Hogwarts Revelium
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15 de Outubro
sexta-feira
a temperatura agradável permite que os habitantes de Hogwarts andem com roupas leves. Durante o dia o céu é claro e bonito, fazendo com que os jardins fiquem lotados por alunos em busca de um banho de sol. A noite o céu é estrelado e há um grande movimento de alunos em direção a Hogsmeade por causa de uma festa que o diretor permitiu a presença destes.
AÇÕES:
- aula de aritmancia para o 7° ano
- aula de poções para o 6° ano
- festa no Pub MixysBars, em Hogsmeade




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Mensagem por Stephan Monaghan Sex Set 24, 2010 6:52 am

Tratava-se de uma simples visita a biblioteca. Stephen não gostava da idéia de estar visitando aquela parte do castelo logo no primeiro dia completo que passaria em Hogwarts, mas com o seu penúltimo ano de ensino começando, o garoto havia decidido que faria todo o possível para obter o maior destaque possível na disciplina que melhor dominava dentre todas as ensinadas na escola: Poções. A visibilidade que um desempenho fora de série lhe traria, bem como a nota máxima que pretendia tirar quando chegassem os seus NIEM's, lhe garantiriam o que almejava ter quando terminasse a escola: status e uma carreira que fosse a mais promissora possível.

Aquela era a exata razão para que Seph estivesse estudando em uma época tão precoce no calendário letivo. Seu desempenho já era ótimo nas aulas de poções, mas para almejar ser o absoluto melhor aluno da matéria, ele precisava de muito mais. O mínimo que poderia fazer era tentar começar o ano com alguma vantagem, um passo adiante de seus concorrentes. A biblioteca se tornava, então, o ponto de partida perfeito. Por isso, lá estava Seph, atravessando os corredores por entre as prateleiras de livro, na procura de uma estante onde estariam os livros que mais lhe interessariam na sua tentativa de adiantar o aprendizado e parecer sempre bem informado durante as aulas.

Entretanto, na mente ardilosa do rapaz, a necessidade de estudar não excluía de todo as possibilidades de experimentar alguma diversão. Na mochila que trazia nas costas, propositalmente fechada de forma incompleta, Stephan trazia um livro de poções que era sua propriedade particular. Na capa lia-se "Noções Avançadas em Misturas Perigosas - Por Michelle Nightshade". O livro tratava, como indicava o seu título, de poções e venenos potencialmente letais e de difícil manuseio e detecção. Seph podia imaginar o que passaria pela cabeça dos alunos que o vissem caminhando em posse de um manual daquela natureza. Os boatos davam conta de que Seph era o assassino de um outro jovem aluno, em um evento trágico consumado com veneno alguns anos antes. Fatalmente, a posse daquele livro alimentaria mais ainda a imaginação dos outros alunos, causando um misto de admiração e temor que era exatamente o efeito que o garoto sonserino esperava gerar em seus pares.

O que os seus colegas não saberiam, no entanto, é que o livro era "falso". Stephan jamais havia lido o guia escrito pela Sra. Nightshade. Conhecia apenas o visual da capa do livro, que havia usado em seu feitiço de transfiguração. De forma que, tirando a capa, todas as outras folhas do livro eram páginas do muitíssimo mais simplório "Herbologia Intermediária - Por Cid Seed-Sprawler", livro que era presença comum nos malões dos alunos de Hogwarts a partir do quarto ano. Além disso, um aspecto mais engenhoso da transfiguração garantiria que Seph não se envolvesse em problemas: qualquer pessoa com mais de 20 anos de idade não seria afetada pelos efeitos daquele feitiço, e veria o livro pelo que ele realmente era, garantindo que professores não ficariam com a impressão perturbadora que ele pretendia provocar unicamente nos outros alunos.

Com tudo aquilo em mente, Seph caminhavam sem nenhuma pressa dentro da biblioteca, satisfeito em exibir o livro mal guardado na mochila para tantas pessoas quanto fosse possível. Alternava sorriso maliciosos com expressões de uma seriedade sombria, na tentativa de engrandecer a sua farsa. E sentia-se ansioso para saber se novos fatos sobre ele seriam cochicados pelos corredores do castelo nos dias que seguiriam.



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Mensagem por Evelyn Salt Sex Set 24, 2010 9:59 pm

* I am selfish,I am wrong
I am right, I swear I'm right... *
Se existe um lugar que eu aprendi a gostar com o tempo, ele chama-se biblioteca. Ficar entre quatro paredes nunca me agradou, chegava até a me deixar mal humorada quando entrei em Hogwarts. Mas o tempo passou e eu fui obrigada a me adaptar. Claro que a área externa da escola ainda é minha parte favorita, mas a biblioteca também tem suas vantagens. Número 1: O silêncio é quase completo. Número 2: Vez ou outra você encontra um livro interessante para passar o tempo. Número 3: Bom, não existe número 3, as qualidades resumem-se as que foram citadas anteriormente, mas elas já foram o suficiente para fazer com que eu fosse para o aposento no primeiro dia livre que eu tinha em Hogwarts após a volta às aulas.

Eu estava sentada perto de uma janela, sozinha. Em minhas mãos havia um baralho de cartas e eu embaralhava-as de forma distraída, enquanto olhava para as prateleiras procurando algum título de livro que me atraísse. Feitiços, Transfiguração, Defesa Contra as Artes das Trevas. "Não, não e não." Fiz uma careta ao fitar um livro grosso e de capa vermelha, em que lia-se em letras garrafais: História da Magia. Eu sou assim: nunca sei o que quero, mas sei exatamente o que não quero e isso acabou fazendo com que eu descartasse todos os livros em que bati os olhos. Sendo assim, restavam-me apenas as cartas.

Não era um baralho trouxa comum, é daqueles em que as melhores ciganas juram descobrir seu futuro inteiro. Não que eu acreditasse nessa bobagem toda, afinal esse era um dos truques que eu costumava usar para ganhar dinheiro quando vivia entre os trouxas. E todas as pessoas inteligentes sabem que a pior coisa que pode acontecer a você é acreditar em suas próprias mentiras. Balancei a cabeça, um pouco confusa em meio a meus próprios pensamentos e sorri. Acreditando ou não, eu costumava me divertir descobrindo o que o destino reservava para mim e me divertia ainda mais quando, 100% das vezes, a previsão não se concretizava.

