e Brooke saiu para falar com os aurores especialistas que haviam chegado.

- Mãe, você me deve respostas e eu espero tê-las ainda hoje. – Dizia Luiza com seu tom autoritário enquanto encarava a mãe, que apesar de estar ali parecia não estar ouvindo-a.

Kristin que mesmo ouvindo a filha tentava não dar atenção ao tom que ela usava, levantou a cabeça, respirou fundo e por fim resolveu abrir a boca para falar.

- Eu não devo nada a ti, por favor, esqueça o que aconteceu esta noite. - Kristin não queria falar nada a menina, ainda não era a hora certa de responder o que tanto ela queria saber, ela não iria compreender e isso dificultaria mais as coisas.

- Não mãe, eu preciso saber o que aquele Comensal queria com a senhora. Não é normal um Comensal vir até a vila, mãe diga o que ele queria.

- Não sei Luiza, foi por acaso ele aparecer por aqui. - Mentir. Kristin não queria ter que mentir a sua filha, não gostava daquilo, mas não tinha outro modo, ou ela acreditava em suas mentiras que poderiam não parecer convincentes pelo seu estado, mas era a única coisa que a garota iria obter dela.

- Mentira. Mãe, eu vi o modo que ele te tratou durante a noite, de alguma forma ele sabe quem você é, existe algo por trás disso e eu vou descobrir. – Luiza precisava obter alguma coisa durante aquela noite de sua mãe, ela necessitava daquilo e acreditava que talvez tendo uma brecha de sua mãe, iria atrás de descobrir mais coisas.

- Acreditando ou não no que eu disse, não posso fazer nada. – Aquelas foram suas ultimas palavras antes de se levantar e deixando a caneca de lado, direcionou-se ao banheiro onde ao fechar a porta de roupa e tudo foi para baixo do chuveiro, e ao ligá-lo deixou que a água escorresse por todo seu corpo, ensopando-a rapidamente. As lagrimas que havia segurado enquanto havia outros por perto, insistiam em cair e se misturavam a água do chuveiro.

Enquanto isso, na sala Luiza andava de um lado para o outro, completamente inquieta e impaciente. Queria entender o que tanto sua mãe escondia, pois não se era difícil de notar que havia algo por trás daquilo tudo e tinha muito a ver com aquele comensal. Pensava em mil formas de tirar respostas de sua mãe, mas sabia que aquilo seria muito difícil, já que o que ela achava conhecer de sua própria mãe não era nada comparado ao que havia visto durante toda aquela noite.

“Ela ainda não deve saber, é cedo demais... E o que ela faria se descobrisse? Talvez fosse atrás dele, ou então me odiaria para o resto da vida. Ela os odeia, e se um dia descobrir tudo correra um grande risco. E ele? O que ele faria se descobrisse tudo? Ele a mataria? Não, ele não seria capaz, ou talvez fosse? Hoje foi um grande risco deixá-la no meio de tudo, apesar de ter notado o quanto ela melhorou na arte de duelar, ela não teria chances com ele.” Perguntas e mais perguntas, era só o que ela tinha em mente enquanto a cada pergunta tinha um sentimento estranho quanto à resposta que poderia vir. Tirando com pouco de dificuldade a roupa molhada do corpo, Kristin deixou-as em um canto do Box enquanto tomava seu banho.

Na sala, Luiza havia se cansado de tanto esperar por sua mãe. Algo em sua cabeça dizia que deveria esperar pela mãe no quarto da própria, já que com certeza ela iria para lá. Indo ate o quarto, Luiza deitou-se sobre a cama e com os braços por trás da cabeça ficou a encarar o teto, enquanto esperava. Assim que Kristin terminou o banho, enrolou-se na toalha e saindo do banheiro andou diretamente ate o quarto e ao ver Luiza deitada sobre sua cama respirou fundo e caminhou ate o quarta roupa.

- Mãe, tava pensando em como você duelou hoje e acho que foi fantástica. Nunca vi você duelar daquela forma, usando o português correto você foi foda hoje. - Sorrindo, Luiza observava a mãe separar algumas peças de roupa, por sinal roupas de sair. Kristin precisou segurar o riso pelo modo que a garota falava.

- Obrigada. Agora se possível, gostaria que me deixasse um pouco só para me trocar. – Kristin observava a filha deitada, que parecia fazer questão de ali continuar.

- Mãe, aquele Comensal... os feitiços que ele usou era magia antiga não é? – Tentando disfarçar seu interesse no assunto, Luiza sentou-se e cruzando as pernas sobre o colchão arqueou uma das sobrancelhas. – Mãe, não vai descansar? Vai sair de novo?

- Sim, era magia antiga e não, pelo menos não vou sair agora, mas o Ministério não vai se demorar a nos chamar, então deveria ir tomar um banho e comer algo. Talvez não tenhamos tempo para um cochilo. - Kristin tinha razão quanto aquilo, Luiza não tinha como contestar as palavras da mãe, ainda mais por que sabia bem como o ministério agia quanto a coisas que aconteciam como o daquela noite. Soltando um longo suspiro de desanimo, a garota levantou-se e revirando os olhos andou preguiçosamente até o banheiro.