Virei três cartas, escolhidas aleatoriamente. O resultado foi o seguinte: novidade, descoberta e amor. Larguei o restante do baralho sobre a mesa e tirei o anel de meu dedo polegar. Enquanto concentrava-me nas cartas, comecei a passá-lo por entre meus dedos, era uma espécie de mania. Havia um grande impasse nessas previsões... Sempre existem milhares de formas de interpretar as cartas. Novidade, descoberta e amor, por exemplo, poderiam significar diversas coisas diferentes. Então dei risada, a conclusão óbvia e provavelmente errada como qualquer outra previsão, surgira clara como água em minha mente. "É hoje que vou encontrar meu príncipe encantado", pensei de forma irônica, achando graça.

Voltei a colocar as três cartas escolhidas junto ao baralho e guardei-o em minha mochila. Ficar sozinha era bom, mas agora começava a ser entediante. "Se pelo menos eu tivesse alguma coisa que prestasse para ler..." Olhei ao redor,mesmo sabendo que nenhum livro legal se materializaria do nada. Contrariando todas minhas expectativas, dei de cara com um título muito atraente: Noções Avançadas em Misturas Perigosas - Por Michelle Nightshade. Finalmente eu encontrara o que estava procurando.

Havia apenas um pequeno detalhe: o tal livro não estava em uma das prateleiras e sim na mochila de um garoto qualquer da Sonserina. De costas, todos eram iguais. Esse, por exemplo, não devia passar de um arrogante que achava que podia por medo em qualquer um só porque carregava um livro desses na mochila. Dei de ombros, tanto fazia quem ele era ou o que pretendia carregando algo com esse conteúdo. A única coisa que importava é que eu queria ler aquele livro.

Coloquei meu anel novamente no dedo polegar e levantei-me, arrumando as madeixas. Tudo aconteceria rápido o suficiente para ele não perceber o "empréstimo". Sim, era uma espécie de empréstimo, porque eu daria um jeito de devolver o livro ao dono depois. Já estava acostumada aquele tipo de coisa e só dera errado uma única vez, quando eu tentei roubar Summer. Mas sonserinos sempre costumam ser os mais fáceis. São tão prepotentes que não esperam que alguém tenha coragem de mexer com eles. Sorte a minha, azar o deles...

O método era simples. Caminhei na direção do garoto, mas olhando para os lados, fingindo estar completamente distraída com a imensidão de livros. Antes que o garoto pudesse mudar sua posição, dei um passo para o lado, como se quisesse alcançar um dos livros na prateleira, e acabei jogando meu corpo contra o dele. Aparentemente, um simples esbarrão, mas eu já deslizava minha mão para a parte aberta da mochila dele e buscava o livro ali dentro. Em seguida, só restaria a parte a mais fácil: sair andando sem que ele sequer se desse conta de que fora roubado. Mas eu pude sentir que algo estava errado, ele acompanhava meus movimentos e, pegando-me completamente desprevinida, a mão dele já estava segurando meu pulso. Ele havia sido mais rápido que eu. Revirei os olhos e não pude conter o palavrão:
- Filho da mãe...

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Mensagem por Stephan Monaghan Sáb Set 25, 2010 8:01 pm

O choque entre duas pessoas mal incencionadas sempre teria consequências imprevisíveis. Era fácil, como Stephan já sabia muito bem, submeter pessoas inocentes e despreparadas a uma boa dose de maldades. Foi assim que ele marcou para sempre a vida de sua ex-namorada Nicolle, por exemplo. As pessoas, em geral, simplesmente não acordavam pela manhã imaginando que naquele dia encontrariam um malicioso vilão que estaria pronto para aniquilar com algum aspecto de suas vidas. A grande maioria esperava dias comuns, e não estava preparada para encarar o "mal". Por essa razão Stephan acreditava que os crimes compensavam.

Tudo isso mudava quando em um determinado encontro não havia nenhum cordeiro, mas apenas lobos. Tudo poderia acontecer. Um ladrão não poderia esperar que sua distraída vítima, portando um objeto mal guardado e exposto ao criminoso, estava na realidade plenamente ciente da atração que sua condição poderia atrair. Que a vítima era, na realidade, alguém que estava aplicando o seu próprio "golpe", com a intenção de intimidar aqueles por quem passava.

A primeira coisa que Seph sentiu ao notar a presença de alguém que esbarrava nele foi o atraente perfume feminino. Aquilo lhe causou certa desvantagem, mas de não mais de um segundo. Mal foi capaz de ver o rosto da menina antes que ela se virasse com a intenção de continuar o seu caminho. Raciocinando rapidamente, Stephan permitiu-se apenas mais um instante de hesitação para condenar mentalmente a falta de educação da garota, que havia lhe dado um encontrão e saía sem nem ao menos pedir desculpas. Imediatamente depois, uma de suas mãos já alcançava a parte de trás da mochila, consciente de que o seu livro transfigurado estava mal guardado e poderia estar prestes a cair. Sua mão encontrou apenas o vazio. Ele usou a outra, que fechou em torno do pulso da menina que tentava escapar.

- Vou ter que pedir que você fique por mais alguns instantes. - ele falou, sem alterar a voz. Puxou a menina pelo braço, de forma firme que lhe fizesse virar o corpo para ele, mas procurando controlar o movimento para garantir que ela não se machucasse. A mão que não havia encontrado o livro na mochila agora já tinha um novo uso. Havia puxado a varinha presa junto a cintura de Seph. Quando estava de frente para a garota, o sonserino deu um passo na direção dela de forma a ficarem com os corpos bem próximos, e encostou a ponta da varinha no abdômen da ladra. O flagrante estava completo, Seph já podia ver o livro em uma das mãos dela.

- O conteúdo desse livro não vai oferecer nenhuma leitura agradável para você. - falou novamente, com um sorriso malicioso no rosto. Soltou o pulso da garota e com aquela mão tirou dela o livro. Não esperava por nenhuma grande reação dela, agora que tinha uma varinha apontada para o seu corpo. Levantou o livro e o colocou próximo do rosto dela. - Mas quanto a mim... eu já o li por inteiro. Uma das misturas mais simples desse livro já seria capaz de paralisar o seu corpo por inteiro, até que um antídoto fosse administrado. - continuou, como que explicando, mas em um tom ameaçador. - Imagine o que alguém poderia fazer com você se não pudesse mover um dedo para se defender. - Stephan moveu a mão que apontava a varinha, fazendo com que ela se deslocasse alguns centímetros pelo tecido que cobria a barriga da menina, numa espécia macabra de "carinho".

- Você me roubou, e ainda me ofendeu. - voltou a falar, não deixando de notar a expressão mal-criada que ela lhe havia dirigido depois de ser pega. Também já tinha identificado a menina como uma aluna da Grifinória.- Sua casa é a escória de Hogwarts, mas de onde eu venho nós somos muito bem educados. E também mais generosos do que a nossa fama faz crer. Por isso eu vou te dar a oportunidade de me dizer seu nome, explicar porque pegou o meu livro, e então pedir desculpas. - com isso o garoto empurrou a varinha contra o abdômem da ladra capturada, em uma leve, mas ameaçadora, estocada. Seu sorriso abriu-se de uma vez, revelando ainda mais maldade. - Eu sugiro que você esqueça por um momento que é grifinória e imagine que está na lufa-lufa. Seja bem humilde, e não tente nada corajoso.






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Mensagem por Evelyn Salt Dom Set 26, 2010 6:11 pm

* We're crashing
Into the unknown... *


- Vou ter que pedir que você fique por mais alguns instantes.
E não é que o tal sonserino prepotente era bem bonitão? Meu rosto lembrava o de uma criança pronta para ser mal-criada com os pais, mas não havia remorso algum por ter sido pega em flagrante.
Antes que eu tivesse tempo de reagir, o corpo do garoto já me prensava contra uma das diversas estantes daquela biblioteca. Tentei ainda desvencilhar-me da pressão que ele fazia em meu pulso, mas foi inútil. Ele já sacara a varinha e apontava-a para minha barriga. Sem poder, a príncipio, reagir, eu resolvera entrar na brincadeira. Lancei um sorrisinho malicioso para o sonserino e disse balançando a cabeça em sinal de negação:
- Você não é o primeiro a me pedir isso bonitão, mas é com certeza o mais insistente...
Olhei de maneira significativa para a varinha que ele segurava em minha direção, como se insinuasse de maneira irônica que ele poderia utilizar métodos mais sutis para ter um tempo livre comigo.

Sem o menor senso de humor, o garoto continuou:
- O conteúdo desse livro não vai oferecer nenhuma leitura agradável para você.
Revirei os olhos, duvidando muito, mas o olhar do garoto prendeu o meu por alguns instantes. Podia ser um grosso metido a espertinho, mas eu não podia negar que era extremamente atraente. Um movimento repentino fez com que eu voltasse a realidade. Ele soltava meu pulso e retirava o livro de minhas mãos. Fuzilei-o com os olhos, mas não havia nada que eu pudesse fazer, por enquanto:
- Mas quanto a mim... - só faltou esfregar o livro em meu rosto, de tão próximo que o garoto o colocou, frente a meu nariz - eu já o li por inteiro. Uma das misturas mais simples desse livro já seria capaz de paralisar o seu corpo por inteiro, até que um antídoto fosse administrado. - ergui as sobrancelhas, tentando entender onde ele queria chegar com tudo isso. Mas a resposta veio logo em seguida: - Imagine o que alguém poderia fazer com você se não pudesse mover um dedo para se defender.
Um arrepio perspassou minha coluna quando ele passou a varinha por minha blusa, em uma carícia um tanto atrevida e maldosa. Tentando fugir daquele contato, tudo o que consegui foi perceber ainda mais o quanto estava encurralada contra aquela prateleira. Sem poder escapar, disse em tom de ameaça:
- Se você fizer isso de novo, eu quebro a sua cara.
Duvidava bastante que tivesse força ou tempo para fazer um estrago muito grande, mas pelo menos um soco bem dado para quebrar o nariz, o garoto receberia. Isso era uma promessa.

Ele continuou, enquanto eu ainda estava um pouco absorta tentando lembrar de onde o conhecia. Só agora passava por minha cabeça que aquele rosto era familiar:
- Você me roubou, e ainda me ofendeu.
Fiz cara de:
"Sério? Dane-se..." Ele prosseguiu dizendo que a Grifinória era a escória de Hogwarts e eu sorri com a palavra, perdendo alguns segundos preciosos em que poderia pensar em como desvencilhar-me do garoto, imaginando o que ele diria se soubesse minha origem. Enquanto ele dizia umas bobagens sobre pedir desculpas e sobre eu fingir ser uma lufana, lembrei de onde conhecia aquele rosto. Ele já havia aparecido diversas vezes nos jornais que Ryan Purple espalhava por Hogwarts. Ele cutucou novamente minha barriga com a varinha e como aquilo não fora uma carícia, não havia motivos para dar-lhe um soco. Então comecei, respirando fundo:

- Nem que eu quisesse eu conseguiria ser tão inocente quanto um lufano. Mas, já que você quer mesmo saber, meu nome é Evelyn Salt, ou só Evy mesmo. - Por mais que ele estivesse longe de ser amigável, foi instintivo dizer meu apelido. Prossegui: - E você, pelo que eu sei, é o criminoso de Hogwarts...
Dei uma risadinha de deboche e uma ideia útil passou por minha cabeça. Aproximei-me um pouco mais dele e, Merlin que me perdoasse depois, mas era o único modo que eu pensara:
- O livro pareceu ser interessante, fiquei curiosa e por isso tentei pegá-lo. Mas por que não deixamos essa bobagem toda de lado por alguns instantes?
Era agora ou nunca. Minha única chance. Sem pensar duas vezes, colei meus lábios contra os dele, pegando-o completamente desprevinido e, admito que o beijei por mais tempo do que necessário, mas quando ele separou nossos corpos, eu já estava com a varinha sacada, cutucando propositalmente a barriga dele também:
- E agora imagino que seja a sua vez de se apresentar, bonitão.
Meu coração ainda estava acelerado por causa do beijo forçado e uma parte de mim exigia "bis", mas controlei todos meus instintos e abri um sorriso presunçoso. Agora estávamos em uma situação mais parecida e, aliás, eu sempre fora a favor da igualdade.

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Mensagem por Stephan Monaghan Ter Set 28, 2010 1:55 am

O humor de Stephen oscilava, inicialmente para pior, no mesmo ritmo em que os acontecimentos naquela biblioteca passavam a fluir em direções diferentes. De uma forma talvez surpreendente, Seph estava verdadeiramente satisfeito em ter sido roubado. Isso porque havia se saído muito bem, num primeiro momento, em impedir que o furto se concretizasse e capturar a ladra, numa situação em que, até então, ele parecia estar dominando completamente. E Seph gostava de estar no controle. Sempre havia sido assim.

E tudo parecia estar indo muito bem. Prendendo o braço da menina e sacando rapidamente a varinha Stephan sentia que poderia continuar ditando os próximos passos sem grandes dificuldades. Mas surgiu um problema. A ladra capturada não estava reagindo da forma esperada. Na realidade, ela estava agindo de uma forma diametralmente oposta àquela que Seph poderia prever. A garota estava achando graça da situação (e possivelmente dele, também), e não dava amostras de estar sentindo-se intimidada.