Ao ficar sozinha, Kristin sentou-se sobre a cama, passando uma das mãos no rosto começou a pensar quais seriam suas mentiras diante tanto do Ministro quanto seu “chefe”. Ela estava enrascada, ele não precisava tê-la seguido e agora para ajudar ele com certeza sabia de seu parentesco com Luiza, poderia vir a desconfiar do que ela poderia ser para ele e com certeza se tinha duvidas iria procurá-la.

Tudo ficou claro para Dolohov e o cheiro no ar passou do frio da noite para o cheiro de ervas de sua mansão, olhou para os lados e reconheceu a casa, conseguira aparatar corretamente para o local que destinara a sua magia. Deu um passo a frente e caiu no chão, o altar de ouro, havia esquecido até daquilo, realmente estava muito fraco. O altar de ouro no hall de entrada da casa era o único lugar que se podia aparatar de dentro da casa, qualquer outro local que se tentasse teria uma bela surpresa.

Dolohov se arrastou para o sofá que havia na sala de visitas, um grande sofá de couro de dragão negro, Rabo Córneo, e com certa dificuldade conseguiu escalá-lo e se jogar nele.

- Millenium, venha até aqui agora. – gritou Dolohov com o pouco de força que ainda lhe restava. O pequeno elfo azulado, muito bem vestido apareceu correndo pelo corredor que dava para a cozinha. Antonin era um tipo diferente, seu elfo usava roupas feitas sob medida, era um pouco mais alto que os normais e bem mais forte também e dominava magias que outros nunca ouviram falar. Sim, ele tratava muito bem dele, afinal, era como um guarda costas e estava com ele desde sempre.

- Meu Lord, o que aconteceu com o senhor. – outra coisa também que Antonin fez questão de aprimorar no seu elfo foi a sua fala, ele falava perfeitamente, mas sempre com muito respeito. – Traga Samantha aqui agora Millenium, é para ontem. – o elfo saiu correndo pelo corredor até o hall de entrada da mansão e subiu no altar de ouro, aparatando em seguida.

Pensamentos confusos. Historias inventada, a cada minuto que passava Kristin pensava detalhadamente no que iria dizer no outro dia, já que ela conhecia bem o modo na qual rolavam os questionamentos para as pessoas que sobreviviam a um ataque de comensal. Detalhes e mais detalhes tinham de serem pensamentos. Um barulho, ou melhor, uma batida forte e alta na porta de entrada a acordava de seus devaneios. Quem seria naquele horário? Se não bastasse ter o outro dia cheio de assuntos a serem resolvidos, não teria nem o fim da noite para um descanso.

Com a varinha em uma das mãos, andando rapidamente de seu quarto ate a porta de entrada, destrancando-a e ao abri-la levemente sem querer transparecer, assustou-se, pois a sua frente, parado a sua porta estava King Sheklebolt, o numero um dos aurores, o chefe de todos os setores.

- Senhorita Kreuk, vim assim que soube e acredito que saiba que devemos conversar. – King estava com a aparência boa, apesar dos problemas, mas isso graças à ajuda de poções sua aparência era sempre a das melhores. - Brooke já me detalhou algumas coisas do ataque, mas gostaria de ouvir um pouco de ti. E alias, acho melhor entrarmos.

A reação de Kristin diante daquilo foi automática, sem em nenhum momento dizer algo. Dando espaço para Sheklebolt e Brooke logo atrás entrarem, fechou a porta e os acompanhou até a sala, fazendo um leve gesto na qual sentassem,fazendo o mesmo não muito longe deles.

- Diga-me senhorita Kreuk, como foi que tudo começou?

- Bem... – Kristin com seus pensamentos a flor da pele, fazia da maneira mais rápida que podia que seu tico e teco trabalhassem rapidamente, inventando uma historia que poderia parecer convincente. Mantendo o máximo de calma, continuou -... Nesta mesma noite discuti com minha filha e como estava de cabeça quente resolvi ir dar uma volta no Beco Diagonal, ver algumas vitrines e ate mesmo tinha a intenção de fazer umas compras para a casa. Enquanto andava, acabei passando próximo a um tipo de bar, não tinha nome na frente e parecia cair aos pedaços. Como era algo desconhecido, pelo menos para mim eu acabei entrando neste local. Estava um pouco cheio, tinha musica alta e o local não parecia mais cair aos pedaços, já que tudo era bem decorado e movimentado. Como nunca tinha ido lá, resolvi comer alguma coisa. O garçom foi muito educado e me atendeu bem, neste meio tempo um rapaz estranho entrou no local e seguiu ate os fundos. Eu achei estranho e como auror precisava investigar.

- Este rapaz como estava trajado? – Cortou o chefe dos aurores, enquanto se ajeitava.

- Tinha vestes escuras, carregava a varinha meio que escondido em uma das mãos e na outra tinha um tipo de sacola escura. Era muito estranho e suspeito. – Disse Kristin, tentando soar convincente.

- Continue. – Disse Shek. Brooke, ao seu lado acompanhava tudo em pleno silencio, passando a mão algumas vezes sobre o queixo enquanto Kreuk falava.

- Voltando, não queria que ninguém notasse que eu estava seguindo-o, pois pelo movimento ele poderia não estar sozinho. Então o segui ate uma porta no fundo do local. Aproximei-me e fingindo que procurava o banheiro acabei entrando e vi o rapaz entregando a sacola a um homem encapuzado. Na mesma hora eu pedi desculpas e sai do local, pois claro não queria envolver mais ninguém no que poderia vir a acontecer. Parecia que eu estava adivinhando, pois assim que sai não deu nem cinco minutos e eu só vi um clarão como se fosse um feitiço vindo em minha direção. Na mesma hora eu me protegi dos feitiços que ele me lançava direto e quando eu rebati, na primeira brecha na qual consegui vim para cá. Minha intenção era assim que viesse para cá, informar ao senhor sobre o ocorrido, mas não tive tempo, pois não sei como o Comensal me seguiu e Brooke pode lhe confirmar, se não fosse por ele e minha filha não teria tido a chance de estar aqui lhe dizendo essas coisas. Ele era experiente, acredito que seja um dos antigos.

A mentira saia da boca de Kristin calmamente. Ela sabia que poderia convencer a quem fosse com aquilo, mas a King era mais difícil e com os anos ele parecia detectar o que estava errado. Brooke por outro lado parecia acreditar na historia da garota.

- Kreuk, alguns de seus colegas de trabalho estão inspecionando os arredores e até mesmo sua casa para se caso encontrarmos algo que o possa ter trazido até aqui. É muito estranho um Comensal seguir uma auror até em casa, isso não é típico deles. – Sheklebolt observava por toda a extensão da sala os pequenos detalhes como se pudesse encontrar algo que pudesse ligar o Comensal a ela.

Kristin por um lado sentiu-se aliviada em não ter nada de seu passado naquela casa além de Luiza, pois assim seria mais difícil de que sua mentira fosse descoberta.

- Kreuk, e o pai de Luiza? – Perguntou o auror inesperadamente.

- Senhor, o que o pai da menina tem haver com essa situação? – Perguntava Brooke, achando estranha a pergunta dele.

- Responda minha pergunta Kreuk.

- Bem, eu não me lembro muito dele. Lembro de estar em uma festa, bebendo moderadamente ate chegar um rapaz que me apresentou a uns amigos e acabou me incentivando a continuar a beber quando não queria. A partir daí não me lembro de mais nada alem de acordar no dia seguinte sozinha, em uma cama de hotel. – Distorcendo toda sua historia, Kristin engoliu seco e balançou negativamente levemente a cabeça, como se não aprovasse seus atos. Mais uma vez atuando, se ela o convencesse iria dar um premio a si mesma.

- Você se lembra do nome ou sobrenome do rapaz?

- Não.

Ao se levantar em silencio parecendo satisfeito Sheklebolt caminhou ate o Hall de entrada da casa da garota, fazendo assim Brooke e Kreuk levantar rapidamente e o seguiram.

- Já vai senhor? – Perguntou a garota ao observá-lo abrir a porta com o intuito de falar com os outros aurores.

- Já. Alias amanhã você e sua filha não irão precisar ir trabalhar. Terão o dia livre, mas não poderão sair sozinhas. Portanto, deixarei alguns aurores pela redondeza e vou querer um depoimento seu para deixar arquivado e claro que se tudo o que diz é verdade, não ira se preocupar se usarmos um pouco de Veritasserum como é de costume. – saiu ele sem esperar a resposta da auror, que pareceu não se importar com a poção da verdade, ou fez que não se importou, pois sabia que aquilo seria um problema. Caminhou até a janela e olhou para fora, vendo Sheklebolt conversar com um grupo de aurores e depois desaparatar.

Brooke que ali estava não disse nada, apenas olhou paternalmente para Kristin, que parecia um pouco perdida, na verdade ela estava muito pensativa e nem reparou ele se aproximar e colocar a mão em seu ombro, tomando um leve susto ao sentir o toque.

- Tubo bem Kristin? – perguntou ele tranquilamente para ela, que parecia ter voltado a Terra.

- Tudo bem sim Brooke, obrigado por tudo. – respondeu ela suspirando, mostrando-se cansada.

- Se quiser me contar algo sabe que não sairá daqui! – falou ele num tom baixo e confiável.

- Obrigado mesmo Brooke, sei que posso contar com você, mas no momento eu só quero tentar dormir um pouco e refletir sobre o que aconteceu. – disse ela forçando um sorriso apagado.

Brooke por sua vez não disse nada, retribuiu o sorriso com um pouco de desconfiança e saiu. Kristin por sua vez correu para o quarto, lacrou a porta e fez alguns feitiços de ‘não perturbe’. Vestiu uma capa verde escura, estilo Sonserina, e entrou no armário, onde havia um pequeno altar de ouro. Não sabia se aquilo iria funcionar, mas iria tentar. Respirou fundo e ‘crac’.
Antonin havia acabado de tomar o terceiro frasco de poção revigorante, sabia que aquilo não seria o suficiente para se curar, precisava de misturas especiais, algo mais refinado e especifico algo que só Samantha saberia preparar.

Os minutos pareciam passar rápido demais, o relógio negro com detalhes dourados que ficava acima da lareira parecia deslizar os ponteiros a cada piscada de olhos do Comensal, ou será que ele que estava ficando cada vez mais fraco?