Paralelamente, Seph havia se dado conta de que a menina era impressionantemente bonita. Por sinal, tendo notado isso apenas depois de identificar que era uma grifinória, fez Seph admitir mentalmente que os dogmas sonserinos estavam mesmo absolutamente impregnados na sua maneira de pensar. De qualquer modo, a aparência dela só o deixava ainda mais irritado e frustrado, por perceber que já não estava comandando totalmente o cenário.

Por mais que se mostrasse segura e até mesmo descontraída, a menina não deixou de mostrar certo incômodo por estar sendo coagida, ou até minimamente agredida. Mas, mesmo a isso reagiu com uma ameaça, um tanto vazia na opinião de Stephen. - Melhor que seu punho seja mais rápido que a minha língua. Ou então você vai voar até o outro lado do corredor. - respondeu, também ameaçando e tentando deixar (ainda mais) óbvio que ela tinha uma arma apontada para o seu estômago.

As coisas continuaram se tornando ainda mais inacreditáveis para Seph, quando logo depois de dizer seu nome e apelido, Evy continuou a falar e teve o desplante de zombar justamente da reputação de Seph (baseada em boatos e especulações) como um assassino. Era como atacar um ponto fraco. Ele esperava que as pessoas tivessem respeito e/ou medo dele em razão daquela fama. Não que fizessem piadas!

Ele iria responder, com mais ameaças, possíveis ofensas e talvez um feitiço desagradável. Mas Evy simplesmente continuou a falar, e já não estava tão claro o que ela pretendia fazer, até que se lançou na direção de Seph. Incrivelmente, ela realmente tinha percebido que a língua era mais rápida do que os punhos. Mas não da forma que Seph tinha imaginado. Como não esperava ser beijado ( e também porque aquilo tinha um certo efeito paralisante, especialmente por ela ser tão extremamente bonita), Seph também não poderia esperar que logo a seguir a disputa estaria empatada, com uma varinha também sendo apontada na direção do seu corpo.

- Ok, eu vou admitir duas coisas: isso foi esperto, bem mais do que roubar de mim. - fatalmente a menina já sabia disso, pelo sorriso pretensioso que agora exibia. - E você beija melhor do que rouba. Vamos esperar que não seja excesso de prática. Mas vou te dar o benefício da dúvida. Talvez você seja só talentosa. - Provavelmente Evy perceberia que ele quase a havia chamado de vadia, mas com sorte não levaria aquilo tão a sério a ponto de iniciar um duelo. Já que agora era impossível saber quem seria o primeiro a voar pelos corredores em caso de violência.

- Eu sou Stephan Monaghan. Seph, já que sou justo e você também me disse seu apelido. Acho que você já sabe um pouco do meu histórico, pelo que disse agora a pouco. - continuou, fazendo a sua "parte" e concordando em se apresentar. Mas ele queria fazer mais do que isso. - Agora, esperando que você não vá cometer mais nenhum crime contra mim - e sim, eu estou deixando claro que não sou o único criminoso de Hogwarts, eu vou desviar a minha varinha para te mostrar uma coisa. - concluiu, falando um pouco apressado.

Aproximando as duas mãos, Seph tocou a capa do livro com a varinha, e proferiu o comando necessário para desfazer o feitiço de transfiguração que afetava a capa. - Agora você pode ficar com o livro se quiser, mas tenho certeza que você já deve ter um desses. - falou, estendendo o livro para ela e mostrando que aquele era um manual comum que a maioria dos alunos possuía. - Você viu? Mostrar isso para você é honesto. E sabe o que não é honesto? Roubar pessoas e dar um beijo apenas para levar vantagem!

Era provável que Seph estivesse agindo como um garoto mimado mas, por Merlin, era exatamente assim que ele era. E, o que ele pretendia era o que lhe restava, tentar abordar a situação por um caminho diferente. Intimidação não funcionou com a menina, então ele tentaria fazê-la sentir-se culpada.
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Mensagem por Evelyn Salt Qui Set 30, 2010 12:39 am

* Some days I'm a super bitch
Up to my own tricks
but it won't last forever... *


Minha primeira reação foi ficar frustada. Como assim aquele sonserino metido e mais charmoso do que eu gostaria de admitir em voz alta, fora mais rápido que eu? Levei alguns segundos para pensar em como sair daquela situação desigual e a resposta surgiu pronta em minha mente: um beijo. Não havia nada mais prático e eficaz e, de certo modo, era unir o útil ao agradável.

A reação dele foi a esperada. Pego desprevinido, ele acabou correspondendo ao beijo durante o rápido intervalo que o mesmo durou e, no momento seguinte, já estavamos novamente prontos pra briga, com a diferença de que agora eu tinha uma varinha empunhada também. Ele ainda parecia perplexo quando disse:
- Ok, eu vou admitir duas coisas: isso foi esperto, bem mais do que roubar de mim. - meu sorriso se alargou ainda mais, convencida dos pés a cabeça - E você beija melhor do que rouba. Vamos esperar que não seja excesso de prática. Mas vou te dar o benefício da dúvida. Talvez você seja só talentosa.
Então ele se achava muito espertinho, não é? Pois uma hora eu daria o troco, mas não agora. Apenas estreitei os olhos e ficaria ofendida se não estivesse tão irritada. Mas as palavras positivas dele sobre meu beijo ecoaram novamente em minha cabeça, fazendo com que a raiva desaparecesse com a mesma rapidez que surgira. Empinei o nariz e disse com um olhar incisivo:
- Eu sou talentosa em tudo que faço, bonitão. E quando eu digo tudo, é tudo mesmo.
Não levaria o sonserino para o mal caminho, deixaria que ele interpretasse a frase como quisesse. Mas do jeito que ele estava se mostrando, eu poderia apostar que ele inseriria alguns pensamentos pecaminosos nesse "tudo".

A conversa tomava rumos interessantes e eu fazia grande esforço para não demonstrar que estava gostando do que acontecia ali. Stephan Monaghan era o nome dele e, sim, imediatamente eu lembrei que era ele mesmo o tal criminoso de que costumavam falar pelos corredores. Seu apelido era Seph, mas não importava muito porque eu continuava preferindo chamá-lo de bonitão. Ele prosseguiu:
-Acho que você já sabe um pouco do meu histórico, pelo que disse agora a pouco.
Balancei a cabeça negativamente e disse de forma despreocupada:
- Não, eu não sei quem você é. Só sei quem os outros pensam que você é. - com a mão livre, arrumei uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e continuei: - O que é um julgamento muito limitado porque, por exemplo, nunca haviam me dito que você beijava tão bem. O que é um erro quase fatal, levando em conta que essa deve ser sua única qualidade.
Sorri de forma enviesada. Quem era a espertinha agora?