‘Crac’

- Em que você se meteu agora Antonin? – disse uma bela loira que vinha correndo pelo hall de entrada, com uma pequena bolsa na mão, depois de saltar do altar de ouro. – Você um dia ainda vai se matar se metendo nessas doideiras.

Dolohov tentou sorrir, mas tossiu e começou a cuspir sangue o que fez Samantha se apressar. Samantha Stephens, medibruxa muito bem formada e especializada em curas impossíveis, o que para ela era apenas um detalhe. Samantha não era ligada aos Comensais, mas esses sempre lhe procuravam quando estavam na pior da forma e isso literalmente. Samantha era loira, de cabelos que hora estavam lisos, hora cacheados e de muitas outras formas, já que tudo parecia combinar com ela. Seu rosto era fino e angelical, com traços que beiravam a perfeição. Olhos verdes, bem delineados e sempre bem maquiados. Um corpo mais bem delineado que o seu rosto, com curvas mais que ousadas e perigosas.

Samantha não era muito boa em duelos e feitiços, mas era muito inteligente, mais do que muitos bruxo que se gabavam por ai, ainda mais na área de poções e curas impossíveis, coisas que ela já havia conseguido dobrar algumas vezes.

A história dela com Dolohov era algo bem antigo, um ataque a Hogsmeade, uma bela indefesa e um Comensal caridoso, e assim começou. Eles nunca tiveram nada sério, mas sempre estavam juntos quando podiam e isso já fazia dezesseis anos.

Antonin muitas vezes chamou Samy em emergências, algumas vezes era para fazer alguma surpresa e muitas das outras era que nem aquela, mas daquela vez parecia ainda pior.

- O que aconteceu dessa vez? – ela já estava ajoelhada na frente dele com a bolsa aberta e uma mão vasculhando o seu interior.

- Isso parece ser a Maldição da Morte minha senhora. – disse Millenium que já se aproximava com uma mesinha para Samantha colocar suas coisas. Samy adorava os elfos domésticos e tinha um carinho ainda maior por Millenium, já que via que Dolohov tratava-o muito bem.
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Mensagem por Lorelai Bouvié Tissou Sáb Fev 26, 2011 4:55 am

- O que seria de você sem esse elfo Antonin? – disse ela enquanto misturava rápida e agilmente vários ingredientes num pequeno caldeirão de ouro que era aquecido por uma chama verde bem claro e mexido magicamente por uma vareta de cobre em sentido anti-horário. – Nem precisa responder, sei o quanto você gosta dele. – ela afagou a cabeça do elfo que sorriu para ela, enquanto a ajudava no preparo da poção. Millenium ficou orgulhoso, mas muito preocupado pelo estado do seu senhor.

Samy era muito habilidosa e rapidamente já estava com uma poção de cura celestial quase pronta. A poção celestial era uma poção muito rara e de difícil preparo, isso era o que os livros diziam, mas para Samy era como fazer um café. A poção era usada em casos extraordinários, pois os ingredientes eram muito, muito raros e quanto mais raros, mais caros, como um dos principais, o sangue de unicórnio. Era usada principalmente pelos Comensais da Morte, pois não tinham escrúpulos em chegar naqueles extremos para não morrer ou se curar de qualquer coisa e essa era a principal finalidade da poção, curar qualquer enfermidade, fratura, lesão e afins. Samy só a usava em casos extremos e só para os Comensais certos, ou seja, os que pagavam. Apenas cinco ml da poção e três horas de sono e a pessoa estava feito nova e tudo pela bagatela de cinquenta mil galeões.

O cálice de prata, nunca utilizado e nunca tocado, já estava sobre a mesinha, pronto para receber o liquido que já estava quase pronto, pois uma auréola dourada já estava quase se formando acima do caldeirão e quando a auréola estivesse reluzente a poção estaria terminada.

Com a auréola reluzente já era hora de tirar o fogo e a varinha que mexia a poção. O pequeno caldeirão ficou a flutuar no ar, com o cálice de prata bem abaixo. Com um leve movimento de varinha o cálice flutuou e tocou de leve o fundo do caldeirão, que se desmanchou e caiu liquido no cálice, misturando-se a poção, já que ele também era um dos ingredientes, e até um dos principais, a força das ligas de ouro iria reforçar o organismo. Pequenas asas de cor azul celestial emanaram de dentro da poção, era à hora de ser ingerida.

- Antonin querido, estenda a sua mão direita, rápido. – o Comensal obedeceu com um pouco de dificuldade e o cálice pousou em sua mão.

- Está gelado, sabe que não gosto de bebidas muito geladas. – ele tentou sorrir, mas abriu os olhos e viu a expressão tensa e séria de Samy e bebeu o liquido em cinco goles, como tinha que ser. O gosto era feito mel, mel puro de abelhas silvestres, mas logo viria o sabor do sangue de um animal místico, o gosto amargo de sangue. O Comensal se remexeu um pouco e sentiu o corpo queimar, as feridas estavam sendo reparadas de dentro para fora e logo ele cairia no sono.

- Agora durma meu amor, logo nós iremos a algum lugar tomar café da manhã ou almoçar, dependendo da hora e de para onde iremos. – ela sorriu para ele e deu um leve beijo em seus lábios que agora sorriam tranqüilos.