Ele queria me mostrar algo e avisou que abaixaria sua varinha, não sem antes me chamar de criminosa, claro.
Eu concordei com a cabeça e abaixei a minha também. Não estava em meus planos atacar alguém despreparado, podia ser tolice e ele bem que merecia, mas era contra minha natureza. Acompanhei os movimentos de Seph enquanto o mesmo tocava a capa do livro com a varinha. E finalmente entendi, era um livro transfigurado. Na verdade não passava de um exemplar de Herbologia Intermediária. Só voltei a olhar diretamente para o rosto do sonserino quando ele disse que eu poderia ficar com o livro se quisesse, mas concluiu que eu já deveria ter um desses. Cruzei os braços e disse em tom de brincadeira:
- Admito que esperava mais de você, bonitão. Herbologia? Sério mesmo?
Balancei as mãos em tom de desprezo, como se dissesse que aquele livro era um dos tantos que eu não queria para mim.

Ele voltou a dizer:
- Você viu? Mostrar isso para você é honesto. E sabe o que não é honesto? Roubar pessoas e dar um beijo apenas para levar vantagem!
Eu poderia simplesmente sair andando agora que já não havia mais nenhuma varinha apontada para minha barriga e também poderia simplesmente dizer que aquela estratégia de fazer com que eu me sentisse culpada não funcionaria, mas eu tinha outras ideias. Qual era o problema de me divertir mais um pouquinho?
- E quem disse que eu te beijei apenas para levar vantagem?
Segurei a gravata do garoto de forma sedutora e, sem dar tempo para ele reagir, puxei-o para perto. Tão perto que eu já sentia novamente o corpo dele me prensando contra a parede e nossas respirações se confundiam. Tão perto que nossas bocas estavam distantes apenas por insignificantes centímetros. Tão perto que quase esqueci que aquilo era uma brincadeira e beijei-o novamente. Mas então, sem aviso prévio, afastei-o de mim e disse como planejara inicialmente:
- Não se iluda, foi para levar vantagem mesmo.
Fiz uma pose orgulhosa, só para mostrar quem estava no controle ali. Mas por dentro eu tremia, incrédula. Algo naquele garoto fizera com que eu perdesse a razão e acreditasse de verdade que poderia beijá-lo novamente, mas dessa vez sem segundas intenções. Balancei a cabeça, fitando-o completamente confusa. Que bobagem! Ele continuava sendo o sonserino prepotente de minutos atrás!
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Mensagem por Stephan Monaghan Qui Set 30, 2010 11:45 pm

Havia pontos curiosos no comportamento daquela menina, na opinião de Stephan. Ela lhe parecia um pouco "safada", mas de uma forma que não expressava tanta malícia como a que ele já havia visto em outras garotas, especialmente da Sonserina. Evy parecia apenas agir de uma forma que lhe era natural e, portanto, era de certa forma inocente. Obviamente os pensamentos de Seph já estavam menos concentrados na questão do roubo. Já começava a pensar na melhor forma de se aproveitar das atitudes da garota. E, especialmente, em como fazê-lo sem comprometer seu status na Sonserina.

- Errado. Eu não diria que sou bom em tudo, porque não sou mentiroso. Ao contrário de certas pessoas, aparentemente. Mas eu tenho muitas outras qualidades. - respondeu, devolvendo impropérios. Evy tinha deixado um elogio se esconder no meio da sua provocação, mas de qualquer forma ele já tinha dito o mesmo sobre ela. Então estavam quites.

Mas as palavras dela, antes de começar a duvidar dele, eram interessantes. Ela não poderia saber - aliás não mesmo já que Seph era oclumente, mas havia falado sobre um assunto que, na visão de Seth, resultava em um verdadeiro dilema. O garoto costumava afirmar que não havia sentido em assumir ou negar o assassinato que lhe era atribuído. Isso porque as pessoas decidiriam por si próprias se acreditavam nele ou não. Portanto, se ele era um não um homicida dependia sim do que as pessoas pensavam. Que diferença faria ser inocente se todas as pessoas do mundo o considerassem culpado? Ou o contrário?

Então, no fim das contas, ele discordava dela. Mas era curioso que tivesse abordado aquele assunto. - O que as pessoas pensam de você é o que você é. - acabou dizendo, depois de pensar por um instante. Falava como se o fizesse para si próprio. - Se todos no castelo soubessem que você rouba, te apontassem e chamassem de ladra, e por isso passassem a vigiar muito bem seus pertences sempre que você se aproxima... sua vida seria um inferno. - continuou, voltando a jogar na cara o delito dela. Poderia não ter dito nada, aliás não fazia muito sentido discutir com ela comportamentos sociais, mas Seph também não fez esforço para segurar as palavras, e elas apenas escaparam.

- De qualquer modo não se preocupe. Não vou dizer nada a ninguém. Desde que você também não fale sobre a minha transfiguração, nem sobre... - o garoto foi interrompido quando Evy falou novamente, e se aproximou. Surpreso, ele a viu negar que o teria beijado apenas para levar vantagem. Franziu as sombrancelhas e imaginou por um instante que ela o beijaria novamente. Não aconteceu. Evy recuou e, maldosamente, confirmou que só havia usado o beijo como um artifício para escapar.

- Então você não vale nada! - Seph respondeu, de uma forma um pouco alterada apenas na primeira frase, mas procurando controlar-se para continuar logo depois. - Mas isso também não é um problema, porque eu também não presto. Pode perguntar pra minha ex-namorada Nicolle. Eu posso desgraçar a vida de garotinhas desavisadas em poucos instantes. - respondeu, fazendo-se de vilão propositalmente e esforçando-se para não demonstrar decepção com o que Evy havia confessado.