- Não vejo à hora. – disse a voz rouca e fraca dele que fechou os olhos calmamente e bem no fim da consciência escutou um barulho bem distante, no hall de entrada da casa, o som de alguém aparatando.

‘Crac’

Aquele cheiro de ervas inundou todo o corpo de Kristin e fez ficar toda arrepiada e sentindo algo que ela não soube explicar, talvez saudade. Olhou para os lados e não avistou ninguém, nem elfo, nem Dolohov, nem feitiços vindo em sua direção, isso significava uma coisa, ele estava ali.

Kristin desceu cautelosamente do altar de ouro, pousando levemente seus pés no chão de mármore negro polido e sentindo um leve estalar do salto de sua bota no chão, tinha experiência em ser silenciosa, mas aquela sensação era totalmente diferente, aquele era outro tipo de visita e 17 anos depois.

Ela conhecia bem o local onde estava. O altar ficava meio que perto da porta principal, uma grande porta de três metros de altura de nogueira envelhecida, uma obra de arte. A sua frente havia uma armadura medieval de aço verde bem escuro, ela se arrepiou só de olhar e sentiu que a qualquer momento ela pularia em cima dela com uma lança enorme na mão.

Kristin caminhava bem devagar, a varinha na mão direita apontava agilmente para todas as direções que a bruxa olhava, conhecia muito bem boa parte daquela mansão, mas conhecia muito mais o Comensal que ali vivia e sabia o quão ardiloso para armadilhas ele era. Saindo do hall e vendo a grande escadaria que se bifurcava em duas na metade, a auror ouviu vozes perto da lareira, onde ficava a sala de visitas.

Uma voz era feminina e falava carinhosamente com alguém, ou algum ser, que logo ela viu ser Millenium, o elfo do Comensal, mas não avistou o mesmo. Não conhecia a mulher, mas pelas vestes não parecia ser Comensal, pois havia muita coisa nelas. A mulher era bonita e o elfo falava com ela como se fossem bons amigos. Uma leve amargura surgiu dentro da auror, mas ela não estava ali pelo homem e sim para capturar um foragido. Kristin foi se aproximando cautelosamente, pois ainda não tinha avistado Antonin e este poderia está num outro cômodo e surgir do nada amaldiçoando a auror sem ela ter a menor chance de se defender.

Um passo de cada vez, o toque do salto da bota no chão de mármore, a saliva seca que descia pela sua garganta, estava cada vez mais próxima, iria prender os dois e perguntar onde estava o Comensal antes de nocauteá-los e apagar suas mentes, até... o coração deu uma batida e pareceu parar, ela esqueceu que tinha que respirar até sentir falta, pois a sua frente, no sofá, estava Antonin Dolohov deitado, desacordado, mas bem.

Não sabia o que estava sentindo. Deveria está feliz por um grande bruxo está imobilizado, isso significaria que não teria que duelar contra ele para ter que capturá-lo, mas será que ele estava realmente bem. Não queria saber, engoliu em seco, apertou firme o cabo da varinha tremendo um pouco sua mão direita e nessa pequena tremida a ponta do instrumento mágico tocou de leve o que parecia ser um prato de prata com uma imagem que ela não teve tempo de ver, pois o objeto caiu no chão fazendo um barulho seco e todos os olhares voltarem para ela.

Samantha conversava tranqüila e distraída com Millenium. Antonin em algumas horas estaria bem e eles teriam um ótimo dia juntos. A mulher estava tentando arrancar do elfo onde o Comensal tinha andado para se meter naquela situação, mas ele era fiel até a morte e não iria falar nada, com certeza, então passaram para um papo mais descontraído até levar um susto e levantar rapidamente, pois atrás de si tinha uma mulher envolta numa capa verde escura com a varinha apontada para eles e o rosto oculto pelo capuz.

- Quem é você e o que pensa que está fazendo ai? – disse Samantha rispidamente já segurando o cabo da varinha que estava no bolso de trás da calça.

- Não se meta, é assunto do Ministério da Magia, vim levar esse Comensal imundo para julgamento. – agora Kristin não precisava fazer silencio, falou em alto e bom tom, caminhando firmemente na direção do grupo.

- Não mesmo querida. – falou Samantha para si mesmo sacando agilmente a varinha e apontando para Kristin. – De meia volta e saia desta casa, você não é bem vinda aqui. Estupefaça!

Kristin defendeu o feitiço sem menores problemas, ela era uma auror muito bem treinada e pela sua avaliação aquela bruxa não era Comensal, do contrario usaria uma maldição imperdoável.

- Eu disse para não se meter em assunto oficial do Ministério da Magia. Expelliarmus! – a varinha voou da mão de Samantha sem ela se quer ter chance de se defender. – Eu disse que vou levar esse Comensal para julgamento e ninguém vai me impedir disso. – as ultimas palavras saíram quase que num sussurro.

Kristin lançou outro feitiço para nocautear a mulher, mas esse pareceu parar no tempo e se desfazer como se fosse pó. A auror olhou para baixo e viu o elfo de pé entre as duas com as duas mãos espalmadas para ela.