- E como eu ia dizendo até você voltar a me assediar, eu não quero que diga a ninguém sobre ter me beijado. Tenho um nome a zelar. - prosseguiu, consciente de que estava sendo nojento, mas sem nenhuma tentativa de evitar tal coisa. - Mas, isso não quer dizer que eu seja contra repetirmos esse episódio. Tem alguns armários de vassouras muito discretos pelos corredores, onde eu posso perfeitamente testar os seus muitos "talentos" sem que nenhum tipo de problema aconteça. - concluiu e olhou para ela como se aguardasse uma resposta para sua proposta absolutamente indecente.
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Mensagem por Evelyn Salt Sex Out 01, 2010 12:59 am

* Crossed lines
I shouldn't have crossed
I was lost, oh yeah... *


Ele admitia que não era bom em tudo e, de uma forma de certo modo sutil, me chamava de mentirosa. Não havia grande problema quanto a isso, talvez eu fosse mesmo, pelo menos quando me interessava. Aliás, quem era ele pra falar alguma coisa? Um sonserino? Ah, fala sério, só por ter sido escolhido para essa Casa já fica sem moral nenhuma...

Acho que só por força do hábito ou porque ele já estava começando a levar como hobbie implicar comigo, Seph resolveu discordar de meus pensamentos:
- O que as pessoas pensam de você é o que você é. Se todos no castelo soubessem que você rouba, te apontassem e chamassem de ladra, e por isso passassem a vigiar muito bem seus pertences sempre que você se aproxima... sua vida seria um inferno.
Poderia ser um pensamento sonserino, mas admito que tinha lógica. Entretanto, eu ainda tinha minha opinião fixa:
- Sim, minha vida seria mesmo um inferno, mas mesmo assim eu não seria apenas uma ladra. Ninguém é apenas uma coisa. - acabei sorrindo, começava a parecer que ele queria ser considerado um criminoso, o que não fazia lógica alguma - Você, por exemplo, pode ser o que eles dizem, mas não é isso.
Dei de ombros, ele estava mostrando-se um cabeça-dura e, como éramos dois, melhor deixar o assunto de lado.

O garoto voltara a falar, mas meus pensamentos já estavam distantes. Eu merecia um pouco mais de diversão! Puxei-o novamente para perto de mim e dando a entender que o beijaria e, no último segundo, recuei, mostrando que o beijara da primeira vez apenas para fugir da situação ruim em que estava. Claro que quase perdi minha meta no meio da "brincadeira" e o beijei de verdade, mas consgui me conter. Como todo homem ferido, ele respondeu de forma cruel:
- Então você não vale nada! - mordi meu lábio inferior, refletindo sobre o quanto eu conseguira deixá-lo bravo - Mas isso também não é um problema, porque eu também não presto. Pode perguntar pra minha ex-namorada Nicolle. Eu posso desgraçar a vida de garotinhas desavisadas em poucos instantes.
Senti um arrepio involuntário perspassar por meu corpo como se tivesse recebido uma descarga elétrica. E se ele realmente fosse o assassino que todos diziam? Pode parecer estranho, mas era a primeira vez que eu cogitava a hipótese dos rumores sobre ele serem verdade. Acabei concluindo meus pensamentos em voz alta:
- Nesse caso, somos dois estragados e é uma sorte eu não me enquadrar na categoria garotinhas desavisadas.
Eu havia anotado mentalmente o nome da garota: Nicolle. Não custava nada procurar saber sobre ela depois.

- E como eu ia dizendo até você voltar a me assediar, eu não quero que diga a ninguém sobre ter me beijado. Tenho um nome a zelar.
Não podia engolir tamanha ofensa calada. A irônia ácida transbordou por minha boca antes que eu pudesse contê-la:
- Ah, sim! Quase me esqueci da sua brilhante reputação. Sonserino, criminoso, destruidor de garotinhas desavisadas... É, realmente você tem um nome a zelar. - Revirei os olhos, não conseguindo acreditar que ele tinha mesmo dito aquilo. Mas concluí - Não vou falar nada sobre o que aconteceu aqui, seria perda de tempo.
Ele prosseguiu:
- Mas, isso não quer dizer que eu seja contra repetirmos esse episódio. Tem alguns armários de vassouras muito discretos pelos corredores, onde eu posso perfeitamente testar os seus muitos "talentos" sem que nenhum tipo de problema aconteça.
Aquilo fora a gota d`água! Armário de vassouras? Em corredores desertos? Quem ele pensava que eu era?
- Não é possível que você tenha pensado, nem que por cinco segundos, que eu iria aceitar uma proposta nojenta dessas. - eu já estava com o dedo indicador apontado para ele, furiosa - Você surtou, garoto!
E uma louca vontade de dar um tapa na cara dele surgia antagonica a uma outra vontade,: a de parar com aquela discussão e beijá-lo de novo. Congelada por aqueles dois desejos tão opostos eu continuava a fuzilá-lo com o olhar, com o dedo ainda apontado para ele. Incapaz de mover qualquer músculo.
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Mensagem por Stephan Monaghan Sáb Out 02, 2010 1:06 am

O dedo apontado na direção de Seph deixava claro: Evy estava brava, ofendida e na defensiva. Agora sim ele sentia-se mais próximo de conseguir os efeitos que pretendia quando capturou o braço dela e a ameaçou com a varinha. Isso era interessante, mas havia um problema: coisas haviam acontecido naquele meio-tempo, e agora as pretensões de Seph não eram mais exatamente iguais às de antes. Ele decidiu que alguma atitude precisava ser tomada, e que palavras não bastariam. O fato de que ela estava ainda mais bonita irritada colaborou para o que seguiu.

Seph aproximou-se dela e colocou as duas mãos em sua cintura. Teve cuidado apenas para não furar o próprio olho indo de encontro ao dedo em riste da menina, mas foi fácil desviar a cabeça. Esperando que ela não fosse resistir, conduziu a menina alguns passos para a direita, ainda com as mãos na cintura dela, e então girou o seu corpo junto com o dela ao alcançar a quina de uma das estantes, de forma que os dois não estivessem mais no corredor, às vistas de todos. E então a beijou, mas dessa vez sabendo o que estava acontecendo, e subiu as mãos que estavam na cintura para abraçar a garota com firmeza. O beijo não tinha nada a ver com manipulações ou fachadas forjadas, era autêntico. Seph não admitiria, mas estava beijando Evy com a mesma naturalidade e dedicação que um bom namorado beijaria a sua contraparte.

E então ele parou, e quase sem tomar novo fôlego emendou, como se a duração do beijo fosse o único termo a suspender um ataque ou uma nova reclamação da grifinória: - Ok, deixe-me refazer a frase. O que eu quero dizer é... você deve entender como as coisas funcionam, e que cada pessoa tem seu papel no mundo. O meu é me comportar como alguém que está no topo da sociedade e sabe disso. E obviamente não permitir que nada corrompa esse status. - parou por apenas um instante, respirou e então continuou. - Quando se é como eu existem certas expectativas... e por alguma razão idiota, quando você deixa claro que é alguém perigoso e capaz de matar, ou simplesmente espizinhar outras pessoas apenas porque você pode, te dão valor. De outro lado, se te veêm com alguém que não é exatamente muito aprovado pela sociedade, por mais que você queira estar com esta pessoa, então diminuem e contestam a sua posição. - Stephan estava dando uma explicação que ajudava a ele próprio a visualizar como estavam organizados os seus pensamentos. Exceto pelo fato de que, pensando bem, eles lhe pareciam uma enorme bagunça. - Eu não faço as regras. Mas eu as sigo. Pareço menos horrível agora?