- A senhora não é bem vinda nesta casa. – falou o elfo com autoridade, mas Kristin pareceu desdenhas dele, um elfo não seria capaz de derrotar um bruxo com uma varinha, os elfos tinham poderes, mas eram bem limitados comparados ao de uma varinha. Kristin apontou a varinha para ele, pronta para nocauteá-lo, mas antes disso ele estalou os dedos das duas mãos.

Nada pareceu acontecer, Kristin ficou esperando um feitiço, ou algo parecido, pronta para se defender, mas nada aconteceu, nenhum feitiço, nenhum monstro, nenhum barulho, o ar pareceu ficar cada vez mais frio, os olhos pesados. A varinha parecia feita de chumbo e a capa sobre seus ombros feita de ferro, pois tudo parecia que estava puxando a auror para baixo. Ela olhou para os lados rapidamente, mas não conseguiu ver ninguém, tentou respirar, mas o ar não vinha, tentou bradar feitiços, mas a voz parecia não existir. Ela sentiu os joelhos cederem e o corpo desabar sobre eles, os braços esticados rente ao corpo e o som distante de madeira tocando o chão e rolando para longe. Ela não sentia mais nada, era o fim, parecia está envenenada, pois era o que devia ser não sabia o que o elfo tinha feito, apenas que era o fim. Lagrimas corriam sobre sua face e tudo ficou escuro...

Kristin sentiu que estava deitada em algo mole e algo que parecia mexer freneticamente embaixo de si, não sabia o que era, mas a cada momento ficava mais intenso e sons vinham do longe, não conseguia distingui-los, mas estavam ficando cada vez mais nítidos...

- Mãe, acorda, acorda, acoooooorda mãe. - Luiza pulava e gritava na cama da mãe para ela acorda. - Hoje é domingo, nós não vamos passear com o pai?
Kiki abriu os olhos assustada e olhou ao redor, conhecia aquele quarto, sabia onde estava e Luiza também estava ali, o que seria aquilo. Procurou a varinha, mas foi em vão, não estava por perto e nem se lembrava de onde estava.

- Está tudo bem querida? - perguntou Kristin meio receosa.

- Claro mãe, não poderia estar melhor...

- E onde está o seu pai? - formulou bem devagar a frase com medo da resposta.

- Ah, é surpresa, a senhora logo vai ver... - Luiza saiu correndo da cama e abriu a porta do quarto. - Vem logo pai. - sussurrou ela para o homem entrar e o coração de Kristin pareceu parar de bater mais uma vez quando ela saiu da frente da porta aberta e por ela entrou ninguém mais ninguém menos que Antonin Dolohov, o único Comensal que sabia mais do que qualquer outra pessoa como mexer com suas emoções.

- O que esta acontecendo aqui? – Kristin ainda não compreendia, por um momento lembrava-se de vê-lo deitado e com os cuidados de outra mulher, em outro a escuridão e de repente tudo o que sempre sonhava parecia acontecer, algo muito errado estava acontecendo ali.

- Meu amor, eu avisei para a Luiza esperar que você acordasse, mas você conhece a nossa filha e não adianta falar, já que é mais teimosa que um dragão. - Dizia Antonin mansamente enquanto se aproximava de Kristin na qual se sentava na cama e era cumprimentada com um suave beijo em seus lábios. Kristin ficou meio sem ação e tocou os lábios com a ponta dos dedos, o calor da boca dele ainda era o mesmo, mas aquilo não poderia ser real.

- Paiiiii, não vem falar assim de mim não já que isso eu herdei de vocês. É hereditário. - Kristin e Antonin se encararam e um sorriso brotou nos lábios de ambos enquanto Luiza saia de cima da cama e ia em direção ao guarda roupa de madeira no canto do quarto. – Mãe, vai levantando que o dia de hoje vai ser especial, já que hoje é...

- LUIZA – Antonin aumentou seu tom de voz, assustando tanto Luiza como Kristin.

- Desculpa pai, mas falando sério faz a dona Kristin se levantar se não nem vai dar tempo. – Luiza por sua vez, ao abrir as portas do guarda roupa procurou por um vestido verde não muito curto na qual sua mãe usava poucas vezes, mas que lhe caia muito bem e também agradava a Dolohov.

- Meu amor, não se levante ainda. – Comentou enquanto saia de perto da garota e tomava rumo à porta, saindo da vista de Kristin e deixando-a curiosa com o que viria a seguir.

Não tendo nem a mínima chance de perguntar alguma coisa a Luiza, Dolohov não se demorou a voltar e trazendo assim uma bandeja na qual continha o café da manhã de Kristin, junto de uma rosa e um pequeno bilhete na qual dizia: “Te amo!” Assim que a garota olhou para o bilhete, não conseguiu segurar o sorriso que aparecia em seus lábios e olhar para Dolohov que a observava.

- Tome seu café e depois se troque e me encontre lá embaixo, pois tenho algo para ti. - Dizendo isso Dolohov deixou a bandeja sobre a cama próxima à garota e não se demorando a sair, deixou que mãe e filha ficassem a sós.

- Luiza, o que esta acontecendo? – Kristin queria uma explicação da filha enquanto olhava para a bandeja e não sentia nem um pingo de fome já que sua curiosidade crescia diante do silencio da filha. – Luiza, ou você fala ou eu vou te azarar.

- Mãe, para que o papai já fez ameaça pior então se não vai comer se troca e desce rápido, pois todo tempo do mundo hoje é valioso.

Kristin ficou por um segundo abismada como Luiza estava a tratando e por outro balançou levemente a cabeça negativamente e sorriu, pois até quando a garota estava séria lembrava Dolohov. Luiza ao separar o vestido e um sapato de salto preto deixou sua mãe sozinha.

Levantando-se calmamente, Kiki aproximou-se do guarda roupa onde tinha o vestido já separado e pendurado o pegou com cuidado e sorriu ao sentir o cetim em sua mão. Aquele tecido era típico gosto do Comensal. Apressando-se em sua higiene matinal para descobrir o que acontecia naquele dia, Kiki rapidamente se trocou e segurando-se para não parecer muito ansiosa e curiosa saiu do quarto tomando rumo em um dos corredores da mansão.

Para a surpresa de Kristin, o corredor na qual caminhava não era escuro como parecia lembrar, ao contrario, era completamente iluminado e nas paredes fotografias onde ela, Dolohov e Luiza sorriam e pareciam se divertir alegremente em vários lugares.

Ao se aproximar das escadas na qual davam para a parte de baixo da casa, Kiki ao começar a descer e olhar para abaixo se deparou com Luiza completamente arrumada trajando também um vestido escuro e ao seu lado Dolohov, na qual trajava suas vestes escuras na qual realmente usava apenas para ocasiões especiais.

- Meu amor, deve estar se perguntando o porquê estamos vestidos assim logo cedo, mas é por uma boa causa. Primeiramente... - Antonin ao se calar esperou que Kristin terminasse de descer a escadaria e se aproximar para que continuasse a falar. -... Eu sei que não sou a melhor pessoa a ser romântico neste mundo e no fundo meu lado Comensal ainda me condena pelo fato de tentar, mas hoje eu não poderia deixar que isso passasse em vão. - Levando uma das mãos para dentro de seu smoking enquanto falava Dolohov não se demorou a retirar uma caixinha de veludo de um bolso falso e assim abri-la diante de Kristin. - É meu amor, minha e única auror que um dia vai conseguir mudar um Comensal , hoje comemoramos mais um ano de casamento e mesmo eu sabendo que você não gosta de coisas exageradas, não pude deixar de comprar um presente. - Dentro da caixa, Kristin pode ver uma corrente de elos de ouro branco com um pingente em forma de estrela cadente e a estrela era feita de esmeralda muito pura, quase transparente.

Kristin não sabia ao certo o que realmente acontecia. Queria acreditar que finalmente estavam bem, mas sua intuição a alertava de algo que ela mesma não sabia como explicar, se precisasse. Tantas perguntas percorriam sua mente como: “Mais um ano de casamento”? ou então “Desde quando eu me casei com ele?” Encontrava-se tão confusa e ao mesmo tempo tão sonhadora que queria mesmo que tudo fosse real. Sorrindo para ele, Kristin com ambas as mãos começou a juntar os fios de cabelo enquanto Dolohov por fim retirava a corrente da caixa e entregava-a a Luiza. Virando-se de costas ao rapaz, Kiki levantou levemente os cabelos a fim de que Dolohov assim conseguisse colocar a corrente, e foi o que fez. Gentilmente e suavemente ele colocou o colar no pescoço dela. Quando a mão do Comensal chegou perto de seu rosto ela pode sentir o perfume forte e marcante que ele sempre usava. Quando ele deixou o colar cair sobre seu pescoço ela sentiu um leve arrepio por causa da temperatura da corrente, estava gelada. Ao ter a corrente em seu pescoço, Kiki virou-se enquanto soltava os cabelos. Passou ambos os braços em volta do pescoço dele, olhando fundo em seus olhos enquanto ele a segurava pela cintura. Sentia a respiração tranqüila dele, sonhava com aquele momento quase todos os dias, junto dele novamente, aquele abraço firme e quente, o perfume sedutor e os beijos que se perderam no tempo.

Ela sentiu ele se aproximando dela, a respiração dele começou a tocar o seu rosto, ar quente, de desejo, se aquilo não fosse real ela não sabia o que era. Ela fechou os olhos e começou a se aproximar dele.

- Acorde... – ouviu-se um sussurro.

Ela abriu novamente os olhos e viu a face de Dolohov a dois dedos da sua. Os olhos verdes, profundamente verdes olhando fixamente para ela, aqueles olhos, sedutores e marcantes, ela fechou os olhos novamente.

- Acorde, eu já disse... – dessa vez a voz foi mais intensa em sua mente.

Ela abriu os olhos no exato momento em que os lábios dele tocaram os seus, fechando novamente os olhos e beijando-o fervorosamente até...

- ACORDEEEEEEE... – dessa vez o grito em sua mente foi tão intenso que a fez despertar de um transe que era o beijo dele.

Desta vez ela abriu os olhos assustada e olhou para ele que parecia não entender nada e Luiza que dava risadinhas atrás deles.

- Que voz foi essa? – perguntou ela seriamente.