Olhou para Evy com uma expressão de dúvida, mas ao mesmo tempo trazia um meio-sorriso. Estava curioso pela reação dela, ansioso até. Notou que não havia soltado a menina, apenas afrouxado o abraço, mas com seus braços ainda cruzados na base das costas dela. Por um momento seus dedos se abriram, mas voltou atrás e manteve o abraço, ao menos até que ela reclamasse ou se soltasse. Precisava deixar que ela falasse, mas daquela distância era difícil olhar para o seu rosto sem acabar partindo para um novo beijo. De qualquer modo, ele não era um poço de força de vontade mas precisa usar aquela que tinha.



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Mensagem por Evelyn Salt Qui Out 07, 2010 2:27 am

* Cause I don't need to change
This atmosphere we've made
If you can stay one more hour.
Can you stay one more hour?*


Nem que eu quisesse e passasse o dia inteiro tentando conseguiria explicar com palavras o que desenrolava-se ali naquela biblioteca. As estantes, os livros, as mesas, tudo parecia extremamente familiar e era estranho admitir que, ao mesmo tempo, tudo havia mudado. Podia ser apenas um pensamento estúpido, mas eu começava a acreditar que nem mesmo eu continuava a mesma.

A confirmação veio segundos depois. O sonserino aproximava-se de mim de uma forma, digamos assim, perigosa. Não porque fosse me machucar, na verdade seria até melhor que fosse isso. Mas a intenção dele, visível em seus olhos castanhos, era outra.
Suas mãos masculinas envolveram minha cintura e meu dedo indicador erguido segundos antes pela fúria, continuava na mesma posição. Não só por descuido, mas também porque o contato com o garoto fizera eu perder a capacidade de me mover, como um feitiço paralizante. Extremamente eficaz, devo dizer.

Resistência e bom senso eram termos que eu desconhecia naquele momento e, por mais que tudo aquilo estivesse beirando a insanidade, eu queria deixar que ele alcançasse seu objetivo.
Seph girou nossos corpos e agora estavamos na quina de uma estante, propositalmente longe do olhar de todos que pudessem passar por aquele aposento. Eu apenas o olhava, de forma profunda, tentando entender a confusão que devia estar guiando suas ações. Antes que descobrisse a resposta, senti os lábios do garoto pressionarem os meus.

Como por passe de mágica, retomei todos os movimentos. Meu dedo, antes em riste, agora já ganhara nova função: acariciava o pescoço do garoto. Não era consciente, não mesmo, mas eu retribuía o beijo do sonserino com vontade, como se da união dos nossos lábios dependesse nossas vidas.
Sem nenhum aviso, ele terminou com aquela loucura e eu arfei, tentando retomar o ar que desaparecera completamente de meus pulmões. Junto com ele veio o perfume do garoto, me embriagando.

Não podia reclamar, não era ruim o que estava sentindo, mas a desvantagem é que demorei alguns preciosos segundos para perceber que ele já estava falando e peguei a frase no meio:
-... você deve entender como as coisas funcionam, e que cada pessoa tem seu papel no mundo. O meu é me comportar como alguém que está no topo da sociedade e sabe disso. E obviamente não permitir que nada corrompa esse status. - eu tentava acompanhar o raciocínio, o braço dele ainda firme ao redor de meu corpo não deixava eu me concentrar: - Quando se é como eu existem certas expectativas... e por alguma razão idiota, quando você deixa claro que é alguém perigoso e capaz de matar, ou simplesmente espizinhar outras pessoas apenas porque você pode, te dão valor. De outro lado, se te veêm com alguém que não é exatamente muito aprovado pela sociedade, por mais que você queira estar com esta pessoa, então diminuem e contestam a sua posição.

Finalmente minha respiração tinha se estabilizado e, por mais que meu coração parecesse estar dando cambalhotas em meu peito, ficara mais fácil entender onde o garoto queria chegar. Ele concluiu seus pensamentos em voz alta:
- Eu não faço as regras. Mas eu as sigo. Pareço menos horrível agora?
Havia um sorriso duvidoso no rosto dele e certa excitação em seus olhos profundos. Como se minha resposta realmente importasse. Talvez não porque era eu quem a daria, talvez simplesmente porque ele queria ouvir alguma coisa boa a seu respeito, talvez quisesse acreditar que ainda tinha salvação ou algo do gênero.

Fiquei em silêncio, tentando entender o que havia acontecido ali. Pisquei com força, só pra ver se aquilo tudo era mesmo real e, então, percebendo que o garoto continuava ali esperando a resposta, disse simplesmente:
- Você acabou de me roubar um beijo, preciso de um tempo pra colocar as ideias no lugar. - abri um sorriso enviesado, era interessante me colocar como a vítima da história: - Estava desprevinida dessa vez, bonitão...
Balancei a cabeça algumas vezes e voltei a pensar no que ele acabara de dizer. Sobre o porquê ele era o que era. Franzi a testa e admiti, sincera:
- Sempre achei que regras eram feitas para serem quebradas e não seguidas, como você faz. Mas, com certeza, você não é o monstro sem coração que eu imaginara inicialmente.
Revirei os olhos, sorrindo, exagerando de propósito no conceito que eu tinha dele:
- Você provou que é humano, mas mesmo assim continua sendo um abusador de frágeis grifinórias.

Meu sorriso se alargou ainda mais, acabara de perceber que era extremamente fácil ser eu mesma perto dele. Então concluí, enquanto começava a fazer um cafuné em seus cabelos:
- Vamos fazer assim daqui em diante, eu aceito todos seus milhares de defeitos sem te julgar e você aceita todas minhas qualidades sem reclamar que as vezes eu posso pegar algumas coisas emprestadas sem pedir.
Dei risada e corei, percebendo momentaneamente que eu estava propondo um acordo com o garoto como se fossemos continuar nos encontrando. E, como loucura pequena é bobagem, não é que eu realmente queria aquilo?
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Mensagem por Stephan Monaghan Sex Out 08, 2010 4:52 am

Evy não retomou sua postura agressiva. Seu dedo não estava mais naquela posição acusadora, já desde o momento em que Seph a beijou. Na verdade, ela tinha as mãos ocupadas mais ou menos da mesma forma que as de Seph, já que tinha demonstrado uma intensidade compatível durante o beijo.