- Meu amor, acho que você está cansada, porque não voltamos pra cama e dormimos um pouco mais, eu disse a Luiza que não te acordasse agora.

- A não pai, nem vem, nós estamos planejando aquilo a um mês! – falou a menina inconformada.

Luiza parecia não entender, ou não queria entender. Ela não havia conseguido encontrar a sua varinha, mas sabia que aquilo era algum feitiço alucinógeno e sabia que iria precisar de uma varinha para quebrá-lo.

Kristin fingiu está cansada, sorriu para Dolohov e abraçou-o, ele nunca andava sem varinha, isso era fato. Abraçada a ele, colocou a mão por dentro do smoking, sabia onde estaria a varinha dele.

- Acho que preciso ir ao banheiro novamente lavar o meu rosto. – disse ela de afastando calmamente e num movimento ágil passou a mão por dentro do bolso falso de seu smoking pegando a sua varinha e subindo quatro degraus rapidamente, apontando a varinha para o peito do Comensal.

- O que é isso Kristin? – disse ele ferozmente. – Resolveu revelar o seu disfarce agora não é auror? – disse secamente para ela.

- Pare de dizer bobeiras Dolohov, diga o que você fez comigo, você sabe muito bem que há dezoito anos nós brigamos e feio por causa da sua sede de poder e por causa... – ela não conseguiu dizer o resto da frase, apenas olhou para Luiza...

- Você está louca Kristin, nós conversamos sobre aquilo e naquela mesma noite você me disse que estava grávida, me fazendo mudar de idéia e ter uma vida mais tranqüila. O que está acontecendo, não se lembra? – disse ele com a voz lamentosa.

- Não, não é verdade, você foi embora, entrou naquele beco virando as costas pra mim e aparatou sem me deixar terminar de me explicar, você estava cego de poder Antonin, cego... - Kristin não estava entendendo mais nada, sabia que ele havia aparatado, sabia que ele tinha ido embora e tinha a deixado ali, sozinha naquele beco, naquele dia chuvoso, chorando. Lagrimas começaram a descer pela face dela. O choro veio e nesse momento ela viu Dolohov dar um passo a frente, pronto para um bote.

- Fique onde está Comensal imundo. – falou ela rispidamente passando o dorso da mão bruscamente na face, como se quisesse arrancar as lagrimas dali. – Vamos ver se isso é real ou não, se for real quero que me perdoe meu amor, mas se não for eu não posso ficar presa aqui para sempre.

- O que quer dizer Kristin. – perguntou o Comensal com um tanto de preocupação na voz, mas Kristin não respondeu e apenas uma palavra saiu de seus lábios.

- Sectumsempra!- o golpe atingiu o Comensal em cheio no peito e este caiu para trás todo ensangüentado...

- ACORDE AGORA!

Kristin olhou novamente a sua volta e a cena pareceu se despedaçar, a escada sob seus pés pareceu sumir e tudo voltou a ficar preto.

O som de gotas caindo em uma poça. O vento frio soprando sobre sua cabeça, que doía e tudo parecia girar. Kristin abriu os olhos e as imagens foram clareando lentamente, mas clareando para tons de verde. Abriu abruptamente os olhos e procurou desesperada a varinha, que estava a poucos centímetros dela, pegando-a ficou de pé.

A sala que ela estava era um quadrado de não mais de seis metros quadrados. Totalmente fechada, sem portas, sem janelas e sem teto a vista, parecia ser muito alta. Toda sala tinha um tom verde claro, pois quatro archotes, um em cada canto da sala a iluminava. Com a varinha apontada para frente ela girou 360 graus, mas todos os lados pareciam iguais, mas de onde vinha aquele vento frio.

Kristin lançou um feitiço para o teto, será que o chão havia aberto e ela tinha caído para alguma sala secreta que ela não conhecia, afinal, o Comensal era cheio de segredos. O feitiço voou longe e pareceu não chegar a lugar nenhuma, perdendo a força e se desfazendo no ar. Caminhou pela sala averiguando as paredes mais de perto, até que uma delas lhe chamou mais atenção, a parede de onde vinha o vento.

Não havia reparado, mas aquela parede não era uma simples parede, era vidro, ou melhor, um espelho, mas seu reflexo não aparecia ali. Ficou meio receosa em lançar algum feitiço no espelho, mas pior à situação não podia ficar, afastou-se, mirou a varinha e lançou um feitiço simples. Nada aconteceu. O feitiço, quando tocou o espelho, simplesmente foi engolido pelo mesmo. Lançou alguns feitiços mais fortes, mas com todos aconteceu a mesma coisa, até que um deles fez o espelho balançar, como se tivesse jogado uma pedra num lago, criando ondas do centro para as extremidades e bem ao fundo surgiu uma figura.

Uma leve luz azul começou a emanar do espelho e no fundo surgiu uma grande figura sentada num grande trono negro com adornos dourados. O homem usava uma armadura medieval completa, prateada reluzente com detalhes azuis. A sala a qual o homem estava era fidedignamente igual a dela, o que a fez olhar para trás em vários momentos para ter certeza dele não está ali atrás de si.

Ele parece olhar fixamente para ela, sem se mexer, a não ser por sua respiração que é terna e suave.

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Lorelai Bouvié Tissou
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