Mesmo depois, enquanto falavam, ela parecia estar consciente de todas as partes de seu corpo que tocavam Stephan. Seu rosto e movimentos entregavam uma certa dificuldade em se concentrar. Seph não comentaria nada, para não causar qualquer novo conflito.

Ao invés disso, a ouviu, abrindo um sorriso satisfeito e sincero quando ela falou sobre o beijo roubado. - Ladrão que rouba ladrão... - comentou, deixando no ar as reticências. E daquela fez falava de beijos mesmo, já que ela tinha feito o mesmo pouco antes, não mais sobre a questão do livro. Aliás, essa já não estava mais na superfície dos pensamentos de Stephan.

O garoto pensou por um instante sobre o que Evy falou logo depois, e sua idéia de que quebrar regras era algo aceitável. Não tinha pressa em responder, na verdade, porque estava gostando da posição, os dois abraçados. Ainda mais depois de perceber que ela não tinha tentado se desvencilhar. - Isso se encaixa no que eu disse. Cada pessoa tem seu lugar no mundo. Eu sou até mesmo capaz de respeitar isso. Obviamente você é diferente de mim, até tentou me roubar, mas eu não procurei me afastar de você só por isso. - explicou, tentando continuar com uma exposição de sua forma de pensar. Estava apenas determinado a fazer aquilo, sem saber direito porque. Fez mais uma pausa, e então continuou. - Mas também não quer dizer que eu siga todo o tipo de regras. Na verdade eu mais dobro as regras do que as cumpro. Acho que o que nos diferencia talvez seja que eu me importo com as conseqüências de quebrar as regras. Você não. Eu, por exemplo, detestaria ser pego roubando... - concluiu, olhando para ela com certa incerteza, como se esperando a forma dela reagir.

Mas continuou ouvindo o que a menina dizia, e riu quando ela falou sobre ele abusar dela. Balançou a cabeça negativamente. Não era bem isso o que tinha acontecido. Mas não disse nada. Ela então continuou, e acariciou os cabelos de Seph, fazendo com que ele fechasse os olhos por alguns instantes, enquanto ela ainda falava, fazendo sua própria proposta. Abriu os olhos novamente quando ela terminou, e sorriu antes de responder. - Parece ótimo para mim. Sempre achei que tenho muito mais coisas do que preciso, de qualquer forma. - ser uma vítima consciente de alguns roubos não parecia tão ruim. Até porque, como já estava começando a imaginar, poderia fazer coisas muito mais interessantes com Evy do que com qualquer objeto que possuísse.

- Ainda assim, continuo dizendo que ninguém deve saber de nada. Acredite, é melhor para você também. - comentou, tentando achar uma forma de não estragar tudo, mas garantir sua "segurança". A de ambos. - Mas veja, isso não vai ser um problema. Quando me quiser, você pode me roubar de onde ou com quem eu estiver. Você não conseguiu hoje, mas comigo deixando, você será uma boa ladra! - continuou, implicando com o insucesso da tentativa dela. Na sua mente já começava a visualizar algumas situações, sendo puxado pelos corredores ou convocado por olhares ou bilhetes secretos para encontrá-la em algum lugar mais privado. Parecia ótimo.




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Mensagem por Evelyn Salt Sex Dez 10, 2010 4:16 pm

* You and I collide... *


Stephan Monaghan. Eu sabia que esse nome soaria dentro de minha cabeça com mais frenquencia do que eu gostaria ao longo dos próximos dias. Seria inevitável, como um vício recentemente adquirido. Eu começaria negando e evitando a presença dele em meus pensamentos, mas ele estaria lá, mesmo que eu nunca fosse capaz de admitir em voz alta.

Tudo entre nós acontecia com uma velocidade alucinante. Primeiro, eu tentava roubá-lo e, quando me dei conta, já estavamos nos beijando, o que aconteceu não apenas uma, mas duas vezes. Além disso, precisei de pouco tempo para perceber que o julgavam erroneamente pelos corredores de Hogwarts. Ele era, no fim das contas, uma boa pessoa que passou por maus bocados. E como eu poderia tentar me manter afastada se ele havia me ganhado apenas com um olhar?

A voz de Seph inundou novamente o recinto, havia um tom de explicação em suas frases:
- Mas também não quer dizer que eu siga todo o tipo de regras. Na verdade eu mais dobro as regras do que as cumpro. - Era bom saber disso, porque digam o que disserem, eu continuo achando que quem segue as regras acaba perdendo toda a diversão: - Acho que o que nos diferencia talvez seja que eu me importo com as conseqüências de quebrar as regras. Você não. Eu, por exemplo, detestaria ser pego roubando...
Ele tinha razão no que dizia, eu mesma sempre me considerei um tanto inconsequente. E o que você se vê obrigada a fazer quando o outro é quem está certo? Levar para o lado da brincadeira, é claro:
- É só falta de costume, bonitão. Depois de um tempo, você nem liga mais.
Sorri enviesado, afinal eu nem tinha como saber se era verdade ou não, já que ele era apenas a segunda pessoa que me pegara no flagra.

Sem perceber, começávamos a planejar nossos futuros. Queríamos continuar nos encontrando, o que pra mim era perfeito. Ele concluiu:
- Quando me quiser, você pode me roubar de onde ou com quem eu estiver. Você não conseguiu hoje, mas comigo deixando, você será uma boa ladra!
Mostrei a língua para a implicância final dele. Precisava ficar lembrando de um de meus únicos insucesos? Mas acabei sorrindo e balançando a cabeça em sinal de afirmativo:
- Pode deixar comigo, eu ainda vou fazer questão de ouvir você dizer que sou boa em tudo o que faço. - lancei-lhe uma piscadinha: - É, eu vou te surpreender, sonserino.
Subi na ponta dos pés e colei meus lábios ao dele, em um rápido selinho. Acho que nós dois sabíamos que estava na hora de cada um ir para seu canto, afinal a vida continuava e eu tinha que fazer os preparativos para a festa que eu e Summer iríamos mais tarde:
- Então... A gente se esbarra por aí, bonitão. De novo.
Revirei os olhos, literalmente nós havíamos esbarrado um no outro. Caminhei em direção a porta e ainda mandei-lhe um beijo antes de sair da biblioteca.

Spoiler:
